Choca-me ver os miúdos com as calças de ganga presas com o cinto, um palmo abaixo das nádegas; indigna-me a forma displicente como os alunos, por vezes, se sentam na sala de aula; revolta-me o seu à vontade, absolutamente negligente, perante a escola, a vida.
Parece-me que tudo pertence a um outro mundo, que não o meu.
Não consigo fazer com que o meu filho coloque as calças no seu devido lugar; não sou capaz de fazer a minha filha entender que um professor, por muito que os alunos não gostem, é um professor e, como tal, tem a sua autoridade legitimada, dentro e fora da sala de aula.
Parece-me que para esta geração tudo é transitório, questionável, efémero; que tudo se resolve "per si", sem que seja necessário o empenho, o esforço e a dedicação.
Bom, estou a ficar velha, é a conclusão a que chego, a maior parte das vezes.
E a pensar na minha velhice precoce(?), lembrei-me do "grito do Ipiranga" da minha geração. Conseguem adivinhar qual foi?
Parece-me que tudo pertence a um outro mundo, que não o meu.
Não consigo fazer com que o meu filho coloque as calças no seu devido lugar; não sou capaz de fazer a minha filha entender que um professor, por muito que os alunos não gostem, é um professor e, como tal, tem a sua autoridade legitimada, dentro e fora da sala de aula.
Parece-me que para esta geração tudo é transitório, questionável, efémero; que tudo se resolve "per si", sem que seja necessário o empenho, o esforço e a dedicação.
Bom, estou a ficar velha, é a conclusão a que chego, a maior parte das vezes.
E a pensar na minha velhice precoce(?), lembrei-me do "grito do Ipiranga" da minha geração. Conseguem adivinhar qual foi?
Olá, Ana
ResponderEliminarSim estás muito velha...velhíssimaaaa.
Pois sei qual foi o "grito do Ipiranga". Recuso-me a dizê-lo.
Não gosto muito de uma certa palavra. Não tenho medo "dela", mas falo noutro sentido, não é Ana???
Será que foi: "Independência ou Vida".
Beijo no teu coração
Olá, "Anónimo"
ResponderEliminarA minha geração não ia tão longe...
Foi uma geração que não viveu os acontecimentos do Maio de 68 e que tb não saiu à rua para festejar os cravos de Abril. É uma geração nascida e criada antes da fase do "psicologizar" tudo e mais alguma coisa, para tb encontrar a desculpa certa para o outro tudo e muito mais.
Bj e volte sempre.
NA MINHA OPINIÃO NÃO É ESTAR-SE VELHO(A)...PROVAVELMENTE O PROBLEMA NÃO ESTÁ NOS JOVENS...SE QUISERMOS RESOLVER A QUESTÃO DA FALTA DE RESPEITO, DA INDISCIPLINA, DA AGRESIVIDADE QUER DENTRO DO RECINTO ESCOLAR QUER FORA...VAMOS LÁ VER UMA COISA...O QUE É QUE OS PAIS FOMENTAM HOJE NOS JOVENS? VAMOS VER COMO É A RELAÇÃO PAIS / FILHOS E SE CALHAR VAMOS ENCONTRAR ALGUMAS RESPOSTAS...
ResponderEliminarÉ MUITO FÁCIL ATRIBUIR AS CULPAS AO JOVENS...
TAMBÉM NÃO SEI SE É SAUDÁVEL FICAR PRESO AOS ACONTECIMENTOS CADA VEZ MAIS DISTANTES DE NÓS...EU PENSO QUE NINGUÉM ESTÁ ISENTO DE CULPAS...E ENQUANTO PASSARMOS A VIDA A APONTAR O DEDO AOS OUTROS NUNCA MAIS NOS VAMOS "CURAR"!!!
QUANTO AOS JOVENS COM MODAS IRREVERENTES...PORQUE VIRAM EM GRUPOS ROCK...E PROCURAM IMITAR...TAMBÉM NA MINHA GERAÇÃO SE FAZIA O MESMO...ERAM OUTRAS IMITAÇÕES...É UM PERÍODO,UMA FASE ...
LEMBRO-ME DE FICAR PASMADA COM BRINCADEIRAS COMPLETAMENTE LOUCAS QUE OS COLEGAS MAIS VELHOS INVENTAVAM...
SOBRETUDO É PRECISO COMPREENDER E NÃO ACUSAR.
DESCULPA O DISCURSO,REGISTEI AQUI O QUE PENSO...NÃO QUERO COM ISTO DIZER QUE LIDO MELHOR OU PIOR COM CERTAS SITUAÇÕES...APENAS TENTO OUVIR E VER O QUE SE PASSA À MINHA VOLTA E FAÇO O POSSÍVEL PARA ESTAR ATENTA E APRENDER SEMPRE MAIS COM PESSOAS QUE NATURALMENTE SABEM MAIS DO QUE EU ...
OBRIGADA E BOA NOITE
Olá, Pedrasnuas
ResponderEliminarAgradeço a sua participação e partilho, em grande parte, da sua opinião. Mas mesmo pensando dessa forma, por vezes, sinto-me completamente fora de órbita com certas atitudes de falta de respeito, de agressividade gratuita, de falta de objectivos.
Volte sempre.
Ana
Ana,
ResponderEliminarInfelizmentea inversão de valores é problema mundial,aqui não é diferente,as meninas usa os jeans que so cobrem as pernas,porque são tão abaixo da cintura... Com certeza vai demorar muito pra velhice chegar ate vc.
Deixo-lhe um Hai-kai,
luar na relva
vento insone
tira o sono das flores
Boas energias
Mari
Pois é, amiga.
ResponderEliminarNós somos mais da geração, da calça azul escura de tirilene ou lã e à boca de sino, depende da estação, a camiseira branca e o plover azul claro ou bordô, vestido ou às costas ou na cintura. Sapatinhos azuis escuros a condizer, como é claro.
Perfume a condizer, da Cacharel.
Quanto à figura dos professores, nem nos passava pela cabeça questioná-los sobre alguma coisa. Quanto mais faltar ao respeito. Figuras exemplares e de autoridade conferida.
Acho que na nossa geração, o máximo em "grito de Ipiranga" seria ouvir os Pink Floyd ou os Surpertramp.
Lembras-te da escola de dança, da Anabela Gameiro, e suas festas no final do ano, no Cine Teatro Joaquim de Almeida, cheio e abarrotar com a malta da escola,professores e uma coreografia dos Pink Floyd.
Outros tempos.....
Nota: Queria advertir que ando do olho no/s "D. Rodriguinho/s". Cuidado!
As melhoras
Bj
Olá, Mari
ResponderEliminarObrigada pelo seu Hai-Kai!!
Quanto à velhice chegar ou não chegar... enfim, logo se verá.
Bj
Olá Maré Alta
ResponderEliminarJá regressou da sua Baía de Guanabara?
Lembro-me bem dos "nossos" tempos de menina e moça, claro.
Lembro-me da bata branca da escola "primária", da minha bata do Externato e das batas das meninas do Liceu.
Bom, também não é necessário pedir tanto. Mas de facto aquelas calças presas abaixo das nádegas...bbrr
Olhe, as calças justas até ao joelho e à boca de sino do joelho para baixo.
ResponderEliminarUma moda bem mais recente que a primária. Talvez 10ª ano ou 11ºano.
O lenço dentro da camiseira a condizer, ou outra alternativa , camiseira aberta e um fio.
Lembra-se?
Bj
Boa noite Ana
ResponderEliminarMinha querida estás longe de estar velha. Como diz o povo "Velhos sãoos trapos" e esses vão parar ao lixo.
Os nossos jovens fazem parte da geração do "fast-food", dos computadores, "game-boys", saídas à noite com os amigos antes,muito antes dos dezoito anos. E,ao contrário do nosso tempo, conseguem tudo sem grande esforça: basta pedir e os papás dão ou os avós.
Para eles tudo é fácil de conseguir! Para quê esforçarem-se?
Oxalá não se arrependam: nem progenitores, nem filhos, nem a sociedade inteira, porque quando formos realmente velhinhas, serão eles a governar o país!
Já pensaste nisso? Imagino que sim.
Olá, Natália
ResponderEliminarPois, acho que é isso. Vejo tudo tão "fast" a passar à minha frente q temo ficar para trás.
Beijo
Ana
As modas enfim são as fases que passamos na adolescência. Recordo-me que houve um ano que a moda era as camisolas de mousse de gola alta em pleno verão e elas lá iam airosas... Ou os sapatos de salto alto com 8 cm que era usado pelos homens bem ao estilo Sarcosi...
ResponderEliminarA moda é efemera.
O que na realidade me preocupa é este facilitismo que eles têm na vida e exemplos disso não faltam a começar nas escolas pois alguém muito iluminado e ao que tudo parece não teve que se esforçar muito em conseguir a licenciatura e a vida passou a ser uma estatistica de aprovações administrativas.
Bjs
Olá, Nando
ResponderEliminarLembro-me perfeitamente, anos 70, por aí, certo?
Era uma criança, mas recordo-me perfeitamente dessas camisolas.
Bj e volte sempre.
Ana