by Ana

Um espaço para partilhar as "tolices" de cada dia, de uma forma descontraída, descomprometida e com algum sentido de humor. Only that.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Existem, lá isso existem!!!


Não sei se comece por usar aquela expressão "há coisas do arco da velha" ou se escolha antes o dito "eu não acredito nelas, mas que existem, existem...".
Os que me seguem por estas bandas já conhecem a história de amor entre mim e a minha borboleta.
Um verdadeiro romance digno de uma boa telenovela mexicana, que se iniciou como uma mera constipação, em Janeiro de 2008.
Essa "constipação" , chata como nunca outra o fora, provocava-me falta de ar. A mamã logo disse que havia de ser dos "nervos", que essas coisas costumam acontecer quando alguma coisa de mal está para vir, como que em jeito de prenúncio.
O que é certo é que nada do outro mundo acontecia, nem a falta de ar passava. Já cansada de tanto esforço respiratório, fui às urgências do hospital. Aí passei uma noite memorável, entre RX ao tórax, injecções de anti-histaminicos, oxigénio... Até que quando chegaram as "chapas " dos meus pulmões, o Sr Dr. que estava de serviço não teve dúvidas:
"Isso é da tabaquice!"
"Tabaquice? Eu? Nunca fumei!!"
" Então se não fuma vive com alguúem que fuma muito"
"Mas eu vivo sozinha!!"
Era da tabaquice e ponto assente.
Vá de cortisonas para cima e com elas mais uns quilinhos jeitosos e a falta de ar continuava...
Decidi ir "ao médico", isto é, procurar um médico, um profissional  daqueles que auscultam, medem a tensão, ouvem as nossas queixas e confiam na nossa palavra.
Num dos imensos exames que esse médico pediu, descobri que a minha borboleta estava a comprimir a traqueia, devido ao seu simpático nodulozito de 4cm. Aí residia a resposta para a falta de ar e como esta coisas de borboletas é da especialidade de Endo, fui a uma Drª, particular,  com referências, pois não sou de pessoa de andar às apalpadelas.
A Srª Drª assim que apalpou o meu pescoço disse logo que era coisa de faca. O nódulo era grande e estava estabelecido, padronizado, protocolado, (essas palavras todas) que a partir dos 2cm o destino era faca.
Mas antes da faca, "vamos lá fazer um exame, porque isto de vidas humanas é muito sério e eu não gosto de perder nem a feijões".
Fi-lo, como boa menina que sou. Regressei apôs um mês, com o exame na mão. Ouvi dizer o mesmo. "Isto quer  é faca". Mas antes, vamos lá fazer outro exame. "E olhe, não perca tempo a pesquisar nas páginas amarelas, vá a este sitio, está aqui a morada e o telefone".
E fui e fiz e voltei, passsado um mês e a lengalenga a mesma, outro exame, naquele sítio assim assado, antes do golpe de misericordia.
Passou-se o 2008, entrei no ano de 2009, como manda o figurino, em cima de uma cadeira e com 12 passas na mão. Dez passas foram para a borboleta, outra para os miúdos e a última em nome do Amor.
Não sei se as passas foram mal distribuidas ou se o salto da cadeira, às 0h00 da noite da passagem de ano, não agradou aos deuses.
Em Outubro de 2009, entrei no hospital vítima de um acidente em serviço. Fui atendida por um cirurgião muito simpático, por sinal, e como não sou propriamente uma pessoa reservada, lembrei-me de contar a história da borboleta.
O Sr. Dr. prontificou-se logo para tratar do assunto. Faca é a especialidade dele e realmente, aquela borboleta estava mesmo a pedi-la, há muito.
Então, depois do reiveillon de 2009/2010, das 12 passas, do brinde ao Amor e à Saúde, lá fui, finalmente, para a faca.
Toda feliz e contente andava eu quando soube que a borboleta tinha casulos, casulos de bicharoco e portanto havia que retirar a restante borboleta.
Três meses após a primeira facada, lá vou eu para a segunda. Desta, e em sinal de reconhecimento pelo bom comportamento, mereci uma plástica, para não ficar com duas cicatrizes no meu belo pescoço.
A história teria ficado por aqui se o bicharoco não tivesse produzido descendência e ocupado as imediações...
"Pronto, daqui agora vai para o Barreiro", sentença lida. 
Acontece que no Barreiro, os Srs Drs consideraram que nada podia fazer para travar a reprodução não assistida nem consentida do bicharoco e as consequentes ocupações.
Assim, como somos um País de passar bolas quentes, do Barreiro devolveram a bola ao Montijo, como se no Montijo tivessem aparecido, de um dia para o outro, as salas de radioterapia, os técnicos e os meios de combate   a este tipo de reprodução ilegal. O Montijo, sabiamente, num passo de génio da bola, rematou com o processo para o IPO.
E assim estava eu, até 6ªf passada ter-me fartado desta espera e contactado o IPO para saber quando iniciaria o combate à ocupação ilegal.
A resposta demorou a chegar, só chegou hoje, isto depois de vascvulharem o sistema informático do IPO para me dizerem:
"Não temos processo nenhum em seu nome. Nada nos chegou."
Agora digam lá, "são coisas do arco da velha" ou "elas existem mesmo!"????

2 comentários:

  1. Acho que estás a viver do lado errado do rio...

    Bjs

    E olha que elas existem!

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  2. Que coisa,heim? E é claro que elas existem!!!beijos,tudo de bom,chica

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Olá, então diga lá de sua justiça...