by Ana

Um espaço para partilhar as "tolices" de cada dia, de uma forma descontraída, descomprometida e com algum sentido de humor. Only that.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Novos sorrisos

Foi hoje publicada a Lei 9/2010 cujo objecto, segundo o que se lê no seu artº 1º, é permitir o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
A "culpa", também, foi da crise, é o que se pôde deduzir da declaração ao país do Dr Cavaco Silva.
Por acaso, ouvi atentamente a comunicação do PR desse dia 17 de Maio, o dia em que o Dr. CS promulgou a dita Lei.
Durante os primeiros minutos do discurso, apostei, para com os meus botões, que o sr. PR não iria promulgar a dita cuja, tal os "feles figadais" que a palavra "casamento" aplicada a pessoas do mesmo sexo lhe causava; houve, aliás, quem contabilizasse o número de palavras do seu discurso, salvo erro 634:
- 390 palavras para esclarecer os motivos pelos quais era frontalmente contra os princípios, meios e os fins do diploma;
- 72 para expor os efeitos práticos de veto presidencial;
-156 para explicar que até os PRs são obrigados a engolir sapos, por via da crise, da união dos portugueses, apesar as suas convicções mais profundas (ou dos votos em vésperas de eleições...?), e, finalmente,
-16 palavras para informar que tinha promulgado a lei que permite o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.
Bom, seja lá por que via for, a verdade é que hoje é Lei e Portugal torna-se, mais uma vez, um País de proa no Mundo.
Não vamos voltar a dar "novos mundos ao mundo", porque o mundo está todo dado, mas, certamente, vamos dar-lhe novos sorrisos, novas esperanças e, sobretudo, novos e legítimos direitos.
E agora, quem comenta? Quem não vai a votos??
:):)

domingo, 30 de maio de 2010

Lusitana solidariedade

Lá diz o provérbio que "quem dá não dá sempre e quem precisa precisa sempre" e nós aprendemos, na escola da vida, que a sabedoria do povo, traduzida nos seus seculares provérbios, "nunca se engana e raramente tem dúvidas".
Ora não há regra sem excepção e a confirmar a regra desta máxima expressão popular, creio que tivemos este fim de semana a excepção.
Falo da acção do Banco Alimentar Contra a Fome. Foi uma acção de excepção que confirmou que realmente nós, portugueses, somos um povo que se une, reconhece e fortalece nos sinais de dificuldade, de aperto, de crise, para usar a palavra da moda.
Somos um povo solidário com os de fora e também com os de dentro. Um povo que aprendeu com na amargura da sua história a cozinhar as tripas à moda do Porto, mas daí tirou a força, a solidariedade e a resistência capaz de constriur uma Nação.
Ao contrário do que se poderia esperar, quiça nos G8 ou G500, em plena altura de crise, aqui nós, lusitanos, contribuímos com mais 58 toneladas de alimentos do que no ano passado, para serem distribuidos pelas mais de 275 mil pessoas apoiadas pelo Banco Alimentar.
Até houve quem tivesse doado chocolates e marmelada, "porque os pobres também precisam de mimos".
Mas afinal, quem são os pobres?
:):)

¿Por qué no te callas?

Por muito que me custe, tenho de admitir. Sócrates sofre...
Por estas alturas de primavera em Portugal, no dia da grande manif que juntou muitos milhares na baixa lisboeta, estava o nosso Primeiro no clima outonal da Venezuela.
Como não bastasse a poluição ambiental que afecta a todos, ministros e não ministros, some-se a poluição sonora que o nosso chefe de governo, coitado, teve de suportar, a bem da nação e com elevadíssimo sentido patriótico.
Ouviu solenemene o discurso de uma hora e cinco minutos do Comandante Chavéz, no qual o Presidente dos venuzuelanos, eleito por sufrágio por três vezes, teceu variadissimas considerações e mimos ao nosso país tendo agradecido "a inspiração da revolução dos cravos". Lembrou ainda como a revolução de 1974 em Portugal foi uma inspiração para ele e de como está a ser construído um novo socialismo não só na Venezuela, mas noutros países da América Latina. "Um socialismo de inspiração cristã, numa altura de crise global depois da noite longa neoliberal."
Num ponto mais alto, emocionante e apaixonado do seu discurso, o Presidente HC , brindou os "portuguesitos" com a declamação do poema de Adolfo Casaes Monteiro “Surpresa”.
Para selar os diversos acordos estabelecidos, Hugo C. rematou: “É uma amizade eterna”.
E agora digam lá se o JS sofre ou não sofre.

:):)

sábado, 29 de maio de 2010

Também

Ultimamente tenho andado um pouco corrosiva, admito.
Também já cansa tanto descanso!
A propósito do "também", esta é uma daquelas palavrinhas com as quais é preciso ter-se algum cuidado especial.
Por vezes, utilizamo-la de uma forma retórica, para enriquecer o discurso, de modo a enfatizar o mesmo e, sem darmos conta, metemos os pés pelas mãos, arrastando meio mundo para a nossa conclusão, com este decididamente conclusivo "também".
É que o "também" é sempre também, do mesmo modo, igualmente, conjuntamente. Isto quando empregue como advérbio: "Tu também não te portaste lá muito bem!".
Mais fácil quando se aplica o "também" como conjunção. Aqui livramo-nos de arrastar outros na confusão das conclusões. Também, por isso, em consequência de tal: " As coisas correram mal também pelo facto de tu lá teres estado."
Não sei se estão a ver a diferença...
É apenas a diferença entre o valor semântico de um advérbio, palavra possante, poderosa, invariável em género e número que modifica verbos, adjetivos, outros advérbios e orações ou frases e o valor semântico de uma qualquer conjunção, palavrinha de ligação, de união, que serve para ligar proposições ou expressões da mesma espécie. Certo?
Pronto, passei de corrosiva a conversadeira da treta! Foi só hoje, prometo.
:):)

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Republicano, Laico, Democrata e ...Esclarecido

“Tornar obrigatório a educação sexual resume-se a dizer: forniquem à vontade”
Corro o risco de vir atrasada, mas ainda assim não posso deixar de manifestar o meu pasmo, a minha estupefacção, o meu assombro com a afirmação que vinha na primeira página de uma revista de jornal diário, do dia 13 de Maio.
Sem me alongar muito, pois, à falta de imagem, as palavras falam por si, apenas acrescento o autor da importante e douta inferência: D. Duarte Pio de Bragança, 24º Duque de Bragança, herdeiro e pretendente ao trono português.
Por vezes, e apesar dos 100 anos de regime republicano que agora de comemoram, ainda me questionava sobre o porquê do regime republicano.
Pois se dúvidas houvesse...
:):)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Cara lavada

Definitivamente não fui feita para estar parada!
Já esgotei tudo.
Esgotei a imaginação para inventar coisas para fazer; a inspiração para inventar coisas para escrever; a paciência para inventar motivos para descansar (do descanso); a curiosidade para inventar assuntos para pesquisar.
Igualmente, o prazer de devorar leituras ou ver filmes, esgotou.
Lembrei-me de lavar a cara do SHE. Sempre deu para passar uma horita...
Espero que gostem. Se não gostarem, amanhã, tento uma nova "cara".
O tempo não é problema...
P.S.: Reforma aos 65? Morro de tédio!!
:):)

Farta de casa!!!

Hoje estou sem inspiração.
Não me sai nada de nada. Nadita de nada.
Nem para a má língua, nem para os desabafos de mãe de coração apertado com as notícias da violência psicológica entre namorados que, aflitivamente, atinge um quarto da população jovem. Nada.
Não há notícia sobre a crise que me faça reflectir.
Não existe intriga alguma da selecção do C. Queiroz que me faça escrever...
Nem o discurso da Rainha de Inglaterra no Parlamento, apelando ao corte nas despesas de luxo, mas omitindo o que fazer com os muitos milhões de libras que custa a Casa de Windsor, me faz "postar". Acho que sim, a Casa de Windsor é a Inglaterra e a Inglaterra é a casa de Windsor.
Dói-me a cabeça e estou farta de computadores, de livros, de televisão, de sofá, de estar em casa!!!
:):)

terça-feira, 25 de maio de 2010

Teoria da Evolução

Há uns tempos atrás li, já não me lembro muito bem onde, uma frase de um actor de comédia, de cujo nome também já não me lembro, que dizia, se bem me lembro, mais ou menos assim:
" Se há evolução, então as mães deveriam ter mais de duas mãos"
Na minha quase total ausência de memória, para aquilo que realmente considero dispensável, atrever-me-ia a acrescentar à anterior frase, o seguinte:
... e muitos mais corações"
Passando da literatura à ciência, da teoria à prática, creio que "as mães" são um bom exemplo capaz de questionar toda a Teoriada Evolução de C. Darwin.
Afinal continuam a conseguir viver e sobreviver só com duas mãos e um coração...
:(:(

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Hitler and co.



Começo a acreditar que, das duas três, ou a crise se estendeu à falta de imaginação dos agentes publicitários, ou os senhores da publicidade não estudaram história, ou, em última instância, a malvada crise é tão grande, mas tão grande mesmo que "vale tudo menos tirar olhos".
Apaga-se a memória de gerações, insulta-se o passado de um povo, atira-se a matar, a provocar, num tom o mais desafiador possível.
Quanto mais provocar, mais celeuma se levanta, mas publicidade gratuita se consegue, mais os jornais falam, mais as televisões emitem, mais as pessoas discutem, mais os "indignados" como eu blogam, mais o produto vende.
Mais "eles" facturam.
Mais a publicidade à custa da provocação desmedida avança ...
Ok. Fui levada na onda. Mas fui-o conscientemente.
Num outro dia era a Teresa, do blog meusoculosdomundo.blogspot.com, que se "insurgia" com o nome da cor "Vermelho Estalline", da Robiallac.
Hoje sou eu que dei "de caras" com o Hitler com uma farda cor-de-rosa e um coração na braçadeira em vez da cruz suástica, acompanhado do slogan "Muda de estilo. Não sigas o teu líder".
O cartaz, que encontra-se espalhado pelas ruas de Palermo, na Sicília, (onde mais...??) já mereceu a revolta da população, para a qual a campanha publicitária é ofensiva, tendo a mesma pedido para que a mesma fosse retirada das ruas.
No entanto, a agência responsável pela dita publicidade considera que as criticas de que está a ser alvo são um exagero!!

:):)

domingo, 23 de maio de 2010

Noite da má língua

-É Lisboa que está a "dar" na SIC?
-É. É a Gala dos Globos de Ouro. É no Coliseu dos Recreios, ali às Portas de St Antão.
-Tens a certeza? É só carpetes vermelhas, desculpa, encarnadas, estatuetas gigantes douradas e aquela gente toda vestida de gala... Não. Aquilo é a transmissão dos Óscares, em diferido.
-Teimosa!! Já te disse que não. Então não vês a Lili Caneças?
-Mas essa está em todas! Cá não é. O nosso país está em crise. Não há dinheiro para tanta ostentação, para tanta gala. Não fica bem tanto alarde, tanto exibicionismo. Aquilo é coisa lá dos States, de Hollywood!!
-Epá, tu não existes mesmo!! Olha o Dr. Pinto Balsemão, o anfitrião.
-E é mesmo!!
O "patrão" de um dos maiores grupos empresariais do burgo. Um dos fundadores do PSD, pessoa de grandes conhecimentos e saberes e um dos grandes da república.
Se ele acha que fica bem tanta pompa, fausto e esplendor, é porque fica mesmo bem. Deve contribui para elevar a nossa imagem no exterior...
Ou então não há crise!!
Achas que haverá mesmo crise?

:):)

sábado, 22 de maio de 2010

Uma nova mulher


Quem se lembra de "Tieta do Agreste"?

A interpretação de Bethy Faria e a voz de Simone : "Quero ser assim, quero ser assim... senhora das minhas vontades e dona de mim!"

:):)

ALL BY MYSELF


Pensei que algum dia seria diferente, mas não " When I dial the telephone Nobody's home" .

E o topiramato já acabou há dois dias, abruptamente, sem aviso prévio.

E a seguir veio a mentira, a aleivosia, a devassidão da entranhas que só a mim pertencem.

E a o comprimento do dia tornou-se cada vez mais curto e a largueza da noite cada vez mais solta.

Allways all by myself.

:):)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

FEIO, PORCO E MAU

O Blogger já me deve deitar pelos olhos!
Paciência! Uma da manhã. Os "drunfos" não fazem efeito e a Simone de Oliveira (a nossa) está velha. Tenta cantar, mas já nem canta nem encanta.
Nos outros canais repete-se a crise, o IRS e o IVA. Quero lá saber, estou farta!
Já todos sabemos que vai tudo subir. Até os rios vão subir de volta para as nascentes, se for necessário para combater a crise e satisfazer o PEC, assim o entendam os não sei quantos PC e JS e não vale confundir nomes.
E que crise! Agora pensando melhor, acho que a crise e as tradições da minha família devem andar de mãos dadas. Desde que me lembro de ser gente que ouço falar de crise, tal como me lembro de ouvir a mamã a dizer "branco" eu a pensar "azul"! Sintomático, é a crise!
Voltando. Uma e cinco da manhã, é o Júlio Isidro. Apresenta o programa ora em português, ora em inglês. Não percebo que programa é. Passo à frente.
A Rosa está na cama, a minha espera.
Hoje não fiz a cama porque não tive força para mudar os lençóis, a modos que vou acampar na minha cama.
Ah! A Rosa é o livro, "Rosa Brava", pois...Também vai ficar à espera, ela e a Leonor, juntas e inseparáveis. A Leonor, a Leonor é a de Telles.
Falei-lhe do cansaço e ele receitou-me vitaminas. Disse logo que não as ia tomar pois ia engordar, pois! Quero lá saber das vitaminas! Antes cansada do que gorda e anafada!
Uma e quinze, o Júlio e a Simone foram dar uma curva e começou um filme de terror!! Onde está o comando???
Ah, pronto. Lembrei-me de olhá-lo nos olhos. Enfrentá-lo como gente grande. Face to face. Fui à net, procurei, procurei e foi o mais próximo que encontrei. Lá em cima está um, como chamar, um pequeno "bicharoco " da borboleta.
Claro que quando se instalam noutros lugares, mudam de "carinha". Mas na borboleta têm essa simpática forma de ovinhos de Páscoa.
Vou olhá-lo, sempre que abrir o blog, e dizer: VOU VENCER!! Vá à faca as vezes que for!
Uma e meia da manhã: "A vida e a obra de Jorge Jesus"!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!, SIC Notícias. O homem é lindo " e não se comove com os seus êxitos". Comovente! Vou ter pesadelos, com ele e com o ovo de Páscoa!
:):)

SPA

Tenho saudades dos meus amigos do SPA.
Tenho falado com eles, melhor, tenho "mensajado", pois eles prometeram respeitar, religiosamente, as minhas cordas vocais e assim o têm feito.
Não adianta dizer que até já consigo falar, desde que não seja mais de 15 minutos seguidos, pois não se matam saudades por mensagens... Saúde, para eles, é saúde e fazem questão de cumprir o "luto" da comunicação oral!
Qualquer dia marco um lanche, lá para os lados do SPA, para matar saudades e dar umas boas gargalhadas "semi mudas".
Qualquer dia, mas não um dia qualquer.
Vai ser qualquer dia, quando este cansaço que me consome me permitir voltar a ter vontade de ver a luz do sol; mas não vai ser um dia qualquer, porque tenho a certeza que quando rever certos lugares a calma voltará a inundar certos espaços que permanecem vazios em mim e as lágrimas baptizarão esse momento.
Vai ser um dia destes, assim que este calor infernal acalmar e eu consiga convencer alguns dos muitos prestáveis para me levar até lá; mas não será um dia qualquer, porque vou estar com amigos que fiz em tempos difíceis, na altura em que amizade significava união, solidariedade, compreensão, partilha.
Amigos que ao principio se estranham, mas depois se entranham.
Foram eles que me fizeram aguentar de sorriso nos lábios e com máscara de generala o voo da borboleta, embora só dois conhecessem a história do bicharoco. Acho que estavam mais preocupados com ele do que propriamente eu.
Um dia destes vou até lá, mas não será um dia qualquer. Nem para eles e muito menos para mim.
:):)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Bichos



Sei que esta não foi escrita para combater bicharocos infiltrados em corpos de mocitas lamechas à espera, em camarotes à sombra;
Esta foi escrita, com grande mestria, para combater "feras" instaladas em terra de homens e mulheres combatentes em barreiras ao sol ou sombra;
Não foi escrita para quem foge a combates, foi escrita para quem tourea ombro a ombro com a fera;
Foi escrita por poetas, desafiando os bichos de guizos, chocas e os homens de mantilhas, espadas e capotes, com a subtileza das palavras;
Foi escrita para que, por fim, as palavras fossem bandarilhas de esperança que afuguentassem a fera e entrassem na Primavera.
Mas lá dizia o poeta:

Ninguém nos leva ao engano...toureamos mano a mano...só nos podem causar dano....espera...

:):)

O veredicto do meu avesso

De que adianta o nervoso miudinho de volta do calendário, de que me vale o repetir constante daqueles rituais noite dentro, como que a prolongar o dia, que ganhos me trará a implicância permanente com o comando dos estores das janelas de minha casa?
Eu sempre o soube. No fundo, sempre o soube. Por estar escrito na estrelas, por ter aquele dedo de adivinho de mãe, por o sentir crescer dentro de mim, não como um intruso, mas como mais um desafio.
Desde o primeiro dia que me disseram "esteja descansada, tinha bom aspecto". Tornaram a dizê-lo da última vez, o que é certo, é que preto no branco, as químicas e as patologias, as anatomias e as observações microscópicas, desmentem sempre o que os olhos dos Drs. queriam parecer ver.
E sabem, a linguagem das medicinas não é nada floreada. É despida de figuras estilísticas e por isso a chamam de nua. É sem sabor, com falta de tempero e por tal apelidada de crua. Sem lugar a segundas interpretações, a ses...mas...ous...
E pronto(s)! O bichinho lá continuava, malandreco como só ele e os da raça dele o sabem ser.
Aprendeu o milagre da multiplicação e agora é o "ver se me apanhas". "Borboleta", já era!! Os músculos e gânglios adjacentes aos últimos restos da "borboleta", também já eram propriedade do bicharoco, estando este já devidamente instalado! É o chamado "a ver se t'avias!!" E se mais HOUVESSEM cortado, mas história teria eu para contar... penso eu DE que...
And now... where is it? Pois, não sei. São segredos que escapam ao comum dos mortais. Estará no chamado segredos dos Deuses...(espero que não estejam loucos)!
E o que fazer a seguir?
Mas vocês têm com cada pergunta! Lembram-se de cada coisa! Agora? Agora é esperar! Esperar que um outro Hospital se lembre de dar andamento às listas de espera, chame para uma (re) avaliação de toda a situação, pois por bandas das Aldegalegas já mais nada pode ser feito.
E eu começo a impacientar-me com esta espera que me desespera, "porque nela vivo já não quero que viva", porque o sei, porque o sinto dentro de mim; porque me começam a faltar as forças para gritar; porque me começa a faltar a garra para o agarrar; porque me começa a faltar o tempo para viver.
Que chatice, como disse a mamã!
:):)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Tempo verde e amarelo

São horas de ir para a cama, há muito.
Também há muito que não me afogava em "papéis" como hoje e ontem. Papelada, burocracia, pura e dura.
Também há muito que a vontade de escrever me escapa, como há muito não escapava...
Pego no PC, percorro os blogs que sigo, mas não sai palavra; vou ao Facebook, deixo uma aqui, outra ali.
Coloquei as fotos dos meus filhos, no Facebook. Foi o que fiz de mais significativo. Afinal eles também têm as suas páginas, com as suas fotos, portanto, aquela velha história de "privacidade", onde é que ela já vai...
Comecei a ler a "Rosa Brava", mas ando a passo de caracol. Não porque o livro não seja interessante, que o parece ser, mas é o tempo, o tempo que me incomoda.
O tempo físico, não o meteorológico, se bem que este calor também me incomode e bastante.
É o de Einstein. Esse é o tal que conduz a todas as fatalidades, ao destino que é fatal. É aquele factorzinho da física que consegue reduzir tudo a pó e ao mesmo tempo a energia, vá se lá entender uma coisa destas.
E hoje, apesar do tempo estar quente e do outro tempo não parar e ser fatal, foi dia grande. O filhote veio pela manhã, a PS depois do almoço, a CE a seguir e até a mamã se lembrou de me visitar e trazer com ela uma mão cheia de recordações e tradições familiares que se arrastam desde o dia em que eu me lembro de existir. Depois, foi a vez de eu sair para experimentar o tempo, o das quenturas da noite, e ir visitar o papá. Ele que sabe que o tempo é fatal e o destino está escrito nas estrelas, guarda tudo sem nós sabermos e então, hoje, sem eu perceber, levantou-se do seu sofá de sempre e quando regressou trazia na mão um papel que me deu a ler. Era uma carta já amarelecida pelo tempo do Einstein e pelo meteorológico também, escrita por mim no ano da graça de 1983, de Coimbra, da faculdade, a desabafar com ele, precisamente os mesmos problemas que hoje, ano da graça de 2010, desabafava, não por carta, mas sentada no meu lugar de sempre, no sofá grande, ao lado de sofá dele.
Afinal, os pais sabem muitas coisas e conseguem ler o destino que é fatal nas estrelas e prever o tempo que é senhor do destino. O meu papá soube-o, por isso ele guardou aquela carta tanto tempo. Que outras cartas terá ele guardadas?
Depois da carta do tempo que ficou para trás que afinal era a carta do destino, vim para casa e falei com a AI. Falei, não, teclei. E como não estava nada bem, por causa da carta do destino que o papá mostrou, porque não me achava bem por causa das tradições da família que a mamã me recordou e que me tocaram um pouco mais, porque amanhã é dia de veredicto médico, depois disto tudo, contava eu, a AI, coitada da AI, levou com as teclas mais amargas que o meu PC tinha. Teclei com as teclas já gastas do tempo, mas sobretudo com aquelas que mais temem o tempo. Não o tempo dos senhores do anticiclone dos Açores que este ano deu-nos um inverno digno do nome, mas o tal da relatividade e que tudo torna relativo e o que faz amanhã para uns ser mais um dia e para mim ser O dia.
Será que a AI, tal como o meu papá há vinte seis anos atrás entendeu que aquela carta hoje ia ser necessária, entendeu? Pois, mas a AI não sabe ler o destino nas estrelas...
:):)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

E se todos gostassem do amarelo?

Adoro ler e ultimamente tenho tido tempo para pôr as minha leituras em dia.
Uma das minhas grandes lacunas a este nível era o incontornável Gabriel Garcia Marquez. E esta situação já me andava a incomodar há algum tempo.
Com estas "estória" das redes sociais da net, toda a gente se lembra de perguntar a toda a gente, qual o seu autor preferido, ou qual o livro da sua vida. E volta não volta, mais volta do que eu podia imaginar, nos meus ditos contactos sociais em rede, deparava-me com o nome deste Nobel sul americano. E mais, o nome sempre acompanhado de um título, "Cem Anos de Solidão" .
Vira o disco e toca o mesmo... GGM.
Qual Saramago, nem mesmo a outra sul americana da moda Isabel Allende. Muito de quando em vez, lá aparecia alguém que se lembrava do nosso Eça, mas o senhor GGB e os seus Cem Anos de Solidão tinham sempre lugar cativo nos Top dos perfis dos Facebooks, dos Bloggers, dos MSN e muitos outros sites da moda.
Bom, só pode ser falha minha. Mas não é tarde nem é cedo. É agora. Seria o livro de cabeceira durante a estada no Hospital e depois acabá-lo-ia no pós operatório.
A AI achou que não. Que era um livro que não se adequava muito bem aos tempos que ia atravessar, mas não desarmei. É agora ou nunca! Estou farta de passar por ignorante.
Como o tempo é de crise e o livrito ainda custava quase uns 17€, tratei de procurar entre as minhas amigas, uma que o tivesse.
Comecei pela We, do blog trelacurta, que tem uma biblioteca cujo acervo deve ser o mais parecido com o da biblioteca de Alexandria que alguma vez vou conhecer, mas que não tinha os Cem Anos de Solidão...pasme-se
Perguntei à Paula, do blog senãofossestuondestariaeu, mas os Cem Anos de Solidão dela estavam encaixotados, em parte incerta, devido às obras em casa.
Finalmente, a Célia, do blog aminhasalvadoradesempre, apareceu com o tão esperado livro.
E comecei. Pensei para comigo... 328 páginas? Antes de sair do hospital já estará terminado!
Qual quê!!
Mas que Cem Anos de Solidão? Cem dias para o conseguir ler!
A AI, relembrava-me, a torto e direito, os direitos do leitor... "Pará de o ler. Se não lês por gosto, não o leias."
Não! Vou até ao fim! Tenho de perceber onde está o encanto!! Pelo menos o porquê do nome do livro!! E fui até ao fim!
Acabei-o ontem, perto das duas da madrugada!
Não percebi o porquê do nome do livro, pensei que era uma homenagem a Úrsula e afinal parece que era a sina dos Buendia. Mas porquê, não sei.
Confesso que tem algumas passagens interessantes. Alguns jogos de palavras bonitos, algumas metáforas poéticas deliciosas.
Muita imaginação, genuinamente sul-americana.
Muita descrição do continente (ou sub continente) Sul Americano. O pó, o calor. a chuva, as formigas...
Qual é o País?
Mas muita confusão de nomes e de gentes, de histórias que se embrenham e de pessoas que se confundem.
É um livro interessante, mas fastidioso.
Não será o livro da minha vida, mas pronto, o li.
Nem todos podem gostar do Futebol Clube do Porto, ou não é?
:):)

domingo, 16 de maio de 2010

Epigenética: Liga, desliga

Epigenética é um conceito que existe desde os anos 40 e que se encontra intimamente ligado ao genótipo e ao fenótipo.
No entanto, só mais recentemente se começa a relacionar alguns aspectos das características do indivíduo com este campo.
Melhor dizendo, só agora os homens das batas brancas e as mulheres das pipetas e das buretas, dos colorímetros e das centrífugas, dos polarímetros e cromatrófagos, arregaçam as mangas das batas e começam a alargar este conceito, relacionado-o com aspectos mais difusos do fenótipo (o qual que podemos interpretar como sendo a manifestação “visível” da nossa carga genética. Por ex: o nosso feitiozinho, a cor dos nossos lindos olhos, a nossa aptidão para a música ou para as brigas de rua, aquele sinal bem na ponta do nariz igual ao do tio-avô, etc…).
Mas há coisas que a genética, à luz daquilo que tomávamos com “certo e sabido”, não explicava, como por exemplo, por que razão gémeos verdadeiros podiam desenvolver comportamentos diferentes ou susceptibilidades diferentes à mesma doença degenerativa.
É aqui que surge esta “nova” área.
Epigenética é o estudo dos mecanismos moleculares por meio dos quais o meio ambiente controla a actividade genética sem modificar o código genético, influenciando o aparecimento e desenvolvimento de doenças, como a esquizofrenia ou o cancro.
O mais curioso, é que o gene está sempre presente, ou seja, o código genético está lá, existe. Nós, indivíduos, é que temos o condão de o ligar ou desligar. É aqui que reside o conceito e a chave da Epigenética.
Confuso, não é?
Indo um pouco mais além:
Existem quatro mecanismos conhecidos para a herança epigenética, entre eles, o mais conhecido, é a metilação do DNA.
Metilos são um pequeno grupo químico que se liga em determinadas áreas da cadeia do DNA. Eles servem como uma espécie de chave que activa e desativa os genes.
Ao ligar e desligar os genes, os metilos têm um profundo impacto sobre a forma e a função das células e organismos, sem alterar o DNA correspondente.
Mas o mais interessante é se no momento da concepção o radical metilo está alterado, logo o padrão está modificado, passando a alteração para a geração vindoura.
Complicado, mas fascinante.
Portanto, pais frustrados, desesperados pelos enfants terribles que vagueiam pelos vossos lares, a culpa não é vossa, é deles, dos radicais metilo!!
As vossas filhas são umas namoradeiras? Não saem à mãe! Nunca! É a genética, mas da Epigenética!!
E eu, Papá…?? Nasci só com um rim!! Hummm…. Foste tu!!

sábado, 15 de maio de 2010

Memórias



Este post insere-se no desafio da Bloggincana do mês de Maio -

Você é TOC? -

QUEM É TOC?
CONFESSE TUDO: VOCÊ É PORTADOR DE "TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO"? SIM, VOCÊ É UM PERIGOSO TOC? COLECCIONA, GUARDA, ARQUIVA COMPULSIVAMENTE? NÃO DEITA NADA FORA? RETÉM COISAS QUE NÃO SERVEM PARA NADA SÓ PORQUE PODEM SERVIR PARA ALGUMA COISA? LAVA AS MÃOS SUCESSIVAMENTE, VERIFICA AS PORTAS E JANELAS SEM PARAR? LEVANTA-SE PARA VERIFICAR O GÁS? CONFESSE... VOCÊ É TOC?
Ora vamos lá ao confesso deste mês...
Eu fui uma perigosa TOC, mas já passou.
Já lá vão uns anitos...
Tinha uma obsessão por tudo o que era lei, decreto lei, decreto regulamentar, decreto normativo, decreto conjunto, portaria e coisas afins.
Lia, relia, sublinhava. Primeiro a lápis, depois a marcador. A seguir, voltava a ler e anotava, à margem, aquilo que a cabecinha teimava não deixar entrar. Seguidamente, criava umas pastas todas janotas, a condizer com a importância do papelote, com separador devidamente identificado e arquivava meticulosamente o dito, não sem antes ter pedido dezenas de cópias do mesmo para distribuir por alguns colegas de trabalho (alguns dos quais hoje se dizem obsessivamente distraídos), e agendar o "esmiuçamento" da norma para as próximas reuniões do burgo.
Ora, como os meus superiores sempre foram muuuiitoo produtivos, (em termos de produção de normativos) eu fui desenvolvendo, ao longo os anos, esta minha tendência TOC.
É que vocês podem não saber... mas épocas houve em que hoje "emanavam " que se pintasse de branco e amanhã o fax "cuspia" ordens superiores para que se pintasse de preto. Ora se foi!!
E com esta emanações ministeriais todas, a minha TOC progredia a olhos vistos.
Saía noite dentro, muitas vezes já madrugada e acordava ainda o sol não se tinha levantado, para repetir o ritual.
O meu carro foi o grande privilegiado!! Teve sempre lugar junto da entrada do meu serviço, mesmo à porta. Àquelas horas nunca teve concorrência!
Pensando bem, agora que estamos em crise, deveria ter acumulado as minhas funções com as de guarda nocturno.
Coleccionei horas, fins de semana, feriados, dias de férias não gozados de volta de papéis, lendo, relendo, arquivando...
Coisas que não serviram para nada, pensando, para com os meus botões, que um dia poderiam servir para alguma coisa ou, imagine-se, para alguém!!
Retive, na minha memória, montanhas, resmas, paletes de números, de normas, de decretos, de leis, de regras, em detrimento de caras, de sorrisos, de momentos, de prazeres, pois não os vivi, não tive tempo.
É que o tempo não estica e muito menos volta atrás .
Mas a memória, essa...essa é traiçoeira!!
E agora, sou ou não uma TOC perigosa?
:):)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Mulheres de Armas



Tempos de crise sempre os houve...
Mulheres de armas, como sinónimo de mulheres de coragem, também.
Mulheres de armas, na verdadeira acepção da palavra, a História só reza meia dúzia delas e, algumas, coitadas, não muito bem sucedidas ou não muito bem vistas.
A nossa "primeira primeira dama" foi o que se viu. O filho lá levou a melhor e aqui as opiniões dividem-se mas eu gosto de ser portuguesa.
Depois temos a Inês, coitada, aquela do Pedro, que muita tinta fez correr e pergaminho gastar, coroada Rainha depois de morta, mas de Armas, pouco teve. Ficou para a História, mas a dos poetas.
Tivemos a padeira, de Aljubarrota, essa foi mulher de pás, a arma que tinha à mão, mas quem faz guerra com o que pode, a mais não é obrigado.
O mesmo sou capaz de vir a dizer da Leonor, da de Telles. Mulher de Armas, não brancas. Armas de intriga e paixão, de enredo e alcova. Uma mulher muito adiantada para o seu tempo, é o que reza da apresentação do seu livro. E outros exemplos a história nos dita. Não me vou esticar, tenho profs de história a ler o blog...se é que me entendem...
O que me fez escrever este post foi um artigo que li no Diário de Notícias, citando a Lusa, noticiando que no contingente francês do exército Napoleónico que invadiu Portugal, os soldados eram obrigados a usarem bigode para evitarem a infiltração de mulheres, tendo esta regra sido instítuida em 1832.
Segundo o historiador citado, as mulheres infiltravam-se nos contingentes, para acompanharem um grande amor (!! já na altura a parvoeira imperava!!), por patriotismo, ou por uma questão de remuneração (a crise, sempre a crise).
Bom, fosse lá por que fosse, o que é certo é que neste país nunca faltaram MULHERES DE ARMAS!!! Ou alguém dúvidas?

:):)

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Os meus olhos são de vidro


Hoje, apeteceu-me Eugénio.

Adeus

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos.
Era no tempo em que o teu corpo era um aquário.
Era no tempo em que os meus olhos
eram os tais peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco, mas é verdade:
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

:):)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Respeito pelos "Tugas"




Ontem mereci o carimbo preto, fui censurada, pois a minha imaginação levantou asas e quis voar até África do Sul, ver cardeais, bispos e sacerdores equipados de calções a correr atrás de uma bola, a cuspirem para o chão, a fintarem os elementos da equipa adversária, a "fazerem-se" aos penaltis, e a gritarem palavras de ordem, outras, que não aquelas que estão habituadados a murmuriar. Não era giro? Foi assim que Mandela conseguiu unir aquele País... quem sabe se SS não conseguiria reunir o "rebanho".

PRONTO!!!! Não falo mais!

Só venho aqui explicar como foi possível a comitiva do Vaticano aterrar na Portela, contra todas as previsões vindas da Islândia, sobre a nuvem do seu vulcão.

Somos Portugueses, povo do desenrasca e sempre gostámos de receber os nossos convidados com todas as honras.

É o que se chama enfrentar o turo pelos "paus".

:):)

domingo, 9 de maio de 2010

Pedrada no charco

(Kiana Firouz - imagem blog Tramadas)


Falando de coisas sérias...
Gosto muito de brincar, de "humorar", não dispenso uma boa gargalhada, rir até não poder mais. Até podem pensar que a vida me passa ao lado. Tenho como um dos lemas de vida "fazer de um limão uma limonada". E tenho tido muitos limões...muitos mesmo. De uns fiz limonadas, de outros SPAs, de outros borboletas ou ainda seconds smiles. Mas não sou uma pessoa inconsequente ou inconsciente, à qual o mundo passe ao lado. Não vou enumerar as minhas virtudes, pois não me ficaria bem e hoje estou, de facto, num registo sério.
Uma amiga minha, muito amiga e muito próxima, quando me foi visitar ao hospital, ofereceu-me um livro cujo título é "Rosa Brava", com a dedicatória: "Para outra Rosa Brava, umas vezes amada, outras nem tanto, mas sempre admirada por todos pela força e pela coragem". Acho que isto basta para me conhecerem um pouco melhor (para aqueles que me seguem e ainda não me conhecem).
E porquê a pedrada no charco?
Sou uma das novas adeptas do Facebook e por estes dias de convalescença tenho tido tempo de sobra para explorar o dito site, que para além de facturar milhares atrai milhões. Sou um pouco elitista, confesso, nos "adere a isto" "converte-te aquilo" "joga aquilo outro". Detesto o "Farmville" sem nunca o ter experimentado, só por achar que é pura alienação..., mas há sites interessantes e houve um que me chamou a atenção.
Deparei-me com um post que alerta para uma petição que corre, a nível mundial, destinada a apoiar o recurso da iraniana Kiana Firouz que pretende obter asilo na Grã-Bretanhã, tendo-lhe o mesmo sido negado.
Se esta iraniana regressar ao seu país, o Irão será, seguramente, condenada à morte. Porquê?
Porque defende o amor, somente por isso.
E o Irão é um estado complicado, como nós ocidentais bem o sabemos. Não há apelo nem agravo.
A defesa de certos direitos, por muito básicos que o sejam, pagam-se com a vida.
O direito à igualdade, por exemplo. Ninguém duvida disto, pois não? Absurdo, mas a mais pura das verdades.
Como é possível alguém ser condenado à morte, seja no Irão seja na Conchinchina por defender o "Amor"?
É coisa que não pensamos duas vezes... Assinamos petições pela "acesibilidade electrónica portuguesa", "para acabar com a acentuação no Twitter", "para a suspensão do cultivo de organismos genéticamente modificados", e continuaria pelos abaixo-assinados, filhos de um Deus juridicamente menor que as petições, mas igualmente na moda.
Claro que vamos todos assinar a petição em http://www.blogger.com/www.petitiononline.com/kianaf/petition-sign.html e fazer chegar a mesma ao Ministro inglês para que Kiana não seja deportada. Certo? Alguém tem dúvidas?
Ah, esqueci-me de dizer uma coisita.
Kiana defende o Amor, sim. Mas o amor entre iguais.
Mudou alguma coisa?
Eu sabia que não.
Quem comenta?
:) :)

sábado, 8 de maio de 2010

Um miminho blogosférico e outras coisas mais


A minha mentora desta ideia dos blogs, a Teresa do blog http://oculosdomundo.blogspot.com/ "homenageou-me" com o "Prémio Dardos".
Escolheu quinze blogs pequenos e, segundo ela, com qualidade (obrigada, Teresa).

As regras são:
A. Exibir a imagem do selo no seu blog.
B. Linkar o blog pelo qual recebeu a indicação.
C. Escolher outros quinze blogs a quem entregar o prémio Dardos.
D. Avisar os escolhidos

Agora, que o "dardo" está do meu lado, cabe-me a difícil tarefa de escolher os 15 premiados... and the "dardo" goes to...
But first the criteria, manda a democracia.
- Blogs com qualidade
- Blogs que se preocupem em devolver a "palavra" ao visitante
- Blogs que também nos façam rir
And the "dardo" goes to (agora é que é parte dificil, esta do linkar):
Pronto(s)! acabou-se a inspiração.
Começaram os foguetes, as buzinas, a gritaria "Campeões, campeões..."
Os quatro canais da televisão avariaram, transmitem as mesmíssimas imagens, um mar vermelho e uma gritaria desmedida.
Fico sem saber se foi o nosso País que bateu com a porta ao Euro e saiu da moeda única, de forma a evitar a crise eminente, ou se realmente descobrimos petróleo debaixo do Palácio de Belém.
Alguma coisa aconteceu...
Outra revolução? Mas esta mete uns fulanos de calções brancos e camisolas vermelhas a beber champanhe pela garrafa. Que coisa feia...!!Que diriam os capitães de Abril?
Há, já percebi!! Foi uma dose de ópio colectivo que envadiu o país. Foi a nuvem, a de cinzas, essa... Trouxe ópio, pois... lá para o lado da Islândia muita coisa é permitida. Houve quem respirasse o fumo das cinzas e o ópio do povo (da Islândia). O ópio do povo... funciona sempre. E agora se juntarem à vinda de SS... F, F e F. Calma, sou uma menina bem comportada. Fátima, Fado e Futebol.
Vamos aos Fados?
:):)

Do Papa e do S. Pedro



Pode ser só impressão minha, ou talvez não.
Pode ser uma parti-pris da minha pessoa, ou uma tendência que sinto generalizada.
Mas hoje, quando abri as janelas do meu quarto, a minha intuição ganhou forma.
Estava a chover, mas não vislumbrava sinais da nuvem de cinzas. A existir, estava lá no alto, muito alto, tão alto que as de água a tapavam.
Mas não faz mal, quantas mais melhor. Unidos fazemos a força. Neste caso unidas fazem a força.
Do quê?
Ah! Esta mania minha de começar pelo fim...
É que sinto que SS não é lá muito bem vinda...
É só o que sinto, não o que desejo (o cheiro a queimado da Santa Inquisição ainda me persegue os pesadelos nocturnos).
Afinal, quanto vai custar ao País, em crise, tanto preparativo, tanta segurança, tanta tolerância de ponto e de ponte, tanto aparato, tanto alcatroamento, tanto improviso (que lá nisso até somos bons!), tanta vigilância por mar, terra e ar com ordem para disparar e a matar (o verso foi espontâneo), tanto tira mobiliário urbano, coloca mobiliário urbano...
Mas o S. Pedro parece não estar pelos ajustes e fez ouvidos de mercador às ordens do Vaticano e às orientações daqui do burgo.
As previsões apontam para chuva.
Chuva que Deus a dá. A SS e ao nosso País.
É um bem precioso, a água. Enche barragens, irriga os campos, faz nascer a vida, produzir electricidade. E os fiéis, tanto o são à chuva como ao sol.
Quanto às outras nuvens, a das cinzas, é como dizia a outra... mistério...
Eperemos para ver. A ver, como dizem nuestros hermanos
:) :)

sexta-feira, 7 de maio de 2010

The second smile

Estou desfeita!!
Pior, muito pior do que eu podia imaginar. Na extensão, na cor, na sensação ao tacto, na impressão ao olhar!!
Volte a minha gargantilha de compresas e adesivos. Volte a chuva, o vento e o frio. O Inverno. Voltem as golas altas e os agasalhos para o dito seguemento que liga o tronco à cabeça.
Tenho uma palete multicolor desde o meu regaço até ao maxilar inferior. Ora roxa, ora encarnado vivo, ora amarelo, mais amarelo que o meu desespero. Pele lascada de tão seca. Pintas, muitas pintas, pintinhas, pintarolas, pintarroxas.
Não há cremes que me valham, não há auto-estima que resista, não há écharpes que cubram este smile "draculiano" que me foi rasgado.
Eu, que dava pulos de contente pela plástica à borlix, agora compreendo os gritos majestosos das dondocas quando lhes retiram as benditas compressas e lhes colocam o espelho nas mãos. Que visão aterradora, my God.
Querem ver? Ora espreitem.


Antes, com a bendita gargantilha de compressas e adesivos


Depois. Até a câmara se assustou! Mas sou eu!!Vejam, vejam bem:(((
Não há sorriso, de lábios, que disfrace este sorriso draculiano multicolor e cheio de pintarolas...Do lado esquerdo, ainda conseguem ver o mísero estado da orelha, negra que nem carvão...

Smile

Hoje vou tirar a minha gargantilha de compressas e adesivos, avaliar o estado da dupla cicatriz (que na verdade não é dupla, pois fizeram-me uma plástica, não vos contei??), tirar os dois mafiosos pontos pretos da minha orelha e começar de novo...
Pensando bem, se já tinha um sorriso algo interessante, agora fico com dois. Um nos lábios e outro um pouco mais abaixo, no pescoço.
Há sempre jeito de fazer de um limão uma limonada, é preciso é imaginação, muita imaginação, idiotice (de ideias), descontracção, ...
Já vos disse que me fizeram uma plástica ao pescoço, à borlix? Pois é. Como não ficava bem a uma mulher de charme como eu ficar com dois "smiles" no pescoço, esticaram-me a pele do dito, de modo a removerem o smile de há três meses atrás e ficar apenas com um smile. Portanto :), just one.
Nada melhor que a Simone, a do outro lado de lá, para cantar o que me vai na alma, aquilo que eu sou e que, no fundo, todos aqueles que me conhecem, reconhecem em mim. Vero?
And :), allways :).

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Pontes



E prontos!, como se diz lá para as minhas bandas. Somos portuguesinhos da costa. Dão-nos uma mão e nós queremos logo o braço todo, ora essa! Com a manga da camisa, do casaco e do sobretudo. Tudo a que temos direito e o que não temos também.
Somos povo trabalhador e honesto. Descontamos os nossos impostos, não pertencemos àquela "cambada" de gestores das EP que usufruem de uns milhões de euros anuais, carros topo de gama (para se espatifarem a alta velocidade na Av. da Liberdade), ajudas de custo, etc., e ainda dão lucro ao estado.
Não. Nós, somos a FPzinha cujo o salário médio anda à volta dos 25 mil euros anuais, sem mais regalias e damos prejuízo!
Nós não produzimos! Não "electrizamos" o país. Apenas tentamos educá-lo. Tentamos, foi o que escrevi. Não "financiamos" o país. Apenas tentamos instruir. Não "corrompemos" o país. Apenas tentamos civilizá-lo. Mas são tudo tentativas. E de tentativas está o inferno cheio. Todos nós sabemos que esta FPzinha não faz nada que se preze, só gasta, gasta, gasta. Gasta tudo a tentar.
Os pais queixam-se porque os meninos são uns mal educados, não sabem fazer contas de cabeça, nem onde fica o rio Tua, nem quem foi D. Afonso Henriques.
Os doentes reclamam, porque as listas de espera para as cirurgias continuam a crescer, os cuidados paliativos são uma alucinação e as taxas moderadoras verdadeiros convites a ataques cardíacos. Os aposentados chegam ao início do mês e vêem o fruto do trabalho de uma vida ir direitinho para a caixa registadora da farmácia, que agora já não faz aquele barulho dos cifrões a entrar, pois é tudo digital, mas o que é certo é que entram muitos e muitos cifrões neste negócio a que alguns ainda têm a distinta lata de chamar de lobby. Mas este não é EP, nem FP e muito menos FPzinha, mas ... mas...
E estes exemplos contaminam toda a restante FP média-baixa, desde o varredor de rua até ao chefe de serviço do hospital. Valha-nos os gestores das EP, esses que ganham os milhões anuais e, ainda diz o ministro, na televisão, que dão lucro ao país, ao contrário dos outros que dão prejuízo.
Claro!! Esses não vão aproveitar a tolerância do 13 de Maio, como os professores ,que vão ficar em casa, pois as escolas vão fechar todinhas!!! Os meninos vão ficar em casa!
Ora bem! E há mais... segundo o Público, muitos portugueses, vão fazer PONTE!! É esta FPzinha que dá prejuízo ao país! Certamente que os senhores que "electrizam ou financiam" o país não vão deixar o país à escuras nem os portugueses sem dinheiro. São pessoas que não mordem na mão de que lhes dá de comer (os euros, os carritos e os cartõeszitos).Unidos até à morte (leia-se processos... faces, freep, só para nomear os que começam por f). Já quem varre as ruas é capaz de deixar as ruas sujas e rumar para a Sardenha ou Singapura (hoje deu-me para os S), sem se preocupar com a sanidade pública, a saúde, ou o cumprimento dos programas! Estão a ver a diferença?
Ah! Se o nosso primeiro pudesse voltar atrás, tinha mudado o 13 de Maio para uma quarta-feira. Oh se tinha!

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Revolution

Esta noite tive um pesadelo e acordei toda amassada como se tivesse travado uma luta comigo própria durante toda a noite.
O motivo do pesadelo foi ele, aquele sentimento que a humanidade quis inventar para colorir os romances, inventar a poesia e dar voz ao canto - o chamado Amor.
Ah, mas sou farmacêutica e mais tarde ou mais cedo vou fazer jus aos anos que andei a gastar dinheiro ao meu papá, a passear os livros , a decorar fórmulas infinitas, nomes infindáveis de compostos químicos, decorar processos de sínteses, queimar pestanas,...! E, pensando bem, não é tarde nem é cedo, é o momento certo. Aproveito a vinda de SS o Papa, inspiro-me e faço caridade de mão cheia, caridade às resmas, às paletes.
Vou inventar a fórmula mágica que liberte as mentes sãs mas oprimidas, as almas livres mas lacaias, desta forma de ditadura psico-emocional milenar, mundialmente consentida e aceite, cantada pelos poetas e louvada pelos Deuses do Olimpo.
Será uma nova revolução. A revolução da Ana.
Esperem para ver.


terça-feira, 4 de maio de 2010

Do Papa e da nuvem

Hoje não me sinto lá muito bem em termos físicos e o apetite pela blogagem esteve seriamente comprometido até por volta da uma e tal da tarde, hora a que os noticiários voltaram a noticiar as alarmantes notícias da nuvem do vulcão que desta feita parece dirigir-se para abençoados céus lusos.
E como parece que não haver falta de borboleta ou bicharocos clandestinos que me impeçam de estabelecer raciocínios associativistas "herejo-criminosos", eis que dou comigo a pensar e a comentar (conspirar) e se... E se a nuvem do vulcão decidisse cobrir os abençoados céus entre Roma e Lisboa no dia 11 de Maio, exactamente na hora prevista para a viagem Papal??
Será que o Vaticano tem poderes para desviar o percurso da nuvem? Ou será que o nosso primeiro tem poderes para conceder tolerância de ponto à dita nuvem de modo a que a mesma não invada o espaço aéreo nacional sem ser convidada?
E se tão distintos representantes terrestres não tiverem poderes perante cinzas, sim, meus senhores, são cinzas, cinzas da terra, fará SS o Papa viagem peregrina por montes e vales, ou adiar-se-á o 13 de Maio?
Aguardemos tranquilamente os desígnios do Senhor, insondáveis, como bem sabemos...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Ainda as Paixões...

I Love... confesso.
Sou absolutamente apaixonada por... Paris.
E hoje apeteceu-me cantá-la. Não pela voz melancólica da Edith ou de um dos seus.Também o estado das minhas cordas vocais não o permite, pronto...
Escolhi o tio Frank, com a sua voz mafiosa, mais ao jeito da minha.
Imagino-me a passear as minhas echarpes esvoaçantes pelos Champs Elysees, ou sentada na esplanada do Café de la Paix, junto da Opera Garnier, com uma outra echarpe a cobrir o sitio da borboleta e com os "Cem Anos de Solidão" (que não há meio de terminar!) na mão. Ou ainda caminhando junto ao sena, estilo Grace Kelly, de chapéu de palha enfiado na cabeça, echarpe à volta do casulo da borboleta, óculos espelhados reflectindo os bateaux mouches e seus pares de namorados.
Que quadros!!
Louvre? D'Orsay? Nem pensar!! Ar,sol, vida, cor, luz!!
Paris!
Alguém quer vir também?

domingo, 2 de maio de 2010

Paixões

"Por que não escreves um post sobre paixões?"
"Por que não gosto de ter que escrever sobre temas pré- definidos. Não me saio bem. E depois Paixões é um terreno pantanoso. Que paixões? As permitidas ou as proibidas?"
Isto foi o que respondi.
O que pensei é que há sempre um jeito de escrever qualquer coisa e hoje é dia grande.
Hoje é dia da mãe.
Sei que é uma banalidade dizermos que os nossos filhos são a nossa maior paixão. Mas são-no , efectivamente.
É uma paixão não correspondida na mesma medida, o que a torna dolorosa. Uma paixão que sufoca, que dói, que não conhece paz, que não acalma com o passar do tempo.
É talvez a única paixão que não é amor à primeira vista, porque antes da "primeira vista" já há amor e já há paixão; já há carinho e já existe ternura; já sentimos dor e já nos aflige a preocupação.
É a única paixão que resiste aos rombos da desilusão erros genéticos ou dos picos hormonais da adolescência; aos feitos prematuramente irreverentes ou à passividade inata do nosso bem mais querido.
Querem que vos conte uma história? Aqui vai, fresquinha:
No dia seguinte ao voo da borboleta, uma das minhas paixões fez 17 anos.
Pensei para com os mil um tubos que tinha à minha volta: "Ana, há dezassete anos atrás, estavas numa cama da célebre instituição Maternidade Alfredo da Costa a olhar para uma coisinha pequenina, a tua bebé, finalmente a uma menina, tão perfeitinha, tão linda. Hoje, essa bebé está uma mulher e tu 17 anos depois estás novamente numa cama só que com mais tubos e mais cabelos brancos..."
Telefonei à minha paixão a dar-lhe os parabéns. Estava no intervalo das aulas. Toda entusiasmada com o seu aniversário, cheia de planos para o SEU dia. Talvez não tivesse tempo para ir ver a mãe. E não foi mesmo.
Acham que deixei de estar apaixonada ou fiquei zangada? Claro que não! É o que eu explicava, estas são mesmo daquelas paixões que a tudo resistem, até às slot machines!