Quando estamos “incapacitados”, por força das circunstâncias, sobra-nos sempre tempo para pensar, reflectir, dar e vender. Como se o tempo fosse coisa que se desse ou vendesse!
Que seria do mundo, de nós, se pudéssemos comprar o tempo ou recebê-lo de alguém como, por exemplo, presente de aniversário? Não podemos mesmo e como tal resta-nos relembrá-lo e tirar as nossas conclusões…
Tenho dado por mim a pensar na sensação que tive quando fui anestesiada.
Senti que uma paz me invadia, apoderando-se do meu corpo e da minha consciência. Experimentei a sensação do tempo a apagar-se, lentamente, da minha memória e com ele a minha percepção do mundo a esvair-se, como um punhado de areia que "escorre"por entre os dedos.
Tinha consciência de que tudo poderia ficar para trás, bastaria um erro, um cálculo mal feito, um arritmia, uma sincope, um prolapso, enfim… bastaria que tivesse sido essa a vontade de Deus.
Mas eu sabia que não era. Aliás, estava absolutamente confiante de que não era esse o meu destino. Por isso, deixei, tranquilamente, a minha consciência abandonar o meu corpo, desejei “boa sorte” à equipa médica e de enfermagem que me rodeava e, serenamente, fechei os olhos.
Obrigado amiga! Mais uma vez a sua explicação foi suficientemente para desbloquear uma situação técnica.
ResponderEliminarEstive a ler atentamente o seu artigo. Consigo perceber o quanto esta sua experiência foi marcante.
Pois, é nestes momentos, que a Religião se complementa com a Ciência, melhor quase se fundem. A fé, o acreditar, o confiar que tudo vai correr bem e que nos acabamos invariavelmente, por nos entregar a uma força superior, que foje do controle do Homem.
Acabamos por perceber que não somos nada e como tal não controlamos nada.
Neste sentido, acabamos por admitir, que a Ciência sem Religião seria cega e que a Religião sem a Ciência seria coxa.
Desejo uma franca recuperação.
Célia Fonseca
Pois é, Célia. Nas horas de maior aflição a fé vem ao de cima, relativizando as "consequências" da intervenção humana naquilo que é obra e vontade de Deus.
ResponderEliminarBj
Olá Ana
ResponderEliminarÉ, na verdade, uma sensação estranha, a da anestesia. Ainda bem que a viveste com serenidade. E aproveita agora a recuperação, para reflectires, leres, sonhares...
Bjs
Olá Ana vi que se inscreveu na Gincana e vim dar uma cuscada no teu blog, essa sua atitude é de louvar mesmo, por vezes temos mesmo que desligar e deixar rolar, o tempo se encarrega do resto.A fé supera tudo.
ResponderEliminarBoa sorte nesse sono embalado, tenho a certeza que tudo vai correr bem. Os ventos sopram a teu favor. Boa sorte para a Gincana, fico aguardando tua foto.
Beijokas
Libel
Olá Ana,
ResponderEliminarQue linda mensagem! Na adversidade, na doença, numa sala de operações, conseguiste estar serena e aceitar o que viria a seguir, acreditando sempre que sobrevirias. E sim, só podias vencer mais esta batalha.
Agora, se puderes, faz o que te der mais gozo e te torne mais feliz.
As melhoras.
Beijinhos
Olá, Natália
ResponderEliminarObrigada pelas tuas palavras.
Agora, segue-se a recuperação e voltar ao trabalho, o mais breve possível.
Bj
Ana