by Ana

Um espaço para partilhar as "tolices" de cada dia, de uma forma descontraída, descomprometida e com algum sentido de humor. Only that.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Amores perfeitos


Hoje dei comigo a pensar que Tempo e Amor conjugam-se da mesma forma, no mesmo tempo e com o mesmo nome.
É aquele Tempo que perdura para além do meu tempo; é aquele Amor que fica como o maior de todos os amores, o meu amor mais que perfeito.
Só esses têm nome, conjugam-se da mesma forma, incondicionalmente, em todos os pretéritos passados, perfeitos, mais que perfeitos, futuro, presente, mas sem condicional. Conjugam-se do conjuntivo e no disjuntivo também, independentemente da conjectura, do Indicativo ao Imperativo.
Eles têm nome, aliás, eles têm nomes.
São nomes que resistem ao Tempo, ao Tempo que tudo apaga, que tudo faz desvanecer, que tudo também cura.
Mas estes amores, que rasgaram o meu ventre e  machucaram o meu coração, que me fizeram escorrer lágrimas, estes amores, pelos quais me ajoelhei e rezei horas a fio, estes amores ainda doem, mas eu não quero que o tempo extinga esta dor.
Eles são a arma que ele, o Tempo, tem contra mim, confesso, mas não me importo.
Ver esses amores crescer é a forma mais amigável que ele, o Tempo, escolheu para me dizer que passou por mim.
Nuno, Carlos, Patrícia, são também a minha vingança contra ele. É aquilo que perdurará para alem de mim.

2 comentários:

  1. A paternidade tem, necessáriamente, palavras diferentes para dizer (quase) o mesmo do que acabei de ler...
    Os meus nomes são:
    Andreia, Sandra e Maria João

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  2. Rogério,
    Então o tempo tb o brindou com três amores...

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Olá, então diga lá de sua justiça...