O deserto, como alguém lhe chamou.... a província, como os urbanos da "capital" gostam de lhe chamar. O "jamais" que se tornou, ao que parece, o "certement"...
A minha margem sul, a nossa "linha" que se tornou mais apetecível após a inauguração da Ponte Vasco da Gama, em 1998 e onde o tempo parece teimar correr a uma velocidade bem mais prazenteira do que do outro lado da muralha do Rossio de Alcochete.
Aqui, as pessoas tratam-se pelo nome próprio; o dia não começa com caos das segundas circulares, CRELS, CRILS, dos eixos Norte-Sul. O empregado do café sabe exactamente como gostamos da bica; as pessoas permanecem confiantes no seu vizinho, o qual pode ficar com o bébé até a reunião acabar, ou na senhora padeira que guarda o pão até à hora da saída do emprego.
E sabem, a capital está à distância de um olhar. A "cultura", o "banho de civilização" a correria, os encontrões, as buzinadelas, são já ali, mesmo antes do virar da esquina,... mesmo em frente.
Mas não. Prefiro a província, à capital; o cheiro a Tejo ao odor a Atlântico; a mentalidade de aldeia à forma de estar da cidade; o bom dia do empregado do café ao gesto mecanizado da operadora de caixa do hipermercado. Em suma, o deserto (de stress) ao oásis de civilização. Pelo menos para viver...
Oh, Ana, e eu que gosto tanto de Lisboa!
ResponderEliminarAcho aqui o nosso "deserto" ("a outra banda", assim lhe chamavam na capital) bonito, claro, mas ao fim de uma semana, já não aguento ver todos oa dias as mesmas coisas e as mesmas pessoas.
E confesso que não gosto mesmo da mentalidade de aldeia.
Bjs
Eu sei que gostas, Teresa. Eu também gosto, mas não para viver. Não troco esta linha Montijo-Alcochete, pela 2ª circular...
ResponderEliminarDe resto, claro que Lisboa é Lisboa.
Bj