by Ana

Um espaço para partilhar as "tolices" de cada dia, de uma forma descontraída, descomprometida e com algum sentido de humor. Only that.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Amarga e doce

Uma página em branco para começar a escrever tudo de novo, poderia começar assim.
Mas ontem foi o dia da terra e eu, prof. de Ciências, nem tugi nem mugi. Que vergonha!! Talvez hoje pudesse dizer qualquer coisa...
Também ontem, dois alunos de uma escola onde uma amiga minha é professora e uma digna representante de um mui digno órgão de administração escolar faleceram e a comunicação social conseguirá maneira de arranjar uma pontinha de culpa para imputar à “porcaria” da escola.
Para já, são as saídas da escola que não são devidamente controladas e os técnicos da da escola que se recusaram(!) ir prestar apoio a casa dos familiares dos alunos falecidos!
Deveria vir em defesa da instituição. Afinal sei o que é gerir uma escola. E também sei o que são os ataques da dita comunicação social…Enfim, tempos idos. Uma palavra não ficava mal, mas não. Issa dá pano para mangas, não estou para aí virada.
Também deixo de lado as alterações legais e as demais que são produzidas a metro ou ao kilo pelas equipas que pisam as alcatifas do nº 107 das traseiras da antiga Feira Popular de Lisboa. Essas, não carecem dos meus comentários, pois canso-me de comentar o que vaticinei há tanto, quando era apontada como a “velha do contra”.
Volto-me para o amargo e doce.
Ontem, antes de adormecer, tomei consciência de mim, do tempo e do espaço. Peguei no “Clandestino” (pois já passava das 21h e no SPA, depois das 21h, não há telemóveis… ) e mandei uma mensagem que dizia assim:
“Sabes no que estou a pensar? Q esta é a minha última noite aqui. Nostalgia por um lado, mas sensação de liberdade pelo outro”.
Algumas horas mais tarde (só vi hoje de manhã), a resposta chegava:
“ É mais do q natural essa sensação amarga e doce…Espero que já estejas a dormir. Bjs
Mês e meio de SPA terminou hoje. Segunda ainda volto para as despedidas formais, papelada, para o último “banho”. Depois é fazer as malas para o outro SPA. Desta vez, as águas termais vão ser substíuidas por outros processos terapêuticos bem mais aguçados e incisivos. Coisas bem mais afiadinhas.
Feito o balanço, foi um tempo que deixa saudade. Um tempo de reestruturação do corpo e reorganização do pensamento. Um tempo feito de regras e de novas amizades. Um tempo que cicatrizou as feridas que levava e que me preparou para abrir aquelas que ainda estavam escondidas. Um tempo que me ensinou uma palavra que eu teimava em não conhecer – Esperança.
Afinal podia ter começado pela primeira frase, não podia? Sou mesmo parva!!!

6 comentários:

  1. Uma abraço desta Lisboa que vai deixando lentamente o inverno, que eu teimo em manter-lhe...

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  2. Helena, por Deus!!
    Chega de inverno!
    Por dentro e por fora!!
    bj

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  3. Vejo que já se despediu do spa.
    Foi festa da arromba? Imagino.
    Gosto das fotografias que tem na barra lateral.
    Algumas, fazem-me transportar para o III Reich.
    Bj.

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  4. Ana
    A nossa vida é feita de etapas e de escolhas, voluntárias ou involuntárias. Agora acabaste uma etapa e a passagem para outra traz-te essa sensação de esperança, medo, ansiedade.
    Força, amiga, vai correr tudo bem.
    Bjs

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  5. Maré,
    Despedi-me de um SPA, sim.
    Quantos às fotos, algumas são de Berlim. Estou a fazer uma remodelação (do blog).
    Quanto à festa, só depois de sair do segundo SPA. Aí sim, vai ser festa de arromba.
    Bj

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  6. Teresa,
    Que mistura explosiva esta, não?
    Gostava de voltar a "perder-me" nas escolhas voluntárias.Bj e obrigada pela força que me tens dado.
    P.S.: Avisa o pessoal que tem perguntado sobre a data...Ah! Não gosto de flores nem de chocolates!!

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Olá, então diga lá de sua justiça...