by Ana

Um espaço para partilhar as "tolices" de cada dia, de uma forma descontraída, descomprometida e com algum sentido de humor. Only that.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Devolution

Como alguns (poucos) o saberão, ficar sossegada à espera que as coisas me caiam do céu,nunca foi o meu forte. Depois, como as más línguas gostam de dizer, estar demasiado tempo parada faz-me mal... faz-me pensar, pensar e quanto mais penso, mais vou tendo consciência que existo, como lá dizia o filósofo, e quanto mais esta consciência me assalta, mais percebo que não sou feita de massa estática. A acrescentar a todos estes factores já de si pesados, acresce o dia de ontem ter nascido cinzento, à noite ter chovido ou seja, as forças da natureza, ontem e hoje, apesar do calendário ditar tempos de primavera, decidiram mostrar o seu lado tempestuoso, bravo, indomável, mais ou menos por aí.
Bom, já lá vai um mês que voou o resto da borboleta e tecidos adjacentes com os bicharocos atrás; já lá vão mais de duas semanas que fui à consulta de cirurgia, onde me disseram que por bandas da Aldegalega o processo estava terminado, agora seguiria para o Barreiro onde me chamariam para consulta e tratamentos; já lá vão pois mais de duas semanas de espera (que palavra...), de paciência, de exames complementares, de corridas para a caixa de correio.
Até que hoje, (confesso que também picada pela Paulinha, pela AI e pelo cinzento de lá de fora), lembrei-me de me apresentar ao Hospital do Barreiro.
Não foram precisas grandes apresentações, pelos vistos o meu nome é célebre, vá-se lá saber porquê.
A senhora das consultas de oncologia (que palavra interessante, ainda vou pesquisar a origem), ao ouvir o nome, desbobinou logo a história toda:
"O seu processo foi recebido cá, sim senhora, e devolvido há dois dias ao Hospital do Montijo, porque o nosso chefe de serviços considera que não temos meios para a tratar. Informou o seu médico da situação. Agora tem que contactar o seu médico"
A minha voz, que ainda não está a 100%, é a primeira coisa a acusar stress, nervoso ou cansaço. Ao ouvir estas palavras quase que sumia.
"Mas não têm meios porquê?"
"Tem que falar com o seu médico. O seu processo foi devolvido. Não posso adiantar mais nada."
E assim foi. Nem tive tempo para me tornar conhecida no famoso Hospital do Barreiro.
Agora é esperar novos destinos. Com a sorte que tenho tido, talvez me mandem tratar do bicharoco para a Polinésia Francesa, ou para Florência, Paris, Roma (prefiro), quem sabe?
No Barreiro, definitivamente, é que não pode ser.
Que chatice!! (como diria a mamã)
:):)

6 comentários:

  1. Que estúpidas coisas, essas! Porque é que não encaminham logo as pessoas para o sítio certo? Assim está o nosso Serviço Nacional de Saúde!
    Bjs

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  2. Teresa,
    como dizia o outro, pois...
    Bjs

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  3. Só no nosso querido e organizado país! Como se pode brincar assim com a saúde das pessoas! Os casos são muitos!
    A saúde está em primeiro lugar e o tratamento do teu e de outros casos deviam ser prioritários!!!
    Os nossos governantes são uns néscios, governam-se com os nosso dinheiro, mas tratam-se nos hospitais privados e no estrangeiro.
    Também temos esse direito!

    Beijos e muita força.

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  4. Natália
    Vais ver que com sorte ainda vou para as Maldivas:))
    Bjs

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  5. Hello!
    As fotos estão fantásticas.
    Olha, que tal Itália?
    Bj

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  6. Maré,
    Obrigada pelo elogio às fotos, mas com este modelo tinham mesmo que estar fantásticas...
    Relativamente a Itália, não poderá ser. Já tenho destino marcado.
    É mesmo Lisboa. O IPO. Que chatice!! Lá me terei de contentar com a prata da casa!
    Bjs

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Olá, então diga lá de sua justiça...