by Ana

Um espaço para partilhar as "tolices" de cada dia, de uma forma descontraída, descomprometida e com algum sentido de humor. Only that.

sábado, 25 de dezembro de 2010





O SHE E EU ESTAMOS DE LUTO.
Espero, sinceramente, conseguir voltar às lides, um dia destes...

Nasceu, cresceu e morrererá porque a pó tudo se reduz, tal como os sentires e as promessas de outrora ou mesmo de ontem.
Neste dia de natal que se quer de amor entre os povos e por acréscimo das leis dos homens, ainda mais entre os que se dizem e pensam queridos, de um lado, não houve lugar nem a uma palavra, doutro, a promessa esvaiu-se numa apressada proposta desconcertantemente humilhante.
E o natal ficou feito, para o resto dos tempos.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

I'm so pretty!


Já se imaginaram entrar numa grande superfície comercial tipo Ikea, Almada Fórum, CC Vasco da Gama ou qualquer coisa semelhante, em plena época natalícia, estilo hora de ponta?
Não? Pensem bem. Quando todos se lembram de fazer as últimas compras, de confluir para o mesmo espaço, na mesma hora. Aquele espaço super iluminado de estrelinhas e bolinhas e fitinhas e anjinhos. Isso! Já estão a ver o filme?
Agora imaginem que vão a entrar num espaço desses e de repente o mundo pára de girar em torno do sol e começa a girar em torno de vós. Todas as atenções se dirigem para vocês, um simples mortal, acabadinho de entrar por aquela porta automática, a mesma de sempre. 
Os olhos, as cabeças, os troncos e os membros de todos os outros giram na vossa direcção. E vocês continuam. Acham-se o máximo, sem saber muito bem porquê, e lá continuam deslizando naquela passarelle, dos vermelhos e dourados, de mala ao ombro, cabeça erguida, direitinhos ao alvo.
Continuam, apesar dos risos e sorrisos. Devolvem, pagam da mesma moeda. Sorriso com sorriso se paga.
Chegam ao vosso destino, pedem o "habitual", sentam-se na mesa, estendem o jornal à vossa frente, traçam a perna e desligam do efeito que a vossa aura sedutora causa nos demais.
Do pé para a mão, sem avisar, eis que uma voz que conhecem desde as vossas entranhas, entra no café e quase que grita:
- Mãe! Vieste vestida de robe para o Fórum!!!!!

P.S.: Era um robe com classe!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Fado, Fardo e Farpas

Vídeo enviado por e-mail

Hablas Espanhol?

Um azar nunca vem só e eu nasci azarada!
Imagine-se que nasci mulher e ainda por cima não espanhola!
Querem ler o que aconteceu comigo, ontem?
Como mulher, azarada, consumo aqueles produtos de higiene íntima, para aqueles dias do mês, que só as desgraçadas que nascem mulheres é que experimentam todos os meses, duma marca espanholita, super conhecida. Os chamados pensos, em português, compressas, em espanhol.
Claro que me abasteço sempre em mercado luso, a bem da economia do nosso país, mesmo sabendo que os pacotes são importados de Espanha.
Ora ontem, fui reforçar o meu stock aqui à loja Continente da minha aldeia e toda pimpona apressei-me a apresentar na caixa o vale de desconto que me saíra em sorte na última embalagem que eu tinha comprado, por acaso na mesma loja. 
Sou boa a contas e 2x2 dá 4 que é a raiz quadrada de 16 que a dividir por 2 dá 8 que dividindo por ele próprio dá 1 e multiplicando por 0 dá 0, aquela embalagem, ao deduzir o vale de desconto ficava quase à borlix! Uma justo agradecimento às mulheres que sacrificam uma vida a bem do fim único e sacrossanto do seu aparelho reprodutor, a procriação e a propagação da espécie.
Com o sorriso igual ao da imagem de cima, olhei para o operador de caixa que me devolvia os vales dizendo que os mesmos não podiam ser deduzidos!
"Não podem, ora essa?"
" Não, minha senhora, não podem porque estão escritos em espanhol e o sistema não lê vales escritos em espanhol. Esses vales só são válidos em Espanha."
Nasci duplamente azarada, mulher e não espanhola, mas deu-me um arrepiozinho pela espinha acima como  só dá as portuguesinhas de gema e vá de arregaçar mangas, afinar a voz e botar a boca no trombone!
" Ah, pois, só os códigos de barra para pagar, não para descontar" 
Já berrei, já escrevi , já denunciei. 
Agora fico à espera que me acusem de ter abusado sexualmente da Julieta, a gata da We, e me levem dentro, porque o Continente é o COOOOOONNNNTINENTE , a Evax é a EVAAAX e eu sou eu.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Sangrias


Dei por mim a reflectir sobre os tratamentos médicos da idade da pedra lascada, aqueles que utilizavam sanguessugas, para retirar os fluidos corporais e assim o mal dos desgraçados que caiam nas mãos dos físicos de então. Grande parte das vezes não morriam do mal, mas morriam da cura. No entanto, as sanguessugas, essas, que eu saiba, nunca se soube que se tivessem queixado...

Cá comigo foi assim:
Tinha um bicharoco que se tinha alojado na minha borboleta, um órgão vital que produz uma série de hormonas:  as do bom feitio, as da elegância, as dos olhos bonitos, sei lá....
Solução dada -Tira-se a borboleta (a glândula)! O bicharoco vem atrás e o problema fica resolvido! (pensavam os eruditos  na matéria). 
Enganaram-se os eruditos. O bicho parece que se tinha evadido para as vizinhanças antes de  me despojarem da borboleta. Espertos, estes bichos...
Segunda fase de ataque (segunda tentativa) - Tiram-lhe a pílula (que fiquei a tomar em substituição da borboleta) que parece que ele (o bicho) gosta (e eu também). Vão dar-lhe fome de hormonas (e a mim também), enfraquecê-lo (e a mim também), desesperá-lo (e a mim também).  Dão-lhe umas substâncias químicas fantasma (e a mim também), debilitam-o ao máximo (e a mim também), para depois entrar na 
Terceira fase (e última) - Com a fome de iodo com que ele está ( e eu também), vão servir-lhe iodo radioactivo (e a mim também). Vai deliciar-se (e eu também), absorver o radioactivo todinho (e eu também) e morrer de barriga cheia de radioactividade ( e eu???).
Este é o plano de tratamento para erradicar o bicharoco de dentro de mim (e a mim do mapa ???).

Bom, comecei ontem a segunda fase. 
Estou a tomar umas pílulas fantasmas, sem hormonas do bom feitio, mas continuo bem humorada; sem hormonas da elegância e elegante que nem uma aliá (que para quem não sabe é a fêmea do elefante)...
Penso nas sanguessuga que nunca se queixaram, nunca sofreram o perigo de extinção e sempre as conheci bem gordinhas. Por outro lado, os pacientes não morreram do mal mas muitas das vezes  foram-se com a cura...,ahahahaha!!!!!
Estava só a brincar!!!!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O Que Faz Falta

Sem ponta de humor seja ele de que cor for, sem laivo de sarcasmo, sem pingo de hipocrisia, tomei consciência, acordei para o Estado da Nação.

Dei de caras com o absurdo, não com a crise, mas com a insensatez, com o despropósito, com a demência a que, passo a passo, chegámos.

Como milhares de portugueses sofro de azia crónica. Há um fogo que arde por dentro que, se não for controlado, me consome as entranhas, arde sem se ver e até sou capaz de o cuspir, assim esteja eu virada do lado do avesso, ou acorde com os pés de fora, por via das notícias que ficaram a digerir na noite anterior. Como milhares de outros portugueses, certamente.

Como estes milhares, tenho de tomar umas pílulas todas as noites e/ou todas as manhãs, para que suporte melhor estas azias da vida, estas amarguras da noite, estes fogos que ardem mas que não se vêem. Estas pílulas, imprescindíveis ao meu bem estar e ao bem estar dos outros milhares de portugueses que descontam, tal como eu, para essa coisa do Estado Providência e que, se não lutaram ou festejaram uma revolução de cravos sem sangue porque ainda eram novos, cresceram a pensar que nunca na vida teriam de lutar por fazer uma outra revolução, pois a memória de um povo é o seu património mais valioso, a sua história e jamais será esquecida, dizia eu, estas pílulas eram quase ao preço da chuva, da uva mijona, como dizia a minha avó, que sabia o valor das coisas. Hoje, acordei com os pés de fora, estava cheia de fogo por dentro por via daqueles assuntos que me andam a incomodar, pois ainda não percebi se me devo preocupar mais com o preço do gasóleo que não pára de aumentar, assim como a taxa de referência da Euribor, ou com o que a Wikilieaks anda a revelar. Tive de recorrer à pílula da digestão fácil. Era a última do blister e da caixa. Peguei na receita que tenho sempre em casa e fui à farmácia comprar mais uma caixinha, do genérico. Sim, do genérico, que eu não alimento vaidades e muito menos laboratórios farmacêuticos. Quando ia para pagar pensei que a conta se referia a senhora do lado que aviava uns quantos cremes anti rugas. Mas não. Era a minha conta mesmo.

- Sabe, é que dantes (como se o dantes fosse o tempo da outra senhora), estes medicamentos tinham uma portaria especial, que agora deixaram de ter - apressou-se a farmacêutica a explicar, antes mesmo que eu perguntasse.

Como estas pílulas para curar as azias da vida, outras deixaram de ser comparticipadas ou "tão comparticipadas". Quem tem dores de reumático, por exemplo, que se deite o chão, que dizem os antigos sempre foi o melhor colchão ortopédico; quem sofre de tensão arterial elevada, pois que dê um litrinho de sangue todas as semanas, diminui a quantidade em circulação, logo desce a tensão e faz bem ao banco de sangue; quem anda deprimido, que saia para a rua e brinde ao astro rei, ria muito que faz bem à pele, além que rir sempre foi o melhor remédio.

Creio que, tal como eu, há muitos portugueses com azia, com fogo e pêlo na venta!

Calamos?

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Se uma verdade incomoda muita gente, muitas verdades........


Nunca pensei assistir a tão fabuloso espectáculo de sapateado sobre o arame da ilustre cena da diplomacia internacional.
De mestre! A força talibã dos tempos novos tempo, o poderoso quarto poder, anteriormente chamado comunicação social, hasteando a bandeira da  democracia e do direito universal à verdade (única e indivisível).

É adorável ver a Hillary C. no papel de Fátima Lopes num programa "Tardes da Fátima"  dedicado ao tema " M..... no ventilador".

Hillary entra nos estúdios A da cena internacional, a dois passos do proscénio, senta-se na sua cadeira de manobradora de palcos e bastidores e começa: 

- O programa de hoje é dedicado ao aleive a que todos assistimos e que se dá pelo nome de Wiki... ai que até me custa pronunciar... Wiki, Wikileaks.- conclui, por fim.
- Há vidas em jogo! - declara, com aqueles olhos azuis lacrimejantes de senhora de meia idade, frente às câmaras. 
-Não se pode fazer isto, é barbárie! - continua, enquanto tira o lencinho bordado com as iniciais do seu fiel Bill, de dentro da manga do camiseiro de seda.
- Como convidados e para provar a inocência de todos os visados, aqui estão um punhado deles próprios, para que possam provar eles mesmos a ignomínia selvagem, o terror mórbido, a mentira atroz que esse tal de Julian A. espalha através dos meios que ainda, - sublinha-  tem ao seu alcance.
- Sr. Presidente da estimada República Russa, Sr Dmitri Medvedev:
- Caríssima Hillary,
- Alguma vez sentiu que nós, seus apoiantes incondicionais, o considerávamos sombra do seu antecessor e actual primeiro ministro, Vladimir Putin?
- Não senhora! Mas que  ideia absurda! Ele até é mais magro que eu!
 - Vejam, senhores espectadores. Calúnia provada!

- Próximo convidado, Sr. Presidente do Afeganistão, Hamid Karzai. Como vai, desde a Cimeira de Lisboa, caro amigo?
- Oi,  Hillary, tudo bem, né? Vocês vão mesmo retirar dentro de quatro anos, não mudaram de ideias, pois não?
- Amigo, Barack e Hillary só têm uma palavra! Mas diga lá, alguma vez nós, amigos americanos, que colocámos nossos filhos na sua terra, para vos defender, apoiar, orientar, lhe chamámos FRACO e ao seu irmão, o grande  Ahmed Wali, "barão da droga corrupto"?
- Quem disse isso, Hillary? Isso é coisa de russo! Vocês são irmãos para mim! 
- Claro, Hamid. Crime provado!

- Continuamos com os nossos fortes aliados portugueses. Temos muitos, mas escolhemos apenas três: o Sr. Presidente da República, o Sr. Primeiro Ministro, o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiro:
 - Caro José, começando por si: que tem a dizer relativamente ao divulgado "líder carismático que trabalhou duro para melhorar o seu inglês. ... Socialista moderado e pouco disposto a partilhar o poder."
- Bom, Hillary, aqui não está em causa se vocês disseram ou não. Esses fulanos da Wikileaks são uns patifes. Eu e o meu governo apoiamos inteiramente a vossa causa, friso isso. -  a esta altura o PM remexia-se pela enésima vez na cadeira e ajeitava a gravata, vermelha.  Mas eles,  - continuava - tirando essa parte de não gostar de partilhar o poder, porque até gosto, sou um homem de esquerda, eles até estão certos. Mas friso, estou ao vosso dispor.  Que precisam? Cimeiras, bases, tropas, ...Blindados! Precisam?

- Bom, senhor Presidente , considera que a administração Norte Americana alguma vez  terá "distinguidos seus esforços em ser um mandatário bipartidário e considerado o político mais popular em Portugal"?
- Minha  senhora Hillary, há uns anos atrás, mais precisamente em 2007,  estive na Casa Branca, de visita oficial, e não fui recebido na Sala Oval, sabe. Sou do povo, mas subi a pulso, com muito esforço. Por acaso  fui fazer a rodagem do meu carrito à Figueira da Foz, fiz um discurso e a coisa pegou. Fui eleito democraticamente. Fui Primeiro Ministro ai durante dez anos, candidato-me ao segundo mandato, mas não sou politico profissional. Já fomos ao Vaticano e SS recebeu-nos, a nós e aos nossos netinhos. Nunca  esquecerei a atitude do vosso Presidente! São coisas que caem mal. Eu e a minha Maria jamais esqueceremos tamanha humilhação!
Posto isto, não, não acredito que o tenham dito!
- Provado mais uma vez o ataque aos Estados Unidos!

- Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, como considera o telegrama divulgado "vantajoso para os Estados Unidos continuar a acariciá-lo muito  devido ao delicado equilíbrio que o ministro está a tentar fazer"?
- Uma ofensa à minha masculinidade! Processo-os!! 
- Não se irrite, caro Amado, não se irrite. Todos o compreendemos. Provado mais uma vez!

- Mas nada escapa a estas mentes imundas. Senhores e senhoras, o Cardeal Tarcisio B., em representação do Vaticano.
- Cardeal, " Sistema de comunicação repleto de fracassos e lentidão. .. Vaticano é um sistema de poder monárquico, milenar, fechado, provinciano e antiquado". Acredita que a nossa administração alguma vez tenha sequer pensado algo semelhante sobre a Santa Madre Igreja?
- Minha senhora, jamais poderíamos acreditar em tais afirmações. Concordamos inteiramente com Copérnico e a Teoria Heliocêntrica, aceitamos a teoria atómica de Neils Bohr que já data de 1911, divulgámos ao mundo o terceiro segredo de Fátima, e a prova provada que refuta todas essas afirmações caluniosas, o Santo Padre admite o uso daquela película de latex, para preservação da vida. Creio que podemos dizer que reunimos todas as provas que permitem considerar esse Julian Assange é um feiticeiro, um herege punível com a fogueira!

-Exacto, Cardeal. E para mais arranjou-se um crimezinho de abuso sexual. Vai ver que os crimes dos seus rapazes  ao pé dos deste Julien são peanuts!
Meus senhores, este foi o programa "Tardes da Fátima" e eu sou a Hillary C,
Até à próxima



segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Money

Ai, que coisa....!! 
A borboleta que me tiraram do pescoço parece que se instalou bem no meio do estômago. A culpa é toda desse senhor Marck Z. não sei das quantas, ex estudante da  famosa Universidade de Havard e segundo as más línguas o mais jovem multimilionário do mundo.
Ascendência judia, lourote, espertalhão, despretensioso, não liga pévia ao money.
Soube de fonte segura e que a Wikileaks já confirmou, que acabou de doar metade dos seus 26 mil milhões de triliões de não sei de que moeda, mas certamente uma moeda mas poderosa que o congelado euro português, para a caridade. Dos States.
Isso é que não... !!
Afinal eles tem um Barak,  que significa esperança, para que é que precisam de 13 milhões de biliões que é o número do azar?
Nós sim, que temos um Sócrates, que sempre significou filosofia e que agora se aliou a um Alegre que antes de aparecer este significava palhaço, mas agora está conotado com poesia. Imagine-se filosofia com poesia..., bem precisávamos dos 13 milhões de biliões, para ver se desazaravamos a coisa...
Qual Belmiros ou Amorins, este rapazote é um mimo, com os seus muitos triliões, não dá cavaco a ninguém!
Já nós por cá, com estas combinações, damos cavaco a troco de uns euritos (congelados), ou poesia a troco de filosofia (barata).
Já não tenho barak (esperança).

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Corrupção em estado embrionário

Dizem que hoje se celebra o dia mundial da corrupção. Ou será da luta contra a corrupção? 
Bom, depende sempre do ponto de vista. Para os que se abotoaram à la carte, ou em self service,  a salpicar de vírgulas os normativos legais e outros diplomas que tais, então temos a comemoração do dia mundial da corrupção; para os outros, quase sempre a maioria, que não souberam usar desses expedientes e que, coitados, nunca  entraram no gabinete do presidente da EDP  para perguntar onde era a sede do BCP, para esses, dizia eu, celebra-se o dia mundial da luta contra a corrupção.
Mas prelúdios à parte, queria-vos deixar uma história, a propósito de corrupção, contada na primeira pessoa. 
Sem sal nem pimenta.


Há uns anos atrás, era eu presidente da minha escola, (um cargo que jamais dará azo a corrupções), uma escola básica de 2º e 3º ciclos, relativamente calma, quando, pelas oito e pouco da manhã, o guarda da segurança me bate à porta do gabinete.
Trazia-me um rapazinho, do 5º ano, que deveria ter os seus 10 aninhos, rechonchodinho, encasacado do frio, de faces coradas, de olhos muito abertos, cujo nome já não me recordo.

- Srª Drª, este menino foi apanhado com esta faca de mato da mão, aqui no páteo da escola. Trago-o até aqui para que a Srª Drª tome conhecimento, uma vez que ainda não está a Drª X ( a minha colega encarregue da parte discipinar, na altura).

- Ora muito bem, o que é que este menino trouxe para a escola?

- Eu.... -  tentou o rapazito dizer

- Eu....? Eu, nadíssima de nada! Já lhe dei ordem para falar? 

- Não Srª...

- Como é que o menino se chama?

- Zacarias.

E escrevi o nome num papel. 

- Nome do pai?

- Melaquíades.

Vá de assentar, com fulgor.

- Nº de telemóvel do pai do menino?

- 123456789

Continuava a rabiscar, no mesmo papel, a tinta vermelha, com traços por baixo.

- Turma?

-5º Z

- Ora muito bem, então agora diga lá o que é que aconteceu.
- Eu, ...eu, eu vinha para a escola, vinha devagar, a olhar para o chão e encontrei a faca no meio do caminho. Meti na mala para quando chegasse à escola entregar ao funcionário - cuspiu o rapazito, tudo de rajada.
- Bom, então quer que eu acredite que o menino Zacarias encontrou esta arma branca no meio da rua e a introduziu-a dentro do recinto escolar? -  e pegava numa fita métrica, media a lâmina da faca que, efectivamente tinha 10cm, bem em frente dos olhos do Zacarias.
- Sr. Guarda, em que circunstâncias é que confiscou a arma? - perguntei ao guarda
- Ele estava a mostrá-la aos amigos, no páteo.
- Então por quantos funcionários passou, menino Zacarias?
- Muitos. (ainda não havia contenção..)

- Muitos! Muitos funcionários com uma arma branca dentro da sua mochila!E caladinho que nem um rato!

- Sabe o que é que isto dá? Isto vai direitinho para o seu processo, para o seu cadastro! 
Fica cadastrado. Daqui, o cadastro,  vai segui-lo para o secundário, para a tropa, para a vida civil.Isto é grave!
É o chamado porte de arma branca. Já ouviu falar? 

- Não, não ouvi.

- Já chamámos a GNR  para vir recolher a arma, não a podemos ter na nossa posse (o que até era verdade)- continuava eu -  Portanto, vou telefonar imediatamente aos seus pais, dando conta que o menino introduziu uma arma branca dentro da escola, mais concretanmente uma faca de mato, com uma lâmina de 10cm,  arma essa que diz ter encontrado na rua e de todos os procedimentos legais que vamos ter que iniciar.

A esta altura do campeonato, o menino Zacarias que devia medir ai 1,40m, pôs-se em bicos de pés, acrescentou uns 10cm ao seu tamanho até chegar a metro e meio de gente, apinhou os pulmões de ar, deu um passo firme em direcção à minha secretária, assentou nela as duas mãos sapudinhas e já transpiradas, aproximou a cabeçita de mim e com toda a convicção do mundo perguntou-me:

- Quanto é que quer para ficar calada?

domingo, 5 de dezembro de 2010

Novo tipo de declarações de amor...

A tradição já não é o que era, definitivamente.
As raparigas, felizmente,  estão cada vez mais emancipadas e conhecedoras das mais-valias...
Não resisti...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Parabéns ao SHE



Imperdoável!! 
Que mãe mais ranhosa que eu sou! Nem com o blog me consigo redimir enquanto mãe! 
Então não é que o meu SHE faz hoje um ano, um aninho de vida, e só a estas horas, 23:23, é que eu me lembrei?
Exactamente, foi no dia 1 de Dezembro de 2009, a jeito de restauração do meu diário de bordo, que parejei o SHE.
Parabéns, ó filhote mais novo! 
Adoro-te! És um dos meus maiores orgulhos :-))

Ana (mãe babada)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A adaptação

Com os votos a favor dos boys presentes e o cala que consente dos futuros boys, eis que se aprova um regime de excepção que se diz de adaptação para os boys de hoje, dá-se o dito por não dito, a crise por uma depressão centrada no anticiclone dos Açores e só com efeitos nalgumas partes do País, analisa-se melhor a (des)produtividade das empresas públicas e conclui-se que afinal os cemitérios estão cheios de imprescindíveis e, além de neles não haver espaço para mais destes homens sabedores, as nossas empresas públicas e o nosso banco que é caixa não pode deixar escapar nenhum deles.
De Norte a Sul, de Leste a Oeste, da Madeira aos Açores,  o OE terá efeitos vitalícios sobre os vencimentos de todos os portugueses, excepto os destes senhores, os gestores de topo de algumas empresas públicas, público-privadas e o tal banco que é caixa, dado reconhecer a importância vital que tais boys, digo, senhores, pois já ultrapassaram a idade da puberdade, têm na instituição que tão nobremente administram. Também, digo eu que não sou ninguém e ninguém serei porque o meu ordenado foi vitaliciamente cortado, tal como a carta de condução a um idoso de 100 anos, o dicionário de português deve ser actualizado, pois a isto, chamaram os senhores do governo e da maioria, adaptação, eu chamaria outra coisa...tv atentado, mas aceito outras sugestões.


quarta-feira, 24 de novembro de 2010

SHE

Para que conste iniciei hoje, às 23h47, a escrita do meu primeiro livro.
Um conto, um romance, um dicionário, uma monografia, whatever...
Até a dia 25 de Janeiro (que data...) estará concluído.
Título: SHE
The Old Book
William Merrit

Entre o Barhein e o Quatar

Devo ser das poucas pessoas que ainda têm o imenso privilégio de passear os olhos pelos jornais, enquanto se deliciam, prazenteiramente, com o seu pequeno almoço.
Mando a crise às urtigas, aproveito as férias prolongadas que o meu "duplo carcinoma papilar tiroideu" me proporcionou  e junto a isso o imenso privilégio de viver na margem sul, na outra margem sul, naquela de onde se desfruta do Tejo, da qualidade de vida ainda a preços razoáveis, de pessoas simpáticas (como eu), de espaços agradáveis e de croissants deliciosos.
E ai vou eu, toda pimpona, instalar-me no meu "Coffee for You" do Montijo Forum, onde já sabem exactamente como eu quero o meu galão, meio copo de galão, meio copo de espuma de leite e  o meu croissant mal cozido, ocupo a mesa lá do fundo, abro o Público e ali fico, depenicando o meu croissant ao mesmo ritmo que as noticias do Público me enfurecem ou simplesmente me passam ao lado.
Mas ontem o croissant ficou quase intacto com esta notícia. Mortes por violência doméstica...?? 247 mortes por violência doméstica? 

Andamos a discutir a entrada ou não do FMI;  apregoamos aos sete ventos que Portugal deu 4-0 à campeã da Europa e do Mundo em futebol; unimos as vozes para denunciar a corrupção que se assiste neste país; levantamos as bandeiras da Paz contra a Cimeira da Nato; fazemos nossas as causas de outros povos, de outras mulheres vitimas de leis infames, como a da morte por apedrejamento.... e...e a violência doméstica? Calamos? Até onde vai este bicho? Conseguem imaginar? 
Conseguem imaginar o que está a montante da fase visível de uma morte por violência doméstica?
Ou mesmo de um olho negro de uma colega nossa que, "coitada, escorregou no tapete, quando, de noite, se levantou para ir tapar o filho?"
Conseguem imaginar a violência psicológica que quase sempre antecede a violência física e, c'os diabos(!), ainda por cima não deixa marcas visíveis!!
Os ciúmes porque vestiu uma mini-saia ; a dependência económica pois o homem é sempre mais bem pago no raio desta sociedade, mesmo que garanta só os serviços minimos; o medo; o preconceito; ....? A falta de apoio da própria família??!!
Um polvo  que vai cercando, cercando, e ele (ela), aproveitando, aproveitando. Até  chegar ao fim, à total asfixia..
Conseguem  imaginar as marcas psicológicas que ficam gravadas nos filhos destes casais quando assistem a este tipo de situações (e quase sempre assistem!), e perduram anos a fio? E quantas vezes vêem eles a reproduzi-las?
Conseguem? 
Onde estão as bandeiras, por estas mulheres e homens vitimas destes maus tratos? Onde está a nossa luta?
Onde está a mensagem que temos por obrigação passar aos mais novos? Educar, civilizar? Não, não temos?
Só se fosse no Barhein?
Ah!Ok!

Frida Khalo

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A tradição

Bem sei que somos pobrezinhos mas honrados e é assim que devemos continuar  a ser, pois só assim conseguimos manter aquela imagem imaculada de povo hospitaleiro, de pão e vinho sobre a mesa,  que os nossos grandes governantes, com a ajuda do fado, talharam pare este pequeno rectângulo, desde  os tempos imemoriais do Estado Novo.
E eis senão quando a tradição está prestes a cair no esquecimento, por via das globalizações, das novas tecnologias, da queda do muro de Berlim, do alargamento aos países de leste e de outras pestes que tais, surge, num meio de um clima de nevoeiro cerrado, o D. Sebastião:  a Cimeira. A Cimeira, sim senhores!
Substituindo o pão e vinho por uma parafernália de armas, polícias, controles, perímetros de segurança, jornalistas, fragatas, caças F16, helicópteros Lynx, mergulhadores, lanchas, blindados, show-off,  reinventa-se a tradição, tal Azeite Gallo e nós continuamos (mais) pobrezinhos mas honrados!
Ora bem! Bem-haja D. Sebastião!!

domingo, 21 de novembro de 2010

O sustentável peso do Ser

O Ser implica o Estar que implica o Ser e o Estar implica o Ser que implica o Estar. E tudo isto implica vinte e um gramas de peso, vinte e um sustentáveis gramas de um "éter celestial" consubstânciados na paixão que sustento por três vezes outros vinte um gramas de outro "éter" que se desgarrou de mim, mais  numa pitada de "éteres" que se perderam em  vesúvios de amores esquecidos no tempo, no esforço sobre humano que faço, todos os dias, para resistir ao bolo de leite condensado e noz, ou a viver a vida com a pessoa que amo, da forma como já  vivi. Ainda outros quase cheiros de "éteres" se despreendem  de mim e prefazem os ditos 21 gramas.
Bagagem de memória e de coração que relembro todos os dias frente ao espelho enquanto, vagarosamente, penteio os meus longos cabelos negros e sorrio, de mim para mim, pois eles, os meus longos cabelos, pesam mais de vinte e um gramas. 
De que vale o Ser?
Nada. Continuam presos às suas dualidades ontológicas do  ser-estar; da liberdade-coaçao; da luz- trevas.
Prefiro o meu cabelo. Cresce, cresce, cresce....
Suicide Of Dorothy Hale 
Frida Kalo

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

4 P (Paz e Petróleo e Pós Prilimpimpim)



Há qualquer coisa que me escapa...

"Não vejo dificuldades em Timor-Leste comprar também dívida pública portuguesa, na medida em que o próprio Governo timorense já tomou a decisão de diversificar a aplicação do Fundo do Petróleo, comprando outras dívidas públicas, incluindo a australiana e de outros países”, disse Ramos-Horta, daqui

Bem sei que não me licenciei em Harvard, é verdade. De facto, o meu canudo também não tem as insígnias de Cambridge.  Que lástima! 
Para mal dos meus pecados, aquele pedaço de papel que encheria de orgulho os meus defuntos avós nem sequer tem nome de universidade que faça lembrar a Independência que eles desejariam para a sua neta, nem data de conclusão a um domingo, sinal de esforço, preserve rança e dedicação à causa, à licenciatura, entenda-se...
Sou uma pobre licenciada pela Universidade de Lisboa (a chamada Clássica), ainda por cima em coisas de pozinhos de prilimpimpim, de pílulas de mal dizer, de supositórios de comer e não calar.

O petróleo para que serve senão para comprar as dívidas dos outros, ha?? Isto é  que é economia ! Tornarmo-nos grandes, GRandes, GRAndes, GRANDES!
E eu a pensar que servia para melhorar as condições de vida do povo, investir na educação, na saúde, nas infra-estruturas, na esperança média de vida.
Também não apoiei a invasão do Iraque pelas tropas anglo-norte-americanas, não ocupei o cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, a seguir o de Primeiro Ministro e,  finalmente, o de Presidente da República de Timor Leste.
Também deve ser por isso que não sou "Nobelável"! Ah,  e da PAZ!!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Novembro

Tão inevitável, como inacreditável, como irritante, como temporalmente desajustado. As luzes, as estrelinhas, os pinheiros, os anjinhos tocadores de lira ou de uma espécie de vouvuzela dos tempos do éden, os pais natais, os laçarotes vermelhos, as estrelas cadentes vindas de todos os pólos, os trenós puxados a renas ou a mercedes topos de gama, a neve feita de algodão amargo, de esferovite, ou de pesadelos que se antecipam com dois meses de antecedência, as árvores  e os arbustros das avenidas grandes e das veredas pequenas que de repente ganham novas e luminosas flores multicolores fecundadas por cabos eléctricos, as montras preto, prata e vermelho e a música. Oh! a música, so fantastic. O coro da capela sistina, ou das meninas do colégio do sagrado coração, uma noite feliz e de amor, uma em 365, já não é mau de todo, porque nesta noite brilha brilha lá no céu a estrelinha que nasceu, nas outras noites o céu é penumbra, como se penumbra não fosse sempre a vida de quem não tem natal. Mas o menino está dormindo nas palhinhas despidinho, e os anjos estão cantando por este que não teve frio, que sorte a dele, pois muitos outros dormem em camas, mas têm frio, um frio que não vai embora nem com cantigas, nem com edredons, nem com estrelinhas, nem com jingle bells. Um frio que se instala quando a hipocrisia do natal do consumo desperta e dura e dura e dura, porque é feito de pilhas duracell, daquelas que o coelhinho da páscoa usa.Mas outros há para quem o frio é mesmo real e que não têm cama, nem de palhinha,  nem pilhas duracell e olham para aquelas estranhas flores eléctricas das árvores que lhes servem de tecto todas as noites e perguntam se os anjos da canção também não cantam por eles, ou se os senhores da televisão que falam de contenção são doutro país, ou será contenção uma outra palavra qualquer, ligada a contentores do lixo, será que vão cortar o único local onde eles conseguem arranjar papelão para se cobrirem e restos de alimentos. Sim, de resto em nada mais eles vêem cortes, a cidade está tão iluminada como sempre esteve, os senhores saem carregados das lojas como sempre saíram, e o natal começou em novembro, como sempre começou. Mas as cantigas continuam e desejam a todos um bom natal, como o john lennon imaginava o mundo, assim esse mesmo mundo deseja oum bom e feliz natal a todas as famílias unidas no coração do grande e maravilhoso criador, seja lá ele quem for.
Christmas Nigth
Paul Gauguin

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

IPO SPA Hotel

Localizado no centro da capital e a 10 min do Aeroporto Internacional de Lisboa, o IPO SPA Hotel ocupa  uma vastíssima área, com estacionamento privado e inúmeras facilidades, como bares, cafés, multibancos, máquinas de café expresso. Todo o pessoal  é altamente especializado em atendimento personalizado.
É composto por um fabuloso conjunto arquitectónico de vários edifícios, de várias épocas, cujo corpo principal, datado de 1923,  se destaca pela sua fachada, considerada um dos exemplos mais significativos de art decó em Portugal.
É ainda servido por uma vasta rede de transportes, 24h por dia, como linha metro, estações de autocarros urbanos, suburbanos e expressos para todo o país, assim como  táxis, ficando a dois minutos, a pé, do maior aglomerado de "camelots" de Lisboa e a 10 dos chiquérrimos armazéns El Corte Inglés, oferencendo assim um leque de opções de compra muito variado a seus hóspedes.
Relativamente a atracções culturais, encontra-se paredes meias com umas das maiores atracções de Lisboa, O Jardim Zoológico de Lisboa, um dos mais antigos e mais bem preservados da Europa, perto da mesquita de Lisboa e do Teatro Aberto.
Afastado qb do famoso Parque das Nações, tem tudo para garantir uma estada com tranquilidade, segurança, silêncio e sofisticação absolutos, a preços absolutamente convidativos!
O meu próximo destino de férias. Nem mais, que eu cá trato-me bem!!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Os cinco e a faixa amarela



Não posso deixar de expressar o meu total apoio, assim como demonstrar a minha admiração  perante a coragem, a convicção e determinação dos cinco estudantes de Beja que ontem aderiram à greve dos estudantes do Ensino Secundário.

Eram apenas cinco. 
Cinco estudantes devidamente escoltados pelas forças de segurança, ainda sem os tão desejados carros blindados, apenas com duas viaturas, uma motorizada e um total de 10 elementos.

Estou certa que após a cimeira NATO, futuras manifestações estudantis deste tipo terão pelo menos um blindado, pois de cinco alunos com uma faixa amarela tudo se pode esperar... 
-  Discordância dos transeuntes quanto às palavras de ordem escolhidas;
- alguma manifestação de discórdia relativamente à cor escolhida para a faixa, pois nem todos gostam do amarelo, e isto no Alentejo....
- Pasmo geral provocado pelo número de manifestantes.

 Tudo isto, (cinco estudante e uma faixa amarela), constituem potenciais  factores de distúrbio à ordem pública, plenamente justificativos dos gastos do combústivel com dois carros, uma motorizada e o tempo de dez homens!! Ah e futuramente da utilização dos blindados, claro!

Assaltos? Onde? (só no MF e no OE)



quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Olha quem escreve também!!


Kutchi, kutchi, kutcci!!!! Venham ler a história vovô balelas, recheadinha de gaffes e armas nucleares!
Não?Pois, também acho. A criançada, de tanta gaffe, entrava numa de hiper histeria. Em vez de dormir era guerra de almofada até ao amanhecer!


Meus senhores, esta é a verdadeira expressão de um homem que tem o estômago às voltas com o falhanço do "não achamento" das  armas, como ele próprio confessa na sua auto biografia  - Decision Points. Algumas talvez estejam no seu trânsito gastro - intestinal, we never know. 
O que é certo, é que quando aquela boca se abre, ou sai bomba, ou sai algo do género:

"Em termos de calendário, o mais rapidamente possível - o que quer que isso queira dizer";

"A África é uma nação que sofre de doenças inacreditáveis";

"Quem entra no país ilegalmente, infringe a lei";

"Essa ideia de que os Estados Unidos estão se preparando para atacar o Irão é simplesmente ridícula. Tendo dito isso, todas as opções estão na mesa";

"Estou preocupado com o tamanho da área de cultivo de cacau na Colômbia";

“É importante entender que se houver mais intercâmbios comerciais haverá mais comércio";

“Já falei com Vicente Fox, o novo presidente do México, para mandar petróleo para os Estados Unidos. Assim não dependeremos do petróleo estrangeiro”.


Mas se ainda não estão suficientemente convencidos a adquirirem esta narrativa trágico-cómica dos últimos anos da história mundial, contada na primeira pessoa, desenganem-se porque vamos ter best seller! Em todos os lares, do Pacífico ao Indico. Do Irão ao Azerbeijão, do Quatar à Patagónia! Ele vai conseguir!
Yes, he can!!
Olhem para a pose, os olhinhos, as sobrancelhas, a rugas da testa, a asa do nariz ligeiramente levantada (cheira a bomba...). 
Nem Ronald R. no seu melhor..
Agora, leiam o método:

"Veja bem, na minha linha de trabalho você fica repetindo e repetindo e repetindo as coisas para que a verdade seja absorvida, para tipo catapultar a propaganda". (foi assim que ele se auto convenceu que havia armas no Iraque)

Nem assim querem comprar?


Mais argumentos?
Pronto, o homem confessa-se(!), surge mais humilde, ponderado, e admite ter cometido erros. Até revelou, nas entrevistas promocionais do livro, que foi uma "voz dissidente" na guerra com o Iraque.
Reafirma, no uso pleno de todos os seus poderes e consciência ( digo eu), "o orgulho em tomar decisões por instinto, em vez de o fazer com base numa aturada análise dos factos, apesar de algumas acabarem por lhe causar incómodos."
Pois claro! Apoiado!! De que serve a cambada de conselheiros de altos estudos  militares, estratégicos, diplomáticos, económicos, quando se tem um instinto fatal como aquele?? Han? Han?
Digam lá? Tudo para o desemprego!
O homem foi auto-suficiente para gerir o mundo! Ele e o seu instinto!!


 Ainda não compraram? 
O nariz? Foi plástica a que o Sr. Bush se submeteu após as declarações proferidas sobre algumas práticas de tortura  que salvam vidas, as quais ele  (e o seu aprimorado instinto) não consideram tortura.
Sobre o recurso ao waterboarding - simulação de afogamento - nos interrogatórios de suspeitos de terrorismo em Guantánamo, disse
"A prática não é tortura, antes uma técnica melhorada de interrogatório que salvou vidas
Claro que é um procedimento duro, mas peritos médicos garantiram que não provocava danos duradouros. Eu não sou advogado (por não saber se era legal ou não). Há que confiar no julgamento das pessoas que estão à nossa volta, o que fiz.  Asseguro-vos que aquelas técnicas salvaram vidas. O meu trabalho era proteger a América e fi-lo."

Apetece mesmo fazer ua festinha de consolação.... Kutchi, kutchi, kutchi!!


“Espero que o futuro venha a julgar [a minha presidência] um sucesso. Mas já vou estar morto nessa altura, quando finalmente a História decidir o que foi”.

E Pronto! Os grandes heróis são sempre irreconhecidos, uns mal amados,  no seu tempo!


Nota:  Pelas 497 páginas de Decision Points, Bush recebeu já sete milhões de dólares. Não queira deixar de reconhecer este humilde grande homem. 
Contribua você também!




DECISIONS POINTS - NUMA LIVRARIA PERTO DE SI

domingo, 7 de novembro de 2010

Olhe que não, olhe que não....



Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.
Mudam-se as caras, os usos e os costumes.
Mudam-se os cenários e as cenas.
Mudam-se as palavras de ordem e a ordem das palavras.
Antes tudo era possível. Imaginem que os apresentadores de televisão até fumavam, ostensivamente, relaxadamente, prazenteiramente, durante os programas!
Antes, os comunistas matavam os velhinhos com um tiro atrás da orelha!
Antes, escrevia-se actores e de facto. Agora, por via da crise e dos acordos, corta-se em tudo e passámos, desculpem, passamos, a ter atores e de fatos. 
Antes, tínhamos um tipo de discurso, agora, por via dos acordos político-económico-ortográfico-europeísta-lexical-temporal, temos uma espécie de verborreia...
Tentei fazer uma espécie de dicionário de sinónimos, pegando nalgumas expressões emblemáticas do vídeo.
Assim:

Forças progressistas-o mesmo que sumidades dotadas de superiores inteligências,  que tomam opções económicas de alta monta, como ex: compra de submarinos, construção do TGV, ...em prol do progresso e desenvolvimento;

Forças da reacção- por oposição às forças progressistas, o anteriormente chamado de proletariado, sem capacidade de tomada de opção, por óbvias limitações intelectual e de gestão;

Aliança contra natura- a lei do casamento homossexual;

Revolução- a nova forma de se conseguir diplomas de estudos superiores. Pós-graduações antes de licenciaturas; Licenciaturas a dias de descanso; Mestrados com o mesmo número de anos que as licenciaturas  de anteriormente;

Direita- o que não é torto; complexo de leis;

Bloco revolucionário- Sólido geométrico descoberto por Platão que tem a propriedade de rolar sobre si próprio, mostrando várias "caras", à medida que vai rolando;

Sociedade sem classes- um país rendido às leis do naturalismo, literalmente de tanga, com excepção dos banqueiros, políticos e administradores das EP;

Governo- Conjunto de anti patriotas;

Exercício das liberdades e direitos dos cidadãos- corte dos vencimentos, aumentos dos impostos, corte dos benefícios fiscais, dos direitos adquiridos na saúde, educação. Dimuição da qualidade de vida;

Caciques locais- Contratos de uma hora diária celebrados pelas escolas/ME, para limpezas;

Coação moral, material, económica e religiosa- Colocação dos professores quadros de zona pedagógica e contratados, ano após ano, a Km de casa;

Confrontação armada- a cimeira da Nato;

Guerra civil - A entrada iminente do FMI ou a venda da dívida pública à China;

Medalha Lenine- Primeiro nome de código do processo Face Oculta;

Ditadura - Zona Euro.

Prémio Dardos

 O SHE recebeu o prémio Dardos, pela primeira vez, vindo directamente das Crónicas do Rochedo.
Acho que é coisa importante, cá para as bandas da blogosfera...

Reza que   «O Prémio Dardos é o reconhecimento dos ideiais que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc.... que, em suma, demonstrem a sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre as suas letras e as suas palavras. Estes selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre blogueiros, uma forma de demonstrar o carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web.»

Vou passá-lo ao 
e por último ao meu blog de referência de todos os tempos, 

Porquê  a estes?Porque sim. Mas porque tenho de justificar sempre tudo o faço? São os alguns dos meus blogs de eleição.
Obrigada ao Carlos, das CR.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Manifesto Anti-S

Basta!! PLIM, PLIM, PLIM!!
Basta e Basta!!


Um País que consente deixar-se representar por uns S é um país que nunca o foi (disse ele), nunca o será (acrescento eu)! É um coio de indigentes, de indignos e de cegos (disse ele), de corruptos, de inábeis, de mentirosos,  de sucateiros, de oportunistas, de boys for the jobs (digo eu)! É uma resma de charlatães e de vendidos e só pode parir abaixo de zero (disse ele). Ou vender-se, por inteiro,  às fatias ou às rodelas ao penico da Europa (Brux) (digo eu).
Abaixo a geração dos S! (dizemos os dois)

Morram os S, morram! Plim!

Uma geração com uns S a cavalo é um burro impotente (disse ele). E que anda para trás pois, mesmo que fossem potentes, para que queremos nós carregar burros? (digo eu)!

Uma geração com uns S à proa é uma canoa uni seco (disse ele). É como um pinguim no deserto, um falhado! (digo eu)
Os S são uns  ciganos (disse ele).  Um perigo (digo eu)!
Os S são meios ciganos (disse ele), meios ciganos. Concordo plenamente, nunca sabemos qual das partes está a falar.
Os S saberão gramática, saberão sintaxe, (disse ele). Saberão auto elogiar-se,  saberão dar o dito por não dito, saberão pavonear-se, saberão tudo menos governar, que é a única coisa que eles tentam fazer (digo eu)
Os S são uns habilidosos (dizemos os dois)!
Os S vestem-se mal (disse ele).  Mas isso era antigamente, (digo eu), agora vestem-se na loja mais cara do Mundo (digo eu).
Os S são S (dizemos os dois)!
Os S são Júlio (disse ele). Os S são Antónios, Anibais, Josés, Silva, Sousa, Santos, Santanas e os outros. Os burros, os sucateiros,  os chico-espertos, os oportunistas, os idiotas, os arranjistas, os vendidos, os imbecis, os párias, os ascetas (digo eu).
 
Morram os S! Morram!Plim!

Os S nasceram para provar que nem todos os que escrevem sabem escrever (disse ele), ou que tentam governam sabem governar (digo eu)!
Os S são uns automatos que deitam pra fora o que a gente já sabe que vai sair... (dizemos os dois), lixar o Zé (digo eu)...mas  é preciso deitar dinheiro (dizemos os dois)
Os S são um soneto deles próprios (disse ele). São as emendas aos sonetos deles próprios (digo eu)!
Os S em génio nunca chegam a pólvora seca e em talento são pim-pam-pum (disse ele).Acrescento, génio e talento governativo...

Morram os S! Morram!Plim!

Os S são o escarneo da consciência (disse ele). Os S têm consciência? (pergunto eu)

Morram os S! Morram!Plim!

Portugal  com todos estes senhores conseguiu a classificação do País mais atrasado da Europa e de todo o Mundo (disse ele), mais corrupto, mais fabulasticamente endividado (digo eu). O entulho das desvantagens e dos sobejos (dizemos os dois).
Portugal inteiro há-de abrir os olhos um dia, se é que a sua cegueira não é incurável, e então gritará comigo, a meu lado, a necessidade que Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado! (dizemos os dois)

MORRAM OS S, MORRAM! Mão.jpg (2277 bytes)PIM!

Almada Negreiros
Autor do Manifesto Anti-Dantas
Imagem retirada daqui

Carro em Portugal

 
Contribuinte:  Gostava de comprar um carro.

Estado: Muito bem. Faça o  favor de escolher.
Contribuinte: Já escolhi.  Tenho que pagar alguma coisa?

Estado: Sim. Imposto sobre  Automóveis (ISV) e Imposto sobre o Valor Acrescentado  (IVA)

Contribuinte: Ah... Só  isso.

Estado: ... e uma ? coisinha? para o pôr a  circular. O selo.

Contribuinte:  Ah!..

Estado: ... e mais uma coisinha na gasolina  necessária para que o carro efectivamente circule. O  ISP.

Contribuinte: Mas... sem  gasolina eu não circulo.

Estado: Eu sei.

Contribuinte: ... Mas eu já  pago para circular...

Estado: Claro!..

Contribuinte: Então... vai  cobrar-me pelo valor da gasolina?

Estado: Também. Mas  isso é o IVA. O ISP é outra coisa diferente.

Contribuinte:  Diferente?!

Estado: Muito. O ISP é porque a gasolina  existe.

Contribuinte: ... Porque  existe?!

Estado: Há muitos milhões de anos os dinossauros  e o carvão fizeram petróleo. E você paga.

Contribuinte: ... Só  isso?

Estado: Só. Mas não julgue que pode deixar o carro  assim como quer.

Contribuinte: Como  assim?!

Estado: Tem que pagar para o  estacionar.

Contribuinte: ... Para o  estacionar?

Estado: Exacto.

Contribuinte: Portanto,  pago para andar e pago para estar parado?

Estado: Não. Se  quiser mesmo andar com o carro precisa de pagar  seguro.

Contribuinte: Então pago  para circular, pago para conseguir circular e

pago por  estar parado.

Estado: Sim. Nós não estamos aqui para  enganar ninguém. O carro é novo?

Contribuinte:  Novo?

Estado: É que se não for novo tem que pagar para  vermos se ele está em condições de andar por aí.

Contribuinte: Pago para  você ver se pode cobrar?

Estado: Claro. Acha que isso é  de borla? Só há mais uma coisinha...

Contribuinte: ...Mais uma  coisinha?

Estado: Para circular em  auto-estradas

Contribuinte: Mas... mas eu  já pago imposto de circulação.

Estado: Pois. Mas esta é  uma circulação diferente.

Contribuinte: ...  Diferente?

Estado: Sim. Muito diferente. É só para quem  quiser.

Contribuinte: Só mais  isso?

Estado: Sim. Só mais isso.

Contribuinte: E  acabou?

Estado: Sim. Depois de pagar os 25 euros,  acabou.

Contribuinte: Quais 25  euros?!

Estado: Os 25 euros que custa pagar para andar  nas auto-estradas.

Contribuinte: Mas não disse  que as auto-estradas eram só para quem quisesse?

Estado:  Sim. Mas todos pagam os 25 euros.

Contribuinte: Quais 25  euros?

Estado: Os 25 euros é quanto custa o  chip.

Contribuinte: ... Custa o  quê?

Estado: Pagar o chip. Para poder  pagar.

Contribuinte:: Não  perc...

Estado: Sim. Pagar custa 25  euros.

Contribuinte: Pagar custa  25 euros?

Estado: Sim. Paga 25 euros para  pagar.

Contribuinte: Mas eu não  vou circular nas auto-estradas.

Estado: Imagine que um  dia quer? tem que pagar.

Contribuinte: Tenho que  pagar para pagar porque um dia posso querer?

Estado:  Exactamente. Você paga para pagar o que um dia pode  querer.

Contribuinte: E se eu não  quiser?

Estado: Paga multa!


(enviado por e-mail) 

Imagem retirada daqui

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Homenagem do Mário a mim

Quase 


Um pouco mais de sol - eu era brasa,
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
Assombro ou paz?  Em vão... Tudo esvaído
Num grande mar enganador de espuma;
E o grande sonho despertado em bruma,
O grande sonho - ó dor! - quase vivido...
Quase o amor, quase o triunfo e a chama,
Quase o princípio e o fim - quase a expansão...
Mas na minh'alma tudo se derrama...
Entanto nada foi só ilusão!
De tudo houve um começo ... e tudo errou...
- Ai a dor de ser - quase, dor sem fim...
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,
Asa que se enlaçou mas não voou...
Momentos de alma que, desbaratei...
Templos aonde nunca pus um altar...
Rios que perdi sem os levar ao mar...
Ânsias que foram mas que não fixei...
Se me vagueio, encontro só indícios...
Ogivas para o sol - vejo-as cerradas;
E mãos de herói, sem fé, acobardadas,
Puseram grades sobre os precipícios...
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi...
Um pouco mais de sol - e fora brasa,
Um pouco mais de azul - e fora além.
Para atingir faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...


Mário de Sá Carneiro (1890-1916)

                                                             Gustav Klimt
                                                                               El beso

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ele é liiindo!!

Oram digam lá se o FCP não tem tudo o que se pode desejar num clube?
Até o treinador, minha nossa!
É liiiiinnnndddddoooo e faz marcar goooooooollllloooossss!!!!



quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Magia do antigamente

Bom, meus caros, que orçamentos não pagam dívidas, já nós sabemos;
Que o tempo das vaquinhas gordas já era (se é que alguma fez o foi...), também já não é novidade;
Que essa história de cinema digital, foto digital e mais não sei o quê de digital tirou toda a magia dos tempos dos 8mm e do desenho animado eu não tenho dúvidas. Alguém tem?
Ora espreitem lá:




P.S.Thanks, Lucy.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Post nº 251



Bem ou mal, mais mal do que bem, eu sei, o SHE já tem 250 posts.
Desde o dia 1 de Dezembro de 2009, escrivinhei 250 baboseiras.
Passaram por aqui mais de 13000 destemidas criaturas, de três continentes: Américas, África e Europa.
Hoje, para comemorar tamanhas façanhas, só sai isto:

Malevich - white on white (1918)

AYUDA-NOS?????

Na Argentina vive-se um clima de migração interna nunca antes visto, em direcção ao sul do país.
Por sua vez, os habitantes da Terra do Fogo  assim como os da Patagónia estão prestes a organizar uma manifestação junto da Casa Rosada, sede do governo argentino, a fim de reclamar a qualidade de vida de que gozavam até à visita do Comandante HC a Portugal.

Tudo isto teve início quando os meios de comunicação social argentinos revelaram, em primeira mão, a  revelação de intenções do Primeiro Ministro português de se retirar da política, dentro dos próximos vinte anos, ao que o Presidente da Argentina aproveitou logo para clamar:
!"AYUDA-NOS"!

De rompante, os peronistas, os sindicalistas da CGT, os Yrigoyenistas do Froja, os estudantes das FUA e os da UES e os conservadores  reuniram-se para estudar as hipóteses de um novo golpe civil, alegando a sanidade mental do comandante.

No entanto, rapidamente, chegaram à conclusão de que os militares estavam ultra satisfeitos com as funcionalidades dos Magalhães oferecidos a todos os homens fardados argentinos,  nomeadamente a ligação à net ultra rápida, os jogos de paciências e a simulação do jogo naval, logo estes se colocariam ao lado do Comandante, fracassando assim o possível golpe.

Correram, então, até à campa de Evita.
"Evita, Evita, que hacer, el comandante....el comandante pedió a Socrates para nos vir ayudar!
Ayudar, Evita!
Ayudar!
Acudir!
¿Ayudar a qué, Evita?
¿A perderse Argentina?
¿A naufragar el derecho?
¿A olvidar la justicia del trabalho?
¿A bromear com la educacion e la salud?
NO!
¿A obsequiar los grandes, los banqueros?
¿Qué és esto, Evita? 
¿Qué hacemos, Evita?

Calma, Argentina! Jamás vos abandonare!
Hablare con  Juan. Él á dito " que cortaria suyas manos antes de endeudar Argentina!" No lo olvidares!!

E assim foi.
Evita conferênciou com Juan, seu marido e por não sei quantas vezes Presidente da Argentina. 
Este, por sua vez, analisou as contas  das Argentina, a sua capacidade de endividamento, o seu nível de corrupção, o animo do seu povo, a sua qualidade de vida.
Depois voltou-se para Portugal. 

Evita - disse Juan - diz-lhes, caso não queiram deixar a Argentina,  que aprendam a pescar e que se juntem aos pinguins...

 Foto retirada de "Olhares"
Autor Tiago Rama