by Ana

Um espaço para partilhar as "tolices" de cada dia, de uma forma descontraída, descomprometida e com algum sentido de humor. Only that.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Alucinações

Aqui no SPA divido o quarto com uma outra Ana, também mãe de uma adolescente de 17 anos.
Hoje, depois da sessão do movimento sem relaxamento, que arrasou fisicamente com as duas "jovens" mães e do almoço estavamos ambas no quarto, quando alguém bateu à porta e disse: D. Ana, a sua filha.
Como a minha colega Ana se manteve impávida e serena, eu desviei o olhar em direcção à porta. Contra a luz, vi um vulto. Uma miúda algo alta, esguia, cabelos longos.
Pat! Não pode ser! Que aconteceu?!
Um turbilhão de pensamentos, um ciclone de emoções tomaram literalmente conta de mim! As pernas pesavam. A voz prendia.
A minha colega da cama do lado continuava sentada, calma e serena, esperando que a visita entrasse no quarto. Eu, a muito custo, combatendo desesperadamente toda aquela descarga de emoções, tentava dizer "Filha, Paaatt, Paatttrrí", mas nada conseguia dizer. A visita, como que em câmara lenta, movia-se lentamente, em nossa direcção.
Graças a Deus, a minha voz empastelou mesmo. Ainda bem que as pernas prenderam e eu não corri direito à porta.
É que assim não fiz figura de "generala" com alucinações.
É que não era a minha filha, a Pat. Era a filha da Ana, minha colega de quarto.
E a Ana achou a sua visita uma coisa tão natural "como a sua sede", que nem sequer se levantou da sua cama para a ir receber à porta. A garota entrou, cumprimentou a mãe, disse-me boa tarde e ficaram as duas a falar.
Eu saí. Não é bonito ficar a ouvir conversas de mãe e filha.
Depois de tanta alucinação, até que fiquei satisfeita. Afinal não morreu ninguém lá para as minhas bandas!!

4 comentários:

Olá, então diga lá de sua justiça...