by Ana

Um espaço para partilhar as "tolices" de cada dia, de uma forma descontraída, descomprometida e com algum sentido de humor. Only that.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Flores da Serra


Ah!, hoje levantei-me de uma noite sem tréguas contra quem de mim julga sem saber e vesti-me de paz.
Dos pés à cabeça, de branco, como uma noiva da esperança. Só com aquela mala vermelha, como uma mácula de sangue da virgindade da inocência perdida, ou, talvez, do sangue que fervilha a rodos de paixão pelas causas ainda não vencidas.
Flôres das Serras era o destino no meio da cidade. Aonde? Não sei.
Mas sabia que era lá que queria ir, que tinha de ir.
Para olhar nos olhos.Para que me olhassem nos olhos.Para que me conhecessem os olhos.
Para dizer  "sou eu, estou aqui, digam, perguntem, falem".
Não olharam, iraram.
Não perguntaram, acusaram.
Não falaram, ameaçaram.

Mas eu fui, tentei.
Fui eu, sou eu, vestida de paz, despida de guerras e carregada de esperança.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

NOTA DE IMPRENSA

Serve a presente para informar que não comento nem publico comentários anónimos.
Muitas gracias.
Ana

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Três locais

Este post insere-se no desafio da BlogGincana para o mês de Agosto:
Todos nós viajámos. Todos somos turistas. Fizemos viagens de trabalho. Viajámos por obrigação ou por prazer. Alguns de nós viveram em mais de uma cidade. As cidades tocam-nos pela beleza, pelo romance, pela história, pela luz, pelo bulício, pelo cosmopolitismo... Uma cidade é um ente vivo que interage connosco. Há cidades onde sofremos, outras onde fomos felizes. Cidades de que gostamos à primeira vista, outras que precisam de tempo.
 O passatempo da Bloggincana de Agosto é dar-nos três cidades que o/a marcaram. Marcaram por qualquer razão. Podem ser estas ou outras. Não queremos um exercício turístico. Queremos saber da razão telúrica, profunda da sua preferência. As fotos são bem vindas. Tente jogar a foto com esse sentimento que o faz preferir essa cidade. 

Ponto prévio - Acordo ortográfico fica para a próxima, ok?

Três, são só três?
Primeiro lugar- aquele lugar onde de facto sinto aquele sentimento de pertença as velhas esquinas da Av. dos Pescadores me recordam os rostos dos que já partiram.
Aquele antiga vila, agora cidade, onde o cheiro das marés vazas me relembra o sabor do sal  do peixe do rio e  onde as noites de finais Junho ainda permanecem as noites da Festa, do arraial e das procissões.
A terra onde nasci e cresci, onde nasceram meu pai, meu avô, meu bisavô e onde crescem os meus filhos.
Aldeia Galega de outrora, Montijo dos dias de hoje.
Segundo lugar - Aquele outro sitio onde não nasci nem cresci, fisicamente, mas que aprecio quase tanto como a minha Aldegalega.

Entreguei-me a "parte" dele como nunca me entreguei à terra onde nasci.
Falo de Alcochete, uma terra linda, à beira Tejo plantada. Terra do nosso El-Rei D. Manuel I e igualmente de outras gentes de bem a quem vier por bem. Terra de tradições e costumes muito próprios, tal como a arte de bem receber.
Terceiro lugar - Ora,agora sim, Paris. Porquê?
Mas que justificação se pode dar para escolher Paris?
O glamour? A magnificência, o brilho, a grandiosidade, o francês (é que lá se fala francês!), o Sena, o Louvre, o D'Orsay, a Tour Eiffel, as montras, eu sei lá! O perfume, Paris, do YSL. Perguntem-lhe, ao YSL porque motivo escolheu o nome!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Back

Não vou repetir a estória da carochinha desgraçadinha e do bicharoco visto que já todos a conhecem.
Também não vou relembrar os rosários de tempo que desfilei em queixumes durante noites a fio, que se perderam nos meses de espera, durante os quais desesperei ora medo, ora esperança, por vezes cansaço, por vezes desespero, também da solidão e revolta...na procura da lógica do destino traçado pelas estrelas ou do destino da lógica aplicada à ciência reprodutiva das células.
Depois, para baralhar a coisa, ainda havia a outra estória, a da família. Um clã digno do nome e de uma série tipo Dallas. Para mim o papel principal, o do mau da fita, claro. Já estou mesmo habituada a este tipo de papeis.
Lembram-se? Aquele J.R. Ewing??Um aprendiz de Ana, garanto-vos!!
Bom, brincadeiras à parte, parece que houve quem se esforçasse para me proporcionar umas mini-férias  e um meio de esquecer as lógicas do destino e os destinos das lógicas. Nem houve tempo para ler as estrelas. Só ver a Lua, que estava mentirosa.
Ontem, regressei à realidade (dura e crua).
Obrigada S, obrigada AI.
Foto de AI