by Ana

Um espaço para partilhar as "tolices" de cada dia, de uma forma descontraída, descomprometida e com algum sentido de humor. Only that.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

E se todos gostassem do amarelo?

Adoro ler e ultimamente tenho tido tempo para pôr as minha leituras em dia.
Uma das minhas grandes lacunas a este nível era o incontornável Gabriel Garcia Marquez. E esta situação já me andava a incomodar há algum tempo.
Com estas "estória" das redes sociais da net, toda a gente se lembra de perguntar a toda a gente, qual o seu autor preferido, ou qual o livro da sua vida. E volta não volta, mais volta do que eu podia imaginar, nos meus ditos contactos sociais em rede, deparava-me com o nome deste Nobel sul americano. E mais, o nome sempre acompanhado de um título, "Cem Anos de Solidão" .
Vira o disco e toca o mesmo... GGM.
Qual Saramago, nem mesmo a outra sul americana da moda Isabel Allende. Muito de quando em vez, lá aparecia alguém que se lembrava do nosso Eça, mas o senhor GGB e os seus Cem Anos de Solidão tinham sempre lugar cativo nos Top dos perfis dos Facebooks, dos Bloggers, dos MSN e muitos outros sites da moda.
Bom, só pode ser falha minha. Mas não é tarde nem é cedo. É agora. Seria o livro de cabeceira durante a estada no Hospital e depois acabá-lo-ia no pós operatório.
A AI achou que não. Que era um livro que não se adequava muito bem aos tempos que ia atravessar, mas não desarmei. É agora ou nunca! Estou farta de passar por ignorante.
Como o tempo é de crise e o livrito ainda custava quase uns 17€, tratei de procurar entre as minhas amigas, uma que o tivesse.
Comecei pela We, do blog trelacurta, que tem uma biblioteca cujo acervo deve ser o mais parecido com o da biblioteca de Alexandria que alguma vez vou conhecer, mas que não tinha os Cem Anos de Solidão...pasme-se
Perguntei à Paula, do blog senãofossestuondestariaeu, mas os Cem Anos de Solidão dela estavam encaixotados, em parte incerta, devido às obras em casa.
Finalmente, a Célia, do blog aminhasalvadoradesempre, apareceu com o tão esperado livro.
E comecei. Pensei para comigo... 328 páginas? Antes de sair do hospital já estará terminado!
Qual quê!!
Mas que Cem Anos de Solidão? Cem dias para o conseguir ler!
A AI, relembrava-me, a torto e direito, os direitos do leitor... "Pará de o ler. Se não lês por gosto, não o leias."
Não! Vou até ao fim! Tenho de perceber onde está o encanto!! Pelo menos o porquê do nome do livro!! E fui até ao fim!
Acabei-o ontem, perto das duas da madrugada!
Não percebi o porquê do nome do livro, pensei que era uma homenagem a Úrsula e afinal parece que era a sina dos Buendia. Mas porquê, não sei.
Confesso que tem algumas passagens interessantes. Alguns jogos de palavras bonitos, algumas metáforas poéticas deliciosas.
Muita imaginação, genuinamente sul-americana.
Muita descrição do continente (ou sub continente) Sul Americano. O pó, o calor. a chuva, as formigas...
Qual é o País?
Mas muita confusão de nomes e de gentes, de histórias que se embrenham e de pessoas que se confundem.
É um livro interessante, mas fastidioso.
Não será o livro da minha vida, mas pronto, o li.
Nem todos podem gostar do Futebol Clube do Porto, ou não é?
:):)

14 comentários:

  1. Há muitos, muitos anos, ainda no tempo...
    não! Deixa-me começar outra vez: há bastantes anos, no tempo a que eu costumo chamar a minha pré história, aconteceu-me rigorosamente o que descreves, com o mesmo livro.
    Será porque gosto de amarelo?

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  2. Helena
    Comecei a assustar...parecias o GGM a escrever a estória dos Buendia e do tempo!!
    Bj

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  3. Sem anos para escrever, seja o que for, tento o espírito de síntese, mas às vezes...

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  4. às vezes, gostar ou não de um livro tem a ver com o momento em que o lemos. Outra vezes, nem tanto. Não é isso que nos faz grandes ou acéfalos. Já tenho demasiados cabelos brancos para me dar ao luxo de persistir em algo de que não gosto. A idade não tem apenas vicissitudes, também nos concede a graça de abandonarmos um livro celebérrimo e amado por tantos...

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  5. Helena,
    Tb sou mt prática, pelo menos tento. Mas, tal como tu, às vezes...

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  6. We
    da famosa biblioteca...
    Tal como tudo na vida, não é? Gostar de um livro ou de um carro tem a ver com o momento em que o lemos ou com os olhos com que o olhamos, ou, por vezes, com o entusiasmo com que desembrulhamos o papel em que vem embrulhado presente e que dura a novidade. E sim, os cabelos brancos (que te sobram e que eu ainda não tenho:):))conferem-te certos luxos, como por exemplo esse, o de não persistir em algo que não gostas . E claro que isso não faz de ti nenhuma acéfala!!

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  7. Concordo inteiramente com a "We".
    De facto, a idade concede-nos o previlégio de não perdermos o nosso tempo, com algo que não nos diz rigorosamennte nada. Apenas, por que é de "bem". Safa!
    Meu rico tempo.
    Bem -haja We.
    Muita Luz e Muita Paz!
    Cordialmente,
    Maré alta

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  8. Maré
    Pois todos são livres de pensar e agir em conformidade...
    Eu entendo que para formar a minha opinião devo primeiro informar-me. Nas fontes, de preferência. E para dizer se gostava ou naõ do autor ou da obra em questão, entendi que a devia ler, até ao fim. Não doeu. Afinal, ao longo da minha formação académica, pós graduação e outras formações, li tanta coisa que não gostei e por pura obrigação, que isto até pareceu um rebuçado.
    Bj, ah cordialmente

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  9. Olá, Ana.
    Não percebeu o que eu e a We pretendemos dizer.
    Nós, penso eu, falo por mim, não nos referiamos à leitura do livro que leu. " Cem anos de Solidão"
    O que eu me referia, é noutras circunstâncias da nossa vida. O livro é só um exemplo.
    A partir do exemplo do livro extrapolei para outras situações.
    Os nossos cabelos brancos, permitem-nos gozar de certos prvilégios, como por exemplo, não fazer coisas por obrigação, por parecer "bem" ou perder tempo, com aquilo que não nos diz rigorosamente nada.
    Penso que você também concorda.
    Bj.
    Cordialmente

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  10. Ana
    Tocaste-me num ponto sensível e precisei de ter tempo para vir aqui dar a minha preciosa opinião.
    Em primeiro lugar: se querias o livro, podias ter-me pedido, tenho quase tudo do GGM.
    Em segundo lugar: mas porque raio de ideia tu (que já és crescidinha) acreditas no que as pessoas dizem no facebook, por exemplo? A maioria das pessoas diz que gostou muito daquele livro, e tal, porque já o viu noutros sites, mas aposto que nunca o leu. Nem aquele nem muitos outros, de que até podem dizer umas coisas, com ar sério...
    Em terceiro lugar: por favor, não desistas de GGM, só porque não gostaste desse. Também não é dos meus preferidos. Mas qual é o escritor que só escreve obras-primas? Experimenta ler a "Crónica de uma morte anunciada"; depois delicia-te com o "Amor em Tempos de Cólera". Vais ver porque estão entre os livros da minha vida! E, depois destes, GGM não precisava de escrever mais nada, já era genial!
    Bjs
    (Bolas, isto parece um ensaio!)

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  11. Teresa,
    Para a próxima peço-te o livro. Acredito que tenhas razão, mas a Célia, a nossa Célia, foi a primeira a dizer-me para ler o Cem Anos de Solidão e só depois o Amor em Tempos de Cólera!! E agora?
    Bj
    (

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  12. Maré
    Pois, provavelmente entendi-vos mal.
    Bj

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  13. Li em algum lugar que a leitura de Cem Anos de Solidão deveria ser obrigatória, não apenas pelo seu valor literário, mas pelo seu poder de humanização. Valei-me! Se voce o leu pq quis e está se sentindo assim... como nós nos sentiríamos sendo obrigados a lê-lo?!...

    Beijos meus, com carinho.
    Helena

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  14. Helena,
    Pois, por essas e por outras é que eu quis ler o livro. Mas é a minha opinião, não quer dizer q outra pessoa não goste.
    Bj grande

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Olá, então diga lá de sua justiça...