by Ana

Um espaço para partilhar as "tolices" de cada dia, de uma forma descontraída, descomprometida e com algum sentido de humor. Only that.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Força, filho meu!



Foto de Mário Gouveia In Protenis, Edição Outubro/Novembro 2008



Escrevi sobre cinema, livros, os meus alunos, as politiquices da carreira docente, o consumismo, a “festa” do Natal. Desejei Bom Ano a todos, lamentei a tragédia da Madeira, “postei” sobre as caminhadas que faço, lastimei o meu peso que teima em aumentar. Elogiei o Hospital do Montijo, enalteci os seus profissionais, enterneci-me com os restantes doentes que lá estavam, e por lá ficaram depois de eu sair, pintei o retrato da inspecção ao meu carro, agradeci os amigos que Deus me deu. Escrevi poemas de outros, participei em “desafios” e gincanas… sorri com os vossos comentários, ri a bom rir com alguns os vossos posts, comovi-me com algumas palavras que me fizeram chegar.
Ainda não vou desvendar o “meu” Óscar (do cinema) vai para…
Hoje, vou conceder o maior Galardão do Mundo ao meu filho Nuno.
Hoje, vou deixar passar para vós o coração apertado de uma mãe e, em simultâneo, o seu orgulho.
O Nuno nasceu há quase 20 anos, com uma doença - a Acondroplasia. Não gosto do nome nanismo e muito menos de anão. Os homens não se medem aos palmos e o Nuno é disso exemplo.
Quem o conhece reconhece nele a força do seu carácter, a vontade de ir para além dos seus limites. O Nuno sofreu e muito. Sofreu a dor física das inúmeras operações a que foi sujeito, para conseguir mais uns 10cm de altura, mas sofreu ainda mais as dores psicológicas dos centímetros que iam ficando para trás à medida que a idade ia avançando; suportou as barreiras físicas que todos os dias tinha de ultrapassar, as campainhas ou as maçanetas das portas a que não chegava, a altura dos sanitários…
Desde muito “pequeno” sempre adorou o desporto. O futebol e o seu SLB. O seu ídolo, um outro Nuno (o Gomes).
Mais tarde, descobriu o Ténis, a sua grande paixão…
No verão passado, a revista especializada de Ténis Protenis “descobriu” o Nuno.


in Protenis, Edição Outubro/Novembro 2008
O meu filho é especial, como todos os filhos são especiais para as suas mães. Mas o Nuno é, sem dúvida, muito especial.
Foto de Ana Fidalgo

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A blogosfera


Fala-se cobras e lagartos do mundo virtual. Os perigos que se escondem atrás de cada clique, o vício que gera nos nossos filhos, ainda eles não sabem ler nem escrever, mas já conhecem as teclas todas que lhes permitem “navegar”.
Depois, já mais crescidinhos e alunos de um qualquer ciclo de ensino, descobrem a vida facilitada por funcionalidades como “copy-paste”. E nós pais, professores, lamentamos…
Lê-se menos, convive-se menos ao jantar, cada um vive mais fechado sobre si e o seu PC, no seu quarto. Sentimo-nos impotentes para fazer face a este verdadeiro “monstro consagradado” dos dias de hoje, o qual entrou nas nossas casa, nas nossas escolas, nos telemóveis,… até na praia, na montanha… whatever, whenever…
Apesar de todas as cobras e lagartos, das águias e dos dragões, dos raios e coriscos que se possam dizer sobre a net, quero deixar expressa a minha palavra de reconhecimento pelo o que este mundo virtual tem feito para ajudar o mundo real em que vivemos.
Magalhães e PTE à parte…
Já conhecia os chats de conversação, mas há pouco tempo descobri a blogosfera. Fascinada.
Há sempre alguém, não sabemos muito bem quem nem aonde, que partilha dos mesmos pesadelos, preocupações, angústias, as doenças dos filhos, as dietas, a profissão. Encontramos sempre quem aprecie a mesma música, contemple a mesma forma de arte, admire a mesma poesia, ame a escrita pela escrita.
São “laços” virtuais que se estabelecem, pessoas interessantes que se “conhecem”. Mais interessante ainda, são as relações que se estreitam com aquelas pessoas que já conhecíamos, com as quais trabalhamos no dia a dia, mas com quem nunca falámos sobre “O momento mais marcante da nossa vida”, “O filme do século”, “ A pessoa que mais admiramos” ou tão somente, como nós próprias nos vemos.
E assim, de clique me clique, vamos alargando o nosso mundo, crescendo enquanto pessoas, estreitando ou construindo novos laços.
E sabem que mais? Não conheço a Pedrasnuas, mas sei que é do Funchal. Quando ouvi as tristes notícias, senti que ela precisava de um “Olá, estamos contigo!”

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Um desafio

A minha querida Natália, do blogue "Tout sur Nathalie" deixou-me, ontem, este desafio.Cada vai, com a máxima sinceridade...

As 10 questões são as seguintes:

1- Dois truques de beleza: Um perfume (geralmente um clássico) e um sorriso.

2- Duas prendas que gostas de receber: Um livro, uma moldura.

3- Local preferido para fazer compras: Onde estiver.

4- Dois defeitos: Teimosa, orgulhosa.

5- Duas qualidades: Perserverante, simpática (?).

6- Dois produtos de beleza recomendados: Qualquer um da Sisheido.

7- Três manias: Ter a mania que a razão está sempre do meu lado, dormir virada para o lado de fora da cama (geralmente lado direito), não resistir ao Café di Roma (Forum Montijo)

8- Três características que não suportas nas pessoas: cinismo, gostarem de ser o centro das atenções, hipócrisia.

9- Três características que adoras nas pessoas: Sinceridade, simpatia, humor.

10-Pessoa especial para ti: Só uma? A minha avó Elvira (faleceu há mais de 20 anos)

***

Passo o selo a 3 pessoas muito queridas:

Célia
São
Ana

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A crise do bloqueio!!



Bloqueio ventricular fascicular esquerdo ou direito, bloqueio auricular direito ou esquerdo, bloqueio mental, bloqueio psíquico, bloqueio celular, bloqueio enzimático, bloqueio informático, bloqueio continental, bloqueio informativo, bloqueio das telecomunicações, bloqueio do segredo de justiça, .. mais algum bloqueio?
SIM!!

Bloqueio metabólico!!
É o bloqueio que me está a bloquear!
Após a ablação da tiróide, e apesar do bloqueio calórico e do desbloqueio da actividade física a que me obriguei, o meu pesadelo mantém-se.

Hoje diagnosticou-se a causa: é do bloqueio. Qual bloqueio? O metabólico.

E quanto mais penso nisso, mais um bloqueio iminente vai surgindo:o mental, o qual vai alimentar, ainda mais, o metabólico e o metabólico o mental!!
Percebem? Não? Não faz mal… são as forças do bloqueio.
Hoje comemora-se o Dia Europeu da Vítima de Crime, deveria escrever qualquer coisa sobre… Mas eu sou uma vítima, dum crime, do crime do bloqueio e estou bloqueada!!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

E fez-se Sol!

Contra todas as previsões meteorológicas, hoje está um dia de sol, pelo menos por estas bandas.
Ao domingo, o desafio é mais pesado...Carcavelos - Paço de Arcos.
Confesso que cá bem no fundinho até desejava uma forte tempestade. É que é obra, mais de uma horita e a passete bem largo (ma non troppo)!!

Gosto de ver o mal revolto, sentir as gotas de água salgada tocarem o meu rosto, fazer uma foto aqui ou ali.
Alguém só que dialoga com a imensidão do oceano; outro alguém,que busca no rebentar das ondas a resposta que não parece querer rebentar dentro de si.
Ou simplesmente água e rochas. A força da água mole que vai moldando a seu bel prazer, e de jeito indelével, consistência magmática da rocha dura.Prazeres, momentos...mas também muuuiitoss quilómetros.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Lentes



Uma companheira infalível e imprescindível das minhas caminhadas é a minha máquina fotográfica. Velhinha, muito velhinha. Uma Sony com 4.1 Mp... Já teve os seus tempos áureos.
No entanto, ainda se indigna, tanto como eu, e interroga-me sobre o que capta, com as suas lentes Carl Zeiss.
"Será possível ou terei mesmo que mudar de lentes?"
Expliquei-lhe que era possível, sim.
"E as tuas lentes não te enganam. Lembras-te de há uns meses atrás se ouvir falar numa tal de cimeira de Copenhaga? Eles é que parece que precisavam de mudar de lentes". Disse-lhe e continuámos...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O meu peso(a)delo


Como certamente repararam, coloquei um novo "décor" na página do blog.
Passo a explicar:

É um projecto que vou iniciar na 2ªfeira...

Objectivo: "Virar" Tágide dos dias de hoje...
Metodologia: Uma vez que a fé move montanhas, mas não remove as banhas, meti "pés à obra", no paredão de Oeiras, fechei a minha boca a crepes e iguarias afins. Muita aguinha (para além da da chuva e da do Atlântico/Tejo).
Avaliação: Todas as semanas, na balança de bioimpedância digital.
Recursos: Sapatos confortáveis, fato de treino, corta -vento ou anorak, água, alfaces com fartura
Intervenientes: Eu, me, moi e myself
Calendarização: Só Deus sabe...

Os meninos do 6ºF

Foto do David

Olá a todos.
Devido às minhas ausências forçadas do meu local de trabalho, surgiu a necessidade de comunicar com os meus alunos. Começámos pelos e-mails, mas logo pensámos que poderíamos ir um pouco mais longe. Podíamos partilhar com outros aquilo que considerássemos interessante; conhecer "coisas novas" e também dar a conhecer um pouco da turma, de cada um dos alunos, das suas aventuras, dos seus trabalhos, do que todos vamos descobrindo dia a dia.
Surgiu então a ideia do blog.
Hoje, na aula de Estudo Acompanhado, deitámos mãos à obra e, todos juntos, construímos este nosso cantinho.
Tudo foi democraticamente decidido, desde o nome às preferências musicais...
O David deu o pontapé de saída, relatando a aventura que viveu durante este Carnaval.
Posto isto, ficamos à espera da vossa visita em:

www.blogdo6efe.blogspot.com

Os heróis da D.Manuel I

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

"Passos(s) " de Arcos


Foto de Ana F.

No desafio que a Teresa me propôs, esqueci de dizer que sou determinada. Por vezes, demasiado determinada…
Pois bem, após quase três semanas de perna estendida por problemas nos ligamentos da tíbia e fractura de um qualquer ossito do pé, seguiram-se dias a fio durante os quais nem o pescoço podia mexer.
Resultado? Fácil, até os meus meninos do 6º ano conhecem a resposta: quem ingere mais calorias do que as que gasta… pronto! Já sabem.
Então, decidi começar as minhas caminhadas, de máquina fotográfica na mão, não vá cruzar-me com o George Cloney ou o Richard Gere… ao que consta frequentam muito a “linha”.
Sou “modesta” e como tal apostei fazer Carcavelos –Paço de Arcos, sempre junto ao mar, num dia de chuva, frio (7ºC) e um vento cortante que fustigava tudo o que não estava devidamente protegido. Eram “apenas” cerca de 5 Km.
Faltavam 800m e cerca de 10 minutos, quando alguém achou que os “pecados” ingeridos não mereciam tamanha provação e foi buscar-me, a 800m da meta!!
É o que se chama morrer na praia.
Mas pronto. Consegui, ou quase. E aqui fica uma foto que atesta a veracidade deste relato.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Endechas a Bárbara escrava

Paul Gauguin

Hoje apetece-me poesia.
Ao amor, à língua portuguesa, a Luís de Camões.
Aquela cativa,
que me tem cativo,
porque nela vivo
já não quer que viva.
Eu nunca vi rosa
que em suaves molhos,
que para meus olhos
fosse mais fermosa.

Nem no campo flores,
nem no céu estrelas,
me parecem belas
como os meus amores.
Rosto singular,
olhos sossegados,
pretos e cansados,
mas não de matar.

üa graça viva
que neles lhe mora,
para ser senhora
de quem é cativa.
Pretos os cabelos,
onde o povo vão
perde opinião
que os louros são belos.

Pretidão de Amor,
tão doce a figura,
que a neve lhe jura
que trocara a cor.
Leda mansidão
que o siso acompanha:
bem parece estranha,
mas bárbara não.

Presença serena
que a tormenta amansa:
nela enfim descansa
toda a minha pena.
Esta é a cativa
que me tem cativo,
e, pois nela vivo,
é força que viva.

Precious

Gosto muito de cinema.
Tenho visto alguns bons filmes. Filmes que marcam uma época. Filmes que não têm época, porque se tornaram eternos. Filmes que se destacam na história do cinema. Filmes que marcam a história da sétima arte.
Pelos realizadores, pelos actores, pelos cenários… pelas inesquecíveis bandas sonoras.
Hoje vi um filme. Ou talvez tenha visto O filme. Não sei se vai ganhar algum Óscar, se mereceu ou irá merecer algum prémio da crítica, se se tornará ou não num dos consagrados… ou se eu não passo de uma “lamechas”.
Seja como for, seja lá por que motivo for, é um filme que vai permanecer, até eu ter memória…
Mais palavras não tenho. Precious.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Um desafio

A Teresa do blog www.oculosdomundo.blogspot.com, lançou-me este desafio. Atendendo à "censura" pela qual o post passou antes de ser publicado, podem acreditar que sou eu, Ana, em palavras.


Questão 1: Tens medo de quê?

De não ser capaz. De fracassar.

Questão 2: Tens algum guilty pleasure?

Uiiii!! Os doces. Crepes, doces conventuais, de chocolate, etc…

Questão 3: Farias alguma loucura por amor/amizade?
Já fiz, como tornaria a fazer.

Questão 4: Qual o teu maior sonho? (Responder paz, amor e felicidade é trapacear)

Também é trapacear o desejo de ver os meus três filhos com a sua vida devidamente organizada e realizados enquanto pessoas? Já agora junto a minha sobrinha M. à lista.

Questão 5: Nos momentos de tristeza/abatimento, isolas-te ou preferes colo?

Sem qualquer dúvida, isolo-me.

Questão 6: Entre uma pessoa extrovertida e uma introvertida, qual seria a escolha abstracta?
Depende do grau de “extroversão/introversão” da pessoa. Mas apostaria mais na extroversão, penso.

Questão 7: Sentes-te bem na vida, ou há insatisfação além do desejável?

Não sei se será além do desejável, mas há sempre insatisfação.

Questão 8: Consideras-te mais crítico ou ponderado? Sabendo, contudo, que existem críticas ponderadas.

Crítica, muito. Depois vem a ponderação.

Questão 9: Julgas-te impulsivo, de fazer filmes, paciente...? Define-te, de uma forma geral.

Impulsiva, sim. De fazer filmes, tipo drama, comédias cómico-trágicas. A paciência é uma virtude, infelizmente, ausente do meu património genético.

Questão 10: Consegues desejar mal a alguém e, normalmente, concretizar? Sê sincero.

Não é permitido trapacear, pois não? Há circunstâncias da vida que por vezes fazem de nós seres imperfeitos. Desejar é uma coisa, mas concretizar é outra bem diferente…

Questão 11: Conténs-te publicamente em manifestações de afecto (abraçar, beijar, rir alto...)?

Não, não me contenho. Acho que sou um “pouco” extrovertida. Mas não gosto de dar show!

Questão 12: Qual o teu lado mais acentuado? Orgulho ou teimosia?

De um ao outro venha o “diabo” e escolha!! Muito orgulhosa, mas também muito teimosa!

Questão 13: Casamentos homossexuais e direito à adopção?

Concordo com o casamento homossexual. Quanto ao direito à adopção, tenho as minhas reservas.

Questão 14: O que te faz continuar o blogue?

O prazer de escrever, de exorcizar as minhas angústias, de partilhar as minhas tontices, de comunicar (nem que seja com o PC).

Questão 15: O número de visitas e comentários influencia o teu blogue?

Não sei. Claro que gosto que “me visitem” e comentem o que escrevo. Afinal, não comunico apenas com o PC. Mas escrevo o que me vai na alma, independentemente das visitas e dos comentários. De qualquer forma, os mil visitantes foram um marco naquele dia…

Questão 16: Na tua blogosfera pessoal e ideal, como seria?

Tal como é …

Questão 17: Devia haver encontros de bloguistas? Caso sim, em que moldes? Caso não, porquê?
Acho que sim. Um encontro que passasse de blog em blog a sua publicidade, como os nossos alunos passam as suas “intenções de greve” por sms.

Questão 18: Sabes brincar contigo e rir com quem brinca contigo? Sem ironias.

Sei, sim. Sei e gosto muito de rir, brincar com as palavras, improvisar trocadilhos, fazer humor… Só que às vezes … a mostarda sobe-me ao nariz e salve-se quem puder!

Questão 19: Quais são os teus maiores defeitos?

Uii!! São permitidas quantas palavras? Ciúme, teimosia, orgulho, precipitação (ex aequo com o último). Apenas os que têm lugar no pódio.

Questão 20: Em que aspectos te elogiam e/ou achas ter potencialidades e mesmo orgulho nisso?

Ser trabalhadora. Perseverança, orgulho em mim própria.

Questão 21: Entre uma televisão, um computador e um telemóvel, o que escolherias?

Mas isso pergunta-se? Um computador, claro! Mas o telemóvel também pode ser charmoso!

Questão 22: Elogias ou guardas para ti?

Elogio, tal e qual como gosto que me elogiem.

Questão 23: Tens humildade suficiente para te desculpar, sem ser indirectamente?

Primeiro, é preciso reconhecer que errei. Depois de reconhecer, sou capaz de pedir desculpa.

Questão 24: Consideras-te, grosso modo, uma pessoa sensível ou pragmática?

Pragmática. Como dizia a minha avó: Pão, pão, queijo, queijo!

Questão 25: Perdoas com facilidade?

Nem sempre. Depende da extensão dos “danos” e de quem os provocou.

Questão 26: Qual o teu maior pesadelo ou o que mais te preocupa?

Deixar de ser a sonhadora eterna que sou. O futuro dos meus filhos (e da minha sobrinha, igualmente).


Agora escolho 5 blogues: amigas de há muito e amigas de há pouco tempo, amigas de chorar no ombro e amigas de partilhar na net. Querem também partilhar este desafio?

- Célia – http://www.xn--tertliagratuita-5ub.blogspot.com/

- Ana – www.anacamarra.blogspot.com

- São –www.mydreamingangel.blogspot.

- Ana – www.trelacurta.blogspot.com

- Ana – www.anacr41.blogspot.com

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

"A mulher que viveu por um sonho"


Estátua de Olympe de Gouge presente no colégio com o seu nome, em Montauban

Terminei hoje(!!) o livro de Maria Rosa Cutrufelli, A mulher que viveu por um sonho. É um livro que retrata um dos períodos mais conturbados da história de França, se não mesmo da história mundial – a Revolução Francesa.

A mulher, de seu nome Olympe de Gouges, foi uma francesa, não parisiense, que teve a ousadia de em 1791 dirigir as aspirações femininas para uma verdadeira igualdade entre homens e mulheres, com a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, tornando-se a “(…) fundadora do pensamento feminino moderno(…).

E porque os sonhos se pagam caros, Olympe pagou o seu com o seu próprio sangue mas ciente de que “(…) as palavras sobrevivem ao sangue que suja até as Revoluções (…)”.

No relatório sobre a sua morte, lê-se:


La feuille du Salut Public

Relatório sobre a morte de Olympe de Gouges, 14 de Brumário, ano II da República

Olympe de Gouges, nascida com uma imaginação exaltada, confundiu o seu delírio com uma inspiração da natureza: quis ser Homem de Estado.

Ontem a lei puniu esta conspiradora por ter esquecido as virtudes próprias do seu sexo.


Tem de haver sempre alguém que inicia um percurso... seja ele qual for.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Dia de S. Valentim


Entre escrever sobre a violação do segredo de justiça, a edição (sensacionalista) do SOL, os comentários dos donos da verdade, o Carnaval da Mealhada, de Ovar ou o do Alberto ou o Dia de S. Valentim, escolhi este último. Não por ser um dia dedicado a um santo, mas por ser um dia que convida a escrever coisas bonitas, destinadas às pessoas "mais bonitas da nossa vida".
Não é nada da minha autoria (quem sou eu...). Vou transcrever um poema que recebi, acompanhado de um Bombom em forma de coração e de um bom livro.

O AMOR É O AMOR

O amor é o amor - e depois?
Vamos ficar os dois
a imaginar, a imaginar?...

O meu peito contra o teu peito,
cortando o mar, cortando o ar.
Num leito
há todo o espaço para amar!

Na nossa carne estamos
sem destino, sem medo, sem pudor,
e trocamos - somos um? Somos dois? -
Espírito e calor!

O amor é o amor - e depois?!

Alexandre O'Neill

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Bolo de chocolate

Por volta destes dias comemora-se a “vida serem dois dias e o carnaval três”.
Sempre interpretei este ditado popular (será um ditado popular?) como querendo dizer: Aproveitem as coisas boas da vida enquanto é tempo, pois esta passa a correr.
Para mim uma das coisas bem boas (além de viajar, mas isso é outra conversa…), é um bom docinho de colher. Um doce conventual, uma torta de amêndoa e gila, um petit gateau, um crêpe mikado (que novidade!!), uma mousse de ananás feita pela minha querida Célia, uma tarte de maçã, enfim…
Hoje, a minha sobrinha ensinou-me uma receita de um bolo de chocolate. Nunca vi nada tão gostoso ser feito com tanta rapidez e eficiência. Aqui fica a receita:
4 colheres de sopa de farinha
5 colheres de sopa de açúcar
5 colheres de sopa de chocolate ou cacau em pó
3 colheres de sopa de óleo
4 colheres de sopa de leite
1 ovo
Uma pitada de fermento em pó.
Mistura-se tudo. Barra-se um recipiente de vidro com margarina e zás! Tudo lá para dentro.
Vai ao microondas por 3 minutos et voilá. Está feito!
Cinco minutos, foi o tempo que a Madalena demorou a fazer o seu bolo de chocolate. Uma verdadeira delícia, acreditem.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Estarei velha?

Recordando outros tempos, falando dos tempos actuais...
Choca-me ver os miúdos com as calças de ganga presas com o cinto, um palmo abaixo das nádegas; indigna-me a forma displicente como os alunos, por vezes, se sentam na sala de aula; revolta-me o seu à vontade, absolutamente negligente, perante a escola, a vida.
Parece-me que tudo pertence a um outro mundo, que não o meu.
Não consigo fazer com que o meu filho coloque as calças no seu devido lugar; não sou capaz de fazer a minha filha entender que um professor, por muito que os alunos não gostem, é um professor e, como tal, tem a sua autoridade legitimada, dentro e fora da sala de aula.
Parece-me que para esta geração tudo é transitório, questionável, efémero; que tudo se resolve "per si", sem que seja necessário o empenho, o esforço e a dedicação.
Bom, estou a ficar velha, é a conclusão a que chego, a maior parte das vezes.
E a pensar na minha velhice precoce(?), lembrei-me do "grito do Ipiranga" da minha geração. Conseguem adivinhar qual foi?


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Avozito diz-me tu...

Os tempos mudam e com eles as vontades, os costumes e até a tradição.

Nos anos setenta, após o horário escolar (9h-13h), o tempo dava e sobrava para as brincadeiras com os nossos vizinhos; as portas das casas de uns e de outros estavam sempre abertas. Ora lanchávamos na casa da Luísa, ora fazíamos o baptizado da boneca nova em casa da Lídinha ou ainda assistíamos ao episódio do Espaço 1999 em casa do Carlos. Depois, havia as corridas de bicicleta, rua acima, rua abaixo.

A televisão emitia durante um curto período de tempo, à hora do almoço e depois a partir das 19h00, até à hora do “Vamos dormir”.

Morávamos numa rua sem saída que iniciava numa praceta, junto ao Parque Municipal, um bairro novo do Montijo. Por sorte, ou por obra do acaso, todos os moradores eram casais mais ou menos jovens, com filhos de idades muito próximas das nossas.

Foi uma infância e pêras!

Olhando para o passado mais ou menos recente, lembro os meus filhotes agarrados às consolas ou à TV, horas a fio, a devorarem os Dragon Balls, os Moto Ratos, ou outro boneco qualquer meio gente meio animal, com poderes sobrenaturais, capazes de destruir o mundo e voltá-lo a reconstruir a seu belo prazer. No nosso tempo, o “mais poderoso “ era o Super Homem, ou numa versão mais cinematográfica, o 007.

No presente, olho para os meus sobrinhitos e vejo-os invariavelmente, sentados a dois palmos de um ecrã desses ultra finos e com para aí um metro de diâmetro, a absorverem, devorarem, consumirem as aventuras de uns bonecos chamados Gormitis, seres apavorantes e asquerosos, que depois se vendem a preços também apavorantes, em pacotes de plástico, que não deixam ver qual o “boneco” que trazem lá dentro. Até já há um site de anúncio de trocas e vendas de Gormitis e um blog destinado a … a não sei o quê!!

Tenho saudade da ingenuidade da minha geração. Da simplicidade com que olhávamos o mundo. Do valor que dávamos aos amigos, às brincadeiras da cabra cega, aos baptizados das bonecas, às corridas de bicicleta, aos arranhões provocados pelas quedas, à emoção de cada episódio do Espaço 1999, às lágrimas da Heidi quando se despedia do seu bom avô. É que também eu me despedia do meu, todos os dias, até…

Onde param os valores da minha geração? Que aconteceu à Heidi e ao Marco? E as bonecas, já vêm baptizadas?


terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Sua Excelência, o Pescoço


Ninguém calcula a importância do pescoço!

Ele é pau para toda a obra, acreditem! Só quando vemos a sua actividade limitada, é que nos apercebemos que de facto ele tem razão de existir. Não se trata de uma mero segmento do corpo humano destinado a unir o tronco à cabeça, garanto-vos…

Seria bom se assim fosse: em situações em que a cabeça não funcionasse, era só cortar o pescoço e tínhamos meio caminho andado para a resolução do problema.

Eu sei, eu sei. Foi assim, durante alguns períodos mais ou menos áureos da história mundial, que se resolviam os problemazitos de cabeças demasiadamente pensantes… cortava-se o pescoço e pronto. Acabavam-se as ideias revoltosas, as conversas revolucionárias e “todos” achavam muito bem! Pescoço fora. Trabalho limpo e problema resolvido!

Agora que literalmente me cortaram o pescoço, quase “de orelha a orelha”, reconheço a real importância deste segmento anatómico.

Olhem, ginástica, só mesmo com os olhos, pois o pescoço não pode virar. Ou viro e reviro os olhos ou dou-me à imensa trabalheira de rodar o tronco, no sentido do objecto que pretendo observar. Tossir… Ai ,tossir, nem vos conto! Saltam-me as entranhas pelo sítio da goela. Pigarrear, idem…

Falar? Isso depende. A minha voz, habitualmente feminina, sensual, suave e melodiosa, transformou-se numa voz rouca, a puxar para o bagaço, que na altura dos sons agudos parece uma autêntica cana rachada.

Levantar-me? Esse é outro problema. De lado, valendo-me do braço e antebraço. Nada de levantar, tipo flexões, isso precisa da autorização do Sr. Pescoço.

E pentear-me? Já imaginaram, mesmo num cabelo liso e sedoso como o meu, a escova a puxar fio a fio e o desgraçado a ter de se manter firme no seu lugar? Até os maxilares são chamados a ajudar, acreditem.

Rir? Qual rir, isso é pior do que tossir ou engolir em seco. O filme do Woody Allen foi um tremendo sacrifício… Ria com as lágrimas que me escorriam pela cara.

E não se atrevam a pensar em comezainas. Dieta mole e muuuuiiito devagarinho!

Se têm o azar de precisar fazer uso do lenço de papel para expelir as secreções nasais… então aí, estão feitos!!! Até as tripas saem pelo meio do local onde a “naifa” passou!

A partir de agora, passo a vergar a minha cabeça perante a importância do pescoço. (Se ele mo permitir, entenda-se…)

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Será que tudo dá mesmo certo??


Nunca apreciei grandemente os filmes de Woody Allen. Confesso, igualmente, que às duas por três deixei de os ver. Considerava que girava tudo sempre em torno do mesmo tipo de humor, tentativas de comédia de fórmula repetitiva, uma receita apropriada, sempre e apenas, a um determinado tipo de público.
Não vi o penúltimo, - Vicky Cristina Barcelona- , mas hoje aventurei-me a entrar numa sala de cinema para ver o seu Tudo Pode Dar Certo.
A uma segunda-feira à tarde, a sala estava cheia… bom prenúncio.
O filme começa seguindo a mesma fórmula de tantos outros filmes de Woody Allen, com alguns “remakes” característicos do realizador.
Recorrendo à piada nem sempre fácil, mas muito bem conseguida, o filme centra-se na problemática da existência da Humanidade. Na perspectiva de um quase Nobel da física quântica (personagem principal), às teorias do Determinismo e Existencialismo sobrepõe-se um factor indeterminável - a sorte.
Uma perspectiva do presente e do futuro, sob o ponto de vista de um físico brilhante, que arrasa com as probabilidades apoiadas pela estatística, pela lógica ou o senso comum.
Gostei!!!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Invictus













Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.

Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - erecta.

Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.

Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.


William Ernest Henley, escritor britânico (1849- 1903)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Ainda se lembram?


Hoje não apetece escrever sobre nada em especial, por isso lembrei-me destas pequenas coisitas, que nos mandam por e-mail, e que nunca é demais relembrar.

AS SETE MARAVILHAS DO MUNDO ANTIGO:

1 - As Pirâmides do Egipto

2 - As Muralhas e os Jardins Suspensos da Babilónia

3 - O Mausoléu de Helicarnasso (ou o Túmulo de Máusolo em Éfeso)

4 - A Estátua de Zeus, de Fídias

5 - O Templo de Artemisa (ou Diana)

6 - O Colosso de Rodes

7 - O Farol de Alexandria.

OS SETE PECADOS MORTAIS:

Eles só foram enumerados no século VI, pelo papa São Gregório Magno (540-604), tomando como referência as cartas de São Paulo

Gula - Avareza - Soberba - Luxúria - Preguiça - Ira - Inveja

AS SETE VIRTUDES:

Para combater os pecados capitais
Temperança - Generosidade - Humildade - Castidade - Disciplina - Paciência - Caridade

OS NÚMEROS ÁRABES

Os símbolos têm a ver com os ângulos:

o 0 não tem ângulos

o número 1 tem 1 ângulo

o número 2 tem 2 ângulos

o número 3 tem 3 ângulos

etc...