by Ana

Um espaço para partilhar as "tolices" de cada dia, de uma forma descontraída, descomprometida e com algum sentido de humor. Only that.

quinta-feira, 24 de março de 2011

"E o coelhinho foi com o pai natal e o palhaço no comboio ao circo”



Hoje fui tomar o pequeno almoço fora, a um sitio baratucho, onde, supostamente, os empregados são todos barbaramente explorados, sacrificados, emocionalmente coagidos a aceitarem trabalhar sabe-se lá como e quando, à hora da missa, ou no dia da folga do marido, sem ter direito a abrir a boca. Sim, porque isto de abrir a boca, ou mesmo os olhos, ou mesmo que um suspiro mais profundo à hora de tomar conhecimento do horário do turno da semana seguinte, tornou-se "motivo atendível" para despedimento. 
Ai ainda não se tornou? Têm razão! Essa do motivo atendível era a do Sr. Coelho. Mas se não se tornou, a caminho vêm...
Mas dizia eu que hoje fui tomar o pequeno almoço a um sítio dos "motivos atendíveis" à paulada. Tomei o pequeno almoço no Continente, de Oeiras. 
Espantosamente, o empregado que me atendeu estava terrivelmente bem disposto (ao contrário de mim, que regressava de uma consulta de ginecologia). Era :
"Mais alguma coisa, meu amor?",
" Gosta assim do galão ou quer mais clarinho, minha querida?", 
"Já vai a caminho, meu amor",
"Precisa de colherzinha para o copo de água, minha cara senhora?"
"Que mais esperamos aqui, meus doces?"
Eu estava parva. Pensei, pensei e nada me ocorria que justificasse aquela alegria toda. Fim do mês, emprego mal pago, hora de aperto no trabalho, crise no país,  (claro que o meu pensamento não se imiscuiu na vida privada do senhor..., ora bem).
Por fim, disse à AI que também observava o mesmo:
- Cá para mim aquele ali, é adepto do Coelhinho da Páscoa...

Ora embora eu não goste nada, mas mesmo nada, de estar congelada na carreira, de ter o vencimento cortado, de pagar mais pelos medicamentos e pela alimentação, de (não) pôr gasóleo no carro, a preços proibitivos, de tudo isto e mais alguma coisa....  de Coelhinhos da Páscoa também não. Nunca acreditei neles, tal como já não acredito no Pai Natal.

12 comentários:

  1. Acho que não aguentava e desatava-me a rir!!
    Bjs

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  2. Não acredita no Pai de Natal?
    Faz mal, muito mal...
    Tirando esse velhinho
    o que lhe resta afinal?

    (não sabia que tomávamos o pequeno almoço no mesmo local... tal e qual...)

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  3. Cada uma que acontece! rsrs Um beijo,tudo de bom,chica

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  4. Podes crer, sem margem para dúvidas, que quem por estes dias anda assim tão feliz só pode acreditar no coelhinho da páscoa. Nos coelhinhos... que um coelhinho nunca está sozinho e eles multiplicam-se com a velocidade que sabemos e como nos dizia um célebre slogan de há uns largos anos atrás, lembras-te, ou és demasiado nova? ;)

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  5. Minha querida senhora, quer o comentário com ou sem açúcar?
    Bom fds

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  6. Olá, Carlos

    Venha de lá o seu comentário com adoçante, pode ser?
    É que estou numa de corte aos PECs:))
    Bom fds para si tb!

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  7. Helena,

    Não me lembro do slogan... Não te esqueças que só há pouco tempo dobrei a casa dos "entas":))
    Bjs

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  8. Rogério

    Ai, nem me fale....
    já nem o pai natal me vale...
    Mas é verdade q toma o pequeno almoço naquele sitio? E não notou nada ontem?
    Tem de experimentar um cafezinho do Oeiras Parque, o Mabuba.
    Bom fds

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  9. Chica

    Pois é. Neste Portugal dos dias de hoje tudo é possível:))

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  10. Não não notei,
    Nem por lá passei
    O que disse foi em sentido figurado
    e por cena de muito outro lado
    _______________

    Venho aqui frequentemente.
    Leio e releio e, quando comento,
    faço-o porque algo mexeu comigo, por dentro (mesmo brincando)
    Dou uma explicação para o que faço, porque o faço e
    gostava que comentasse o efeito provocado

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  11. Que te faz vergar os ramos?

    Como uma árvore que vence as estações
    A florida Primavera, o rejubilar dos verões
    O Outono quando a folha parece partir,
    E o Inverno que a chorar consegue sorrir.
    Como uma árvore impávida e serena.
    Grandiosa na esperança mais pequena.
    Como uma árvore rainha da natureza
    Como uma árvore firme na sua certeza.

    O que te faz vergar os ramos?
    Nem os ventos com seus lamentos.
    Nem os mares com seus tormentos.
    Nem a dor dum corpo doente.
    Nem a mágoa que torna dolente.
    Nem o sol que derrete a alma
    Nem avalanches abalam a calma.
    Só o abraço que vem do coração
    Só a lágrima que vem da emoção
    te faz docemente, vergar os ramos.


    Parabéns por existires
    Parabéns por não desistires
    Quando tudo parece adversidade
    Mas que um dia pode ser felicidade.

    E mais um Feliz Aniversário

    Bjs

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  12. Anónimo,

    Obrigada por te lembrares deste dia e ainda de uma forma tão Melgosa:))
    Bj grande

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Olá, então diga lá de sua justiça...