by Ana

Um espaço para partilhar as "tolices" de cada dia, de uma forma descontraída, descomprometida e com algum sentido de humor. Only that.

sábado, 10 de abril de 2010

Fica em paz

Sei que anunciei uma paragem, há meia dúzia de dias atrás. Não seria suposto "regressar" para já. Também não vou explicar as razões que me permitem voltar a escrever tão cedo.
Infelizmente, quis Deus que este "post" não fosse um post leve, como aqueles que eu mais gosto de escrever, que me divertem, que me dão gozo escrever e depois ler os vossos comentários. Hoje recebi um mail que me deixou triste, muito triste. Uma colega minha faleceu com uma doença que eu não gosto de escrever o nome, muito menos pronunciar.
Era nova, era professora e era mãe. Foi um instante. Creio que menos de 5 meses, desde o primeiro alerta até ao fim. Creio que não houve desleixo por parte dela relativamente à sua saúde, não houve incúria médica, não teve falta de apoio por parte da família e dos amigos, não lhe faltaram as forças para vencer a batalha, não regateou os esforços para acompanhar a vida dos dois filhos pequenos que deixa.
Mas o seu corpo rebelou-se contra ele próprio e, silenciosamente, dia após dia, célula após célula, foi ganhando espaço, tempo, força. As sua células doentes apoderaram-se das células sãs e venceram. Venceram a minha colega, venceram o apoio da sua família e dos amigos, venceram o amor que ela tinha pelos seus filhos, venceram a força que a agarrava à vida. Venceram-nos. É quase sempre assim, cada vez que essa doença cujo nome eu não gosto aparece.
Fica em paz.

8 comentários:

  1. Coitada da nossa colega. Acho que sei de quem se trata pois todos demos pela sua ausência e quase sussurrando falou-se da possibilidade da gravidade da doença.
    Desejo que não tenha sofrido muito. Agora o marido, os filhos, os familiares vão passar uma fase penosa. Precisam de apoio, de todo o apoio deste mundo para vencer a perda de uma grande mulher.


    Mais um anjo se foi!

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  2. Natália,
    É sempre doloroso quando parte alguém. Sobretudo tão nova, como a nosa colega.
    Bj

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  3. É horrível,Ana, era uma pessoa tão doce, tão boa mãe, boa profissional (foi professora dos meus dois filhos). A vida, ou a morte, é muito injusta!
    Bjs

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  4. Teresa,
    Tens razão. Tanto a vida como a morte são injustas.
    Por vezes aparece alguém um pouco "tonta", perdida no meio da confusão, que fala por meias palavras, ou mesmo conversas sem sentido. Acho que é quando a vida é tão, mas tão injusta que só mesmo levando as conversas para o ridículo, o absurdo é que estas pessoas conseguem ainda ter forças para encarar o dia a dia. Por isso, certas vezes, surgem do meio do nada, com monólogos " da treta"...Devem ser formas, evasões, escapes. Maneiras de tornear questões bem mais complicadas.
    Bj

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  5. Vou esperar por ti nesta tua breve ausência da blogosfera! Sim, não te livras dos meus comentários tão cedo!!! Isso querias tu. Gosto de te visitar nas palavras que escreves aqui e de que gosto tanto.
    Além disso, és uma excelente escritora e não só.

    Beijos.

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  6. Natália,
    Eu, excelente escritora...pois, sim.Qual será a parte do "não só"
    Bj

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  7. Claro que és! Homens e mulheres de ciências escrevem bem e tu também. Gosto de ler os teus textos.

    "Não só" quer dizer: és boa mãe, és uma boa profissional e uma lutadora.

    Como é aí no spa? Espero que te mimem muito e que alguns elementos do sexo masculino te alegrem as vistas! Eh, eh, eh.

    Fica bem.

    Bjs

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  8. Natália

    Isto aqui no SPA é tudo muito jovem. Gosto de coisas bem mais maduras. Sou vista como a maezinha, o que não me agrada muito por um lado, mas por outro tem as suas vantagens, continuo a ter a autoridade de uma generala! Enfim...
    Bj

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Olá, então diga lá de sua justiça...