by Ana

Um espaço para partilhar as "tolices" de cada dia, de uma forma descontraída, descomprometida e com algum sentido de humor. Only that.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Invictus













Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.

Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - erecta.

Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.

Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.


William Ernest Henley, escritor britânico (1849- 1903)

6 comentários:

  1. Vou hoje ver o filme. Depois digo-te o que achei.
    Bjs

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  2. Olá.
    Parece-me, que a mensagem que este poema encerra, tem a ver com o facto de o destino ser construido pelo Homem. Ou seja o Homem é responsável por tudo de bom ou de mau que lhe acontece.
    A lei do Determinismo prevalece às escolhas do Homem.
    Ou as escolhas do Homem, já estão previamente definidas e não deixando espaço para o livre arbítrio.
    Para o Determinismo, qualquer fim em que o ser acabar, é o mellhor fim para ele, porque para ele se destinava, de modo que era o único fim que lhe poderia convir.
    Será?
    Para além do Determinismo e do Finalismo existe uma terceira possibilidade. O Existencialismo, de acordo com esta corrente filosófica, dizer que o homem não se destina a um fim determinado, porque cada homem que se propõem a si próprio o seu fim. Para o existencialismo há um fim e uma meta. O homem é pura existência maximamente ideterminada, isto é, liberdade absoluta, porque não tem uma essência que a determine, isto significa que o homem não se dirige a nenhum fim que se apresente como valor Universal, isto é, não há valores objectivos(tudo depende exclusivamente do sujeito).
    De acordo, com o que li no seu artigo de hoje, o escritor britânico, William Ernest Henley, defende a ideia do Existencialismo.
    Bj
    Célia Fonseca

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  3. Célia,
    Existencialismo, Determinismo ou Finalismo, acho um belo poema.
    Um poema que apela à força interior que existe dentro de cada um de nós.
    Bj

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  4. Teresa,

    Fico à espera do teu comentário ao filme.
    Salvando as devidas distâncias e dimensões, para mim foi inevitável estabelecer a comparação com o nosso Euro 2004 e o "empenho" do Scolari na união dos Portugueses. Claro que há muito mais no Invictus...
    Bj

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  5. Olá.
    Acabei de ler o seu post de hoje. Interessante.
    Queria deixar-lhe uma sugestão.
    Talvez a partir de hoje, vá ouvir, "rodriguinhos" a reproduzir a ideia do "rodriguinho pai", Pacheco Pereira.
    Cuidado com esses "rodriguinhos juniores", pois podem estar estragados.
    Bj
    Astro Rei

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  6. Ana
    Já fui ver e já pus no blogue. Amei, achei tremendamente inspirador. Precisavamos de um líder assim, mas só temos, enfim... o que temos!
    Bjs

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Olá, então diga lá de sua justiça...