by Ana

Um espaço para partilhar as "tolices" de cada dia, de uma forma descontraída, descomprometida e com algum sentido de humor. Only that.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Parabéns , filhota!



 Não me lembro que palavras se usam nestas ocasiões...
É a terceira vez, em três anos.  Mas esqueci as palavras e perdi-lhes o rasto.
Ainda ontem era algo que mexia dentro de mim e hoje já é minha menina linda que atinge a maioridade.


Parabéns, filhotinha.

BACK TO THE WORK!



E não é que até foi fácilzinho?
A voz, habituada ao descanso, não falhou e a emoção, por ver aqueles olhinhos brilhantes esteve presente, como sempre.
Et voilá, ... era tudo quanto precisava.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

PRESENTE DE PÁSCOA


"Eu queria ser astronauta,
O meu país não deixou,
Depois quis ir jogar à bola,
A minha mãe não deixou.

(...)

Ó meu anjo da guarda,
Faz-me voltar a sonhar,
Faz-me ser astronauta,
E voar...



Assim estou eu....

Queria ir para o Algarve, mas o S. Pedro não deixou;
Queria ir aos Açores, mas o S. Sócrates não deixou;

Mas o meu anjo da guarda fez-me voltar a sonhar;
fez o FCP ir à Luz e ganhar!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Mensagem doce

Há um voo que faço em cada madrugada. Abro as asas da esperança e vou até ao ninho que um dia sonhei ser o meu leito de ternura. Nele busco incessantemente vestígios da sua presença. Quem sabe veio por entre as nuvens escuras, quem sabe veio no embalo do vento visitar o meu ninho e nele deixou uma pena branca de paz e de alento. Pouso de mansinho com receio que esvoacem dele os vestígios da sua chegada e da sua partida. Perscruto cada folha que lá coloquei para tornar o mais acolhedor  para si. Toco ao de leve cada grão de terra que o vento  norte deixou na sua demanda. Sondo a brisa, quem sabe as suas asas tenham ensaiado algum voo de coragem até ali, mas no ultimo momento hesitaram e partiram sem chegar a pousar.
 Quedo-me em silêncio, um silêncio que antevê a queda duma lágrima sobre este ninho que nunca foi habitado pelo amor, que nunca foi partilhado por calorosas asas. 
Quantas mais estações vou ter que esperar? Quantos mais invernos irão passar e destruir o ninho que em cada primavera reconstruo para te receber? Talvez seja tempo de partir, talvez seja tempo de construir outros sonhos para sonhar. Talvez seja tempo de ensaiar novos voos, enquanto as asas ainda mo permitem…

Texto recebido por e-mail

domingo, 17 de abril de 2011

A Fraude


"Bem...bom... não foi bem assim... vamos lá ver... estava longe... não foi isso que quis dizer...
Nunca quis cargos de destaque, de protagonismo.
... Tudo não passa de um mal entendido... não gostei... tudo não passa de uma celeuma desnecessária
Só quero servir Portugal!"

quarta-feira, 13 de abril de 2011

E o realejo diz...





Ai ontem tirei barriga de misérias...
Vesti as minhas piores calças de ganga, calcei uns todo-o-terreno velhinhos, coloquei  ao pescoço uma echarpe montes de colorida e já bem esgaçada pelo tempo e ´bora lá que se faz tarde, rumo às Portas de St Antão para ver  e ouvir a Simone.
Lá chegada, pelas nove e tal da noite, sozinha, mas  em boa companhia, no meio da multidão, perguntei:

"Olhe, se faz favor, o Coliseu é para cima ou para baixo?"
"É para cima, minha senhora, logo depois da cruz verde"
Então se é para cima, subamos!

E foi sempre a subir, a subir, a cantar e cantar, a pular e pular, .... porque é a Vida e ela é bonita, é bonita e é bonita e o o porque o realejo diz que eu serei Feliz!
Obrigada a quem me ofereceu o bilhete e obrigada a ti, Simone. És mesmo uma Dragoa!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Mensagem do Tejo


O Tejo, o rio, mandou-me um e-mail que tinha como assunto "MENSAGEM DO TEJO" e dizia assim:

Agora que tens o mar por companhia
Esqueceste este velho rio, chamado Tejo
E como ele se entristece sem ti.
Nas suas águas solitárias pela tua ausência
Reclamam num tímido murmurar de maré.
Esqueceste que foi ele quem uniu as margens
Aquela de onde vieste e aquela onde estás.

Que triste está o Tejo
Sem ver o teu olhar
Sem ver o teu sorriso
Sem respirar o teu ar.

Tolices de um  velho rio dirás, numa gargalhada traiçoeira.
Mas que queres formosa donzela se nestas águas frias bate
o mais quente e saudoso coração?

Ah!, querido Tejo, não sejas ciumento. Sou tua filha, nascida e criada as entre as tuas margens, mas até os rios correm para o mar..., verdade?

domingo, 10 de abril de 2011

CAMINO



"La vida é bella" fez história. Muitas lágrimas correram nas salas de cinema à medida que aquele pai inventava estórias para esconder do seu "picollo" a dura realidade do campo de concentração. Porque aquele pai desempenhava tão bem a sua função de pai, em situações tão limites,o mundo siderou  e o filme encantou.
Mais recentemente, "Precious", a história verídica de uma jovem 16 anos, chocou. "
Precious" uma jovem iletrada, obesa, violada pelo pai, abusada  física e psicologicamente pela mãe, consegue reunir força e coragem para ultrapassar todos os obstáculos, estudar e criar o seu filho recém nascido. Comoveu, sem dúvida.
Este ano, "Biutiful", é o drama de um homem, e pai, praticamente família única de seus filhos, que de um dia para o outro descobre estar às portas da morte. Os receios, as dúvidas, a angustia de os deixar... Tremendo.

Não sei se por estar blindada por tanta coisa que me tem acontecido, ou por ser mesmo mazinha, coração de pedra, mas o que é certo é que nenhum destes me fez correr alguma lágrima, nem sentir um nozinho na garganta ou um leve aperto no peito.
São coisas...
Hoje fui ver "Camino".
Quando o filme acabou, apenas disse à pessoa que me acompanhava: " Não digas nada".
Nada conseguia dizer perante o que acabava de ver. 
Sentia o tal aperto no peito,  e esse nó na garganta. As lágrimas ameaçavam saltar a todo o momento, bastava uma palavra ser dita ou um suspiro ouvido.

Tal como sei que, felizmente, existem pais como o da "Vida é bella" e  o do "Biutiful"  e, infelizmente, mães e pais como o da "Precious", existem muitos e muitos como o da "Camino".
No entanto há uma diferença. Enquanto que os pais da "Precious" são vistos como pessoas não saudáveis e inaptas para educar, os da Camino (a mãe) são vistos como exemplo da sociedade.
Mães/Pais que fazem acreditar que no sofrimento é que está a redenção,  o exemplo a seguir, que é através do sofrimento que se atinge a perfeição do próprio e dos outros;  adultos que educam crianças nestes princípios, que lhes castram os sonhos da infância e da adolescência, será que diferem muito dos pais de "Precious"?

sexta-feira, 8 de abril de 2011

CAMPEÕES!!

Mais vale tarde que nunca.
Aqui está a minha homenagem ao meu FCP!


BLUES FÚNEBRE



Nunca me dei bem com calor excessivo (entenda-se mais do que 25º), com sol em exagero (isto é, nem uma nuvenzita a pintar o céu). 
Como se isto não chegasse ligo a TV e só ouço nomes começados por "Fs". Ele é FEED, ele é FMI, ele é Fitch, ele é ... é Funeral.
Foi exactamente isso que me veio à memória, de tantas vezes ouvir aquele som do F.
Numa destas noites em que o sono não chegava, atormentado por tantos Fs que me ...fraquejam  a alma(o que é que pensavam que eu ia escrever, hem?), pus-me a ver "Quatro casamento e um funeral".
Às duas por três, surge este poema:



BLUES FÚNEBRE

Parem todos os relógios, desliguem o telefone,
Impeçam o cão de latir com um osso enorme,
Silenciem os pianos e ao som abafado dos tambores
Tragam o caixão, deixem as carpideiras carpir suas dores.

Deixem os aviões aos círculos a gemer no céu
Rabiscando no ar a mensagem Ele Morreu,
Ponham laços crepe nas pombas brancas da nação,
Deixem os sinaleiros usar luvas pretas de algodão.

Ele era o meu Norte, meu Sul, meu Este e Oeste,
Minha semana de trabalho, meu Domingo de festa
Meu meio-dia, meia-noite, minha conversa, minha canção;
Pensei que o amor ia durar para sempre: foi ilusão.

As estrelas já não são precisas: levem-nas uma a uma;
Desmantelem o sol e empacotem a lua;
Despejem o oceano e varram a floresta;
Porque agora já nada de bom me resta.

W. H. Auden

Escusado será dizer que o filme acabou e eu esqueci os malditos Fs, mas fiquei a matutar noite dentro...sem sono, sem vontade de dormir.
Por que será que só damos o real valor a uma pessoa quando a perdemos? Por que temos que perder para aprender o valor real de algo ou de alguém?
Olho para a minha mais assídua companheira destes últimos tempos, a Julieta, uma gata de três patas, já com 15 anos, marrequinha, chatinha, mimadinha, mas má como as cobras. Farto-me de reclamar as dentadas que ela me dá, do pêlo que ela larga, das madrugadas que ela me rouba com o seu miar de bebé mimado a reclamar por colinho...
Mas quando ela se for...quando ele se for "Parem todos os relógios, desliguem o telefone..."

terça-feira, 5 de abril de 2011

Forty 7 or Seventy 4????


Pois é, pois é, estão cheios de razão! Já reclamaram que o meu SHE anda votado ao abandono. 
Nada disse sobre o meu aniversário; não me manifestei sobre a vitória do meu FCP na escuridão da Luz; não comento a desgraça engraçada a que o meu segundo clube (SCP) chegou, nem a malfadada história que se repete do nosso destino inglorioso enquanto Nação que outros mundos deu ao mundo...
Pois não... é verdade.
Gozo os meus últimos dias de férias, reflicto (mas não sobre o acordo ortográfico) e perspectivo o meu retorno (para breve) ao trabalho, após mais de um ano de ausência.
Vagueio entre o mar e os poetas, entre o antes, o agora e o depois.
E querem saber o resultado? No dia em que festejei o meu aniversário, alguns dos presentes interrogavam-se se as velas estariam na posição correcta, isto é: 47 ou 74?
Estou mesmo bem conservada!