Hoje o meu irmão faz anos. 32, penso eu.
Já era uma mulherzinha quando ele nasceu e assisti, de muito perto ao seu crescimento, à forma benevolente e embevecida com que o meu pai acompanhava a formação daquele jovem, o "filho homem" que perpetuaria o seu nome e, enfim, encheria o seu ego próprio de uma cultura algo machista.
Precisamente porque me lembrei do aniversário do meu irmão, decidi escrever sobre os meus amigos.
A estes não nos unem laços de sangue, mas são eles que juntam todos os pedaços da nossa alma quando esta se parte em pedaços.
Geralmente, não nos lembramos de os ver nascer, mas são eles quem nos prova o sentido e a pertinência da nossa existência e acendem a lanterna, quando a luz ao fundo do túnel teima em não aparecer.
São eles que nos dão a mão, nos emprestam o anel, nos oferecem o sorriso, nos devolvem o ego perdido, nos brindam com a sua força, nos concedem o seu tempo…
Aos meus verdadeiros e autênticos amigos, muitos parabéns e muitos anos de vida!
Olá! Bom Ano 2010.
ResponderEliminarComo concordo contigo.
Os amigos, são de facto aqueles que nos compreendem, nos dão as mãos, que nos concedem o seu tempo, como referis-te, que nos levantam a moral quando parece estar perdida, que nos devolvem a alegria de viver, que nos oferecem o seu amor incondicional e tudo isto de uma forma gratuita, assídua e sistemática.
A amizade contrói-se, rega-se com cuidado de uma flor, cimenta-se diariamente,demonstra-se e exerce-se.
Um brinde a esses amigos.
Muita Paz e Muita Luz!
Bj
Astro Rei
Espero também estar incluída, por isso, obrigada e parabéns para ti também.
ResponderEliminarBjs
Obrigada a ambos (Teresa e Astro Rei). Quem me dera ter ouvido mais vezes algumas preocupadas opiniões. Bj
ResponderEliminarAo espreitar, o blog, verifiquei que a temática de hoje é sobre os "amigos".
ResponderEliminarQuando falamos de amigos decorre a palavra amizade.
O que é a amizade?
Ao reler algumas páginas, que Aristóteles escreveu no seu livro, "Ética a Nicómo" ,tentarei muito suncitamente e descomprometida explicar, qual a sua visão sobre a amizade.
Segundo Arístóteles,distinguiu em três formas essenciais, os motivos pelos quais a amizade nasce. Assím, existem três formas essenciais de amizade.
Segundo cada uma delas é possível uma afeição recíproca que não passe despercebida, e os que sentem amizade recíproca desejam-se mutuamente coisas boas, com base no modo como definem a sua amizade.
Deste modo, a primeira forma assenta no pressuposto, nos que definem a sua amizade com base na utilidade não amigos por aquilo que eles próprios são, mas pelo bem que daí pode resultar para ambos,isto é , gostam uns dos outros pelo bem que os outros lhes fazem. Estes laços de amizade são os que mais facilmente se rompem, uma vez qua a utilidade não permanece a mesma ao longo do tempo, mas altera-se conforme a diferença de circuntâncias. Ora se deixar de existir utilidade, também cessa o motivo para a amizade.
A segunda forma de amizade entre pessoas tem como base o prazer, gostam uns dos outros pelo próprio prazer que lhes dá. Pois não se gosta de pessoas divertidas pelas qualidades do carácter que têm, mas por serem agradáveis.
A amizade entre os jovens parece existir com base no prazer, porque estes vivem de paixões e perseguem sobretudo o seu próprio prazer e aquele que se oferece no momento presente. À medida que a idade passa, também são outras as coisas que lhes dão prazer. É por esse motivo que tão depressa arranjam amigos como deixam de os ter. A amizade altera-se com o que dá prazer e a alteração de objecto de prazer é muito rápida nestas idades. É por isso que se apaixonam com a mesma facilidade com que deixam logo de estar apaixonados.
O terceiro modo de amizade, segundo o filósofo, a amizade perfeita existe entre os homens de bem e os que são semelhantes a respeito da excelência. Estes querem-se bem uns aos outros, de um mesmo modo. Por serem homens de bem são amigos dos outros pelo que os outros são. Na verdade, querem para os seus amigos o bem que querem a si próprios. E são desta maneira por gostarem dos amigos como eles são na sua essência, e não por motivos acidentais. A amizade entre eles permanece durante o tempo em que forem homens de bem, e , na verdade, a excelência é duradora.
Os homens de bem são absolutamente bons e úteis aos outros; também são agradáveis entre si, porque quem é absolutamente bom é absolutamente agradável.
Os homens de bem não agem injustamente e neste tipo de amizade assenta na confiança mútua. Por outro lado, as outras formas de amizade anteriormente descritas, nada impede que a calúnia, a falta de confiança e a injustiça se instalem.
Contudo, a amizade implica reciprocidade, assim como, assiduidade.
Ora vejamos: Os que passam a vida juntos alegram-se uns com os outros produzindo uns para outros os bens que precisam. Mesmo quando estão separados pela distância, não põem em prática a sua amizade. A distância não rompe os laços de amizade, apenas impede a sua prática. Se a sua ausência for prolongada, parece originar um esquecimento na amizade, daí que seja dito: " muitas amizades terminam por falta de conversa".
Procuremos ser homens de bem, estabelcer laços de amizade perfeita, com reciprocidade, assíduos sem distância, para que não falte a conversa.
Este, espero eu, foi mais um contributo à temática "amizade" de uma forma natural e despreocudada e recordando mais um mestre da filosofia antiga, Aristóteles.
Note-se muito mais haveria a escrever.
Célia Fonseca
Olá, Ana
ResponderEliminarMuitos parabéns para ti e muitos anos de vida.
És uma pessoa especial, fantástica, inteligente, corajosa e perseverante. Nunca desistas disto.
Não negues os pedidos que te faço. Bem sei que deveria agir sem pedir, mas contigo tenho receio de fazê-lo. Sabes do que falo.
Estamos distantes e ao mesmo tempo tão perto...
A amizade pode vencer todas as distâncias.
Ela sim é mais forte que o tempo.
Ela sim poderia atravessar a imensidão do espaço e transcender os limites da vida.
Que nem a distância, nem o tempo e nem mesmo os meus erros, terminem a nossa amizade.
Nada é mais valioso do que ela.
Muita força. Beijo de Paz no teu coração
Querido /a Anónimo /a
ResponderEliminarMuito obrigada pelos elogios tecidos e sobretudo pela tua amizade incondicional.